O filme já está quase no fim quando Renato Aragão, observado por todo o elenco, caminha para a frente do picadeiro e desaba em lágrimas. A emoção do humorista, no desfecho de “Saltimbancos Trapalhões — Rumo a Hollywood”, foi genuína, mas a situação assumidamente provocada pelo diretor. "Foi tudo armado, só eu não sabia. Quando vi todos os atores aplaudindo o Didi ali no circo, o Renato foi junto. Se fosse ensaiado, ganhava o Oscar", conta Renato.
O público pode sentir a ausência de Dedé Santana ali na frente. Mas ele esclarece a razão de ter ficado de fora. "Eu me emocionei também e a cena foi gravada em take único. Quando entrei no picadeiro, cheguei a procurar Mussum e Zacarias, lembrei de momentos juntos. O diretor havia pedido para, num determinado momento, eu ir para frente junto com Renato, mas não consegui" explica Dedé.
Dirigido por João Daniel Tikhomiroff, o filme é uma adaptação do musical “Os Saltimbancos Trapalhões” (2014), que por sua vez é uma versão do filme homônimo de 1981. "O roteiro e os ganchos são outros, apesar de as músicas e os personagens principais serem os mesmos", revela.
No roteiro, Didi Mocó terá a difícil missão de salvar o “Grande Circo Sumatra’’ da crise financeira causada pela lei que proíbe a participação de animais em espetáculos. Ao seu lado, ele terá Karina Bartholo (Letícia Colin), Dedé e um elenco com nomes como Alinne Moraes e Rafael Vitti.
Ao assistir ao ensaio de um número musical da filha Livian, que também está no filme, Renato, de 83 anos, conta que quase teve que sair do set por causa da emoção. "Sempre disse a ela. Quer ser atriz? Tem que cantar, dançar e atuar" diz ele, com os olhos marejados.
Incansável, Renato afirma que não pensa em se aposentar e brinca que ainda quer fazer mais 50 filmes. "Eu me preparei para envelhecer. Não como carne vermelha, fritura... De vez em quando como um doce e tomo vinho. Ninguém é de ferro", brinca.
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Redação iBahia
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