"Eu queria te lembrar de uma conversa que a gente teve faz tempo. Você me disse que eu não devia partir direto pro sexo, pensando só em perder a virgindade. Mas achar o cara. O cara que ia fazer a diferença pra mim", relembra a enfermeira, que diz que está devolvendo o conselho dele: "Você também, quando procura uma relação, nunca procura a mulher. Vai logo dando em cima de uma gostosa, pensando em sexo. O que você aconselhou pra mim não vale pra você?", questionou.
O doutor então a convida para sair, mas a funcionária do San Magno não acredita na proposta do galã. "Tá brincando comigo, Daniel? Olha, não inventa, eu vou ficar sentida se você brincar comigo", ela diz, sendo rebatida logo em seguida. "E se eu não tiver brincando?", ele retruca e ela segue sem conseguir acreditar. "Como não? Então você tá me convidando mesmo?".O médico então volta a fazer o convite. "Vamos jantar, só nós dois. Eu passo pra te pegar", diz.
Ainda desconfiada, Perséfone pergunta se Daniel não está fazendo o convite por caridade, mas ele nega. "Eu te garanto que o nosso jantar vai ser muito bom. Vou trampar. Até de noite".
O acontecido a deixa muito nervosa e o nervosismo aumenta ainda mais após Daniel aparecer na porta do seu prédio com um buquê de flores. Desajeitada, ela pergunta ao rapaz se eles estão indo para algum velório, mas Daniel não entende a piada e ela explica, derretida.
"É que eu te vi com as flores e não pensei que fossem pra mim. Puxa, eu nunca recebi flores assim... De um rapaz", ela revela.
"Primeira vez é tudo. Eu queria que o nosso encontro fosse especial", ele responde.
Durante o programa, Pê lembra que Daniel já disse que transaria com ela apenas por caridade. Arrependido, ele pede para ela esquecer o passado. "Fui um grosso".
Depois, o médico afirma que está "cheio da galinhagem" e que não quer mais a vida "de sair com uma, com outra e não valer nada". Perséfone concorda. "Desde que a gente ficou amigo, você sempre conta as suas histórias pra mim, mas tudo bem, eu até gosto de ouvir. Oferecer o ombro". É aí que o galã faz a proposta.
"Eu estou a fim de te conhecer mais. De sair dessa história de amizade e tentar, sei lá, uma coisa nova. E se a gente tentasse?", perguntará.
A amiga do rapaz ficará nervosa e dirá que é apenas a amiga gorda, lamentando o fato de estar num mundo "em que gorda todo mundo vê como amiga".
"Amar... amar... quem é que ama uma gorda?", ela questiona, fazendo o médico reconhecer que um dia já pensou dessa forma, mas que as coisas mudaram.
"Pê, eu reconheço que já pensei assim, do jeito que você tá dizendo. Ela é gorda, não serve. Só que eu tava errado. Por que você tem qualidades. Qualidades que te fazem uma pessoa pra ser gostada, gorda ou não", diz Daniel. Ela se emociona, e os dois se beijam.
Na volta, ele a deixa na porta de casa e pergunta se pode subir ao apartamento, mas Perséfone surpreende e diz que não. "Eu não quero que essa noite mágica seja mais uma corrida pra eu perder a virgindade... E depois a gente termine aí".
O médico nega que queira terminar após conseguir sexo, mas não convence Pê, que quer mais. "Quero um conto de fadas. Quero que você seja o príncipe, sabe, o príncipe dos contos de fadas que eu lia quando eu era criança. Desde que eu cresci e fiquei gorda, eu nunca achei que ia pintar um príncipe de verdade na minha vida. Mas você é um príncipe. Deixa eu viver o conto de fadas, inteirinho, posso?".
Daniel topa o desafio e eles terminam a conversa com outro beijo.
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