Provavelmente em algum momento da sua vida você já escutou a expressão “Quem Matou?”, tô certo ou tô errado? Sim, estou certo. Na semana passada, um crime chocou a cidade de Nova Primavera, cenário fictício da novela 'Terra e Paixão'. A grande vilã Agatha Moura de La Selva foi brutalmente assassinada e desde então, o mistério para descobrir o ou os culpados pelo crime começou a pairar toda a história.
"Quem matou" é um elemento recorrente em novelas que se refere ao mistério em torno da identidade do assassino de um personagem importante na trama. Esse recurso é utilizado para envolver os telespectadores, criando suspense e mantendo o interesse na narrativa. O conceito teve origem em séries de mistério e investigação, mas ganhou destaque nas novelas a partir da década de 1960.
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Em 1966, surgiu "O Sheik de Agadir", marcando o pioneirismo do "quem matou" nas novelas brasileiras. A singularidade dessa trama reside na sua ambientação fora dos padrões da época, que majoritariamente explorava enredos situados em reinos distantes do Brasil.
A narrativa desvendava a intrigante pergunta: 'Quem é o assassino Rato?' Notavelmente, a novela centrava-se em um sheik árabe e abordava uma trama envolvendo nazistas, adicionando elementos inusitados ao cenário televisivo da época. Essa abordagem inovadora contribuiu para consolidar o formato "quem matou" como uma estratégia narrativa eficaz nas produções televisivas brasileiras.
Ao longo das décadas, o "quem matou" tornou-se uma fórmula consagrada, sendo utilizado em diversas novelas brasileiras e estrangeiras. O público se envolve emocionalmente, especula sobre os possíveis culpados e aguarda ansiosamente a revelação do assassino, o que geralmente ocorre em um episódio especial, conhecido como "capítulo da revelação".
Esse elemento dramático não apenas mantém a audiência cativada, mas também proporciona reviravoltas surpreendentes, marcando momentos memoráveis na história da televisão e reforçando a popularidade das novelas como forma de entretenimento.
Depois de explicar tudo isso, agora é o momento de relembrar os 3 melhores “Quem matou” (na minha opinião), da televisão brasileira. Vamos lá?
Odete Roitman - Vale Tudo (1988)
Odete Roitman é um icônico personagem interpretado pela atriz Beatriz Segall na novela "Vale Tudo", exibida em 1988. Essa trama foi um marco na história da teledramaturgia brasileira, destacando-se por sua trama intensa e pelo mistério envolvendo a morte de Odete Roitman.
A personagem Odete era uma empresária rica e poderosa, conhecida por sua postura autoritária e opiniões contundentes. O "quem matou Odete Roitman" tornou-se um fenômeno cultural, e a revelação do assassino, no último capítulo da novela, foi um dos momentos mais impactantes da televisão brasileira.
O suspense em torno da morte de Odete Roitman contribuiu significativamente para a audiência da novela, tornando-se um dos enredos mais memoráveis da televisão brasileira. A expressão "Quem matou Odete Roitman?" permanece como um símbolo da importância desse tipo de mistério nas tramas televisivas e da capacidade das novelas em envolver e cativar o público.
Saulo – Passione (2010)
Saulo, interpretado pelo ator Werner Schünemann, foi um personagem de destaque na novela "Passione", exibida em 2010. A trama, escrita por Silvio de Abreu, abordava temas como amor, vingança, e segredos familiares.
A novela "Passione" utilizou o mistério em torno da morte de Saulo para criar suspense e manter a atenção dos telespectadores. A revelação do assassino de Saulo foi um dos momentos mais impactantes da trama, proporcionando um desfecho surpreendente e marcante para os fãs da novela, onde no final, uma pessoa “inocente” foi condenada pelo crime.
Max – Avenida Brasil (2012)
Max, interpretado pelo ator Marcello Novaes, foi um personagem central na novela "Avenida Brasil", exibida em 2012. Escrita por João Emanuel Carneiro, a trama era conhecida por seus conflitos familiares, reviravoltas e um enredo repleto de suspense.
A morte de Max foi um dos elementos fundamentais na trama de "Avenida Brasil" e foi enquadrada no formato clássico de "quem matou". O mistério em torno da identidade do assassino manteve os telespectadores em suspense ao longo da novela, contribuindo para o enorme sucesso da produção.
A busca pelo assassino de Max revelou segredos obscuros e motivações complexas entre os personagens, proporcionando momentos de grande intensidade dramática. A novela foi aclamada pela forma como explorou o suspense e as reviravoltas na trama, e a resolução do mistério em torno da morte de Max consolidou o grande sucesso da novela Brasil a fora.
E por hoje?
Eu amo esse elemento narrativo e acho que tem que ser utilizado com bastante cuidado para não ter erros nem ser esgotado. Semana que vem estaremos juntos novamente para uma grande festa de natal!
