Paolla Oliveira deu um nocaute na mesmice, quebrou o protocolo da heroína sofredora e previsível e fez de Jeiza, a policial destemida, sexy e sensível de “A força do querer”, a marrenta que você respeita. Nesse jogo de polícia e ladrão com Bibi (Juliana Paes), quem bateu levou!
— Quando pensei em Jeiza, o que eu não queria era cair no estereótipo, porque ela poderia ser uma lutadora com um tipo determinado, uma policial durona demais, que não fosse solar em casa. Mas criei uma mulher real, lutadora, forte, disponível, turrona, que não leva desaforo para casa. Minha personagem tem características de heroína, sim. A gente fala do poder da mulher, de como se colocar de maneira diferente na sociedade, e acho que a principal colocação que se pode ter na vida é com atitudes. Jeiza tem esse poder todo porque é boa no que faz e tem personalidade — avalia Paolla.
Já não é de hoje que a artista prova que não é só mais um rostinho bonito — e um corpaço! — na TV e no cinema. Com 35 anos, sendo 12 de profissão, Paolla tem dado a cara a tapa, chamando o desafio para si a cada trabalho. Ponto para quem tem a beleza aliada ao talento:
— Até ouço: “Ah, ela não vai ficar bem, é muito doce para fazer tal personagem...”. Mas eu busco não estar numa prateleira. Nunca lidei com meu físico em primeiro lugar, sempre o usei como apoio, não como linha de frente.
A técnica e a energia de Jeiza como lutadora de MMA, cujo objetivo é ganhar o cinturão, ela foi buscar nos tatames da vida real — a atriz tem treinado jiu-jítsu desde agosto do ano passado. Sem dublê por opção para dar mais veracidade às sequências de luta, Paolla parte para a porrada sem medo.
Relacionamento com Rogério Gomes
Pela segunda vez dirigida pelo namorado, Rogério Gomes, de 56 anos — a primeira foi em “Além do tempo”, de 2015 —, a paulistana assegura que no set não cabe ciúme, inseguranças e pudor para gravar cenas de sexo e de beijo. Na hora H, tudo flui. E ela garante que não há qualquer diferença pelo fato de formarem um casal fora dos estúdios.
— Se a gente não se respeitasse no trabalho e não se admirasse enquanto profissionais, não conseguiria levar nada adiante. Então é assim que a gente se trata, cada um com seu profissionalismo e seu mérito dentro do que faz. A gente se dá bem no trabalho e também conversa sobre isso em casa. Tem gente que diz que não fala nada, mas não tem como, porque quando se tem prazer no que faz é natural gostar de falar sobre o assunto. Eu tenho total segurança para fazer o que eu faço, já adquiri isso, e lido assim com todos os profissionais que estão a minha volta também. Cada um dentro de sua função. Não me sinto diferente sendo com ele ou não — frisa a atriz.
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Já na ficção, com Jeiza e Zeca, era ódio e desejo, fogo e paixão. Tanto que o casal ganhou até torcida nas redes sociais com a hashtag #Jeizeca. Paolla tira de letra os takes mais íntimos de “A força do querer”, e avisa que é com a mesma intensidade que grava os conflitos policias da heroína, por exemplo. Para ela, não existe distinção:
— Lido da mesma maneira porque também tem que ter muita entrega para subir o morro, para fazer uma cena com fuzil, representar uma classe tão machucada como a dos policias. Não consigo separar as coisas, o mesmo profissionalismo está lá e cá. Com o tempo, fui aperfeiçoando os métodos, fico com um pouco menos de receio. Já fiz coisas que foram questionadas em relação a estar mais nua. Mas se conta a história, eu estou apta a fazer, seja cena de beijo, de amor. Não tenho problema. Nunca tive!
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Redação iBahia
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