Entre 2005 e 2012, Rihanna, 28, gravou em ritmo vertiginoso. Sete álbuns numa média de um por ano - com direito a um intervalo apenas de um ano em 2008. Anti (Universal Music) demorou mais de três anos a sair do forno e o crescimento é evidente.
É o trabalho mais consistente da estrela, a começar pela opção acertada de esquecer o clima dance pop nauseante que se infiltrara em 'Talk that Talk' (2011) e 'Unapologetic' (2012), e investir em um novo perfil melódico desde o arranque com 'Consideration'.
Com beat jazzístico e linguajar ragga, 'Consideration' diz em sua letra: “Tenho que fazer as coisas do meu jeito, querido. Você vai deixar? Você vai me respeitar? Não? Fazer minhas próprias coisas, querido. Você deveria deixar. Será que um dia você vai me deixar crescer?”.A influência caribenha segue no primeiro single, Work, com participação especial do quentíssimo rapper canadense Drake. PecadosO ar desafiador de Anti na carreira discográfica de Rihanna inclui a boa versão, ainda mais atmosférica e psicodélica, de 'New Person', 'Same Old Mistakes', lançada em 2015 pela banda australiana Tame Impala.
Anti é o melhor álbum da cantora desde 'Loud', de 2010, mas tem dois pecados que o impedem de ser excelente e de colocar Rihanna no clube da elite pop junto com Beyoncé, Justin Timberlake, Kanye West e Pharrell.
Primeiro, ela excluiu do set list final os singles 'FourFiveSeconds' (parceria com Kanye West e Paul McCartney), 'Bitch Better Have My Money' e 'American Oxygen', todos de 2015, o que tornaria Anti um colar pop mais valioso.
Segundo, a partir da décima canção, a acústica 'Never Ending', Anti vira outro disco, como se Rihanna quisesse ser Adele, digamos. São quatro faixas que traem a concepção das nove canções anteriores.
Em tempo: por causa do encarte com muitas fotos (e sem as letras) e de um pôster, Anti em CD tem preços impressionantes: R$ 86,90 (standard) e R$ 93,90 (deluxe, com três fracas faixas bônus).
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| (Foto:Divulgação) |
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