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NOVELAS

Disfunção na hipófise causa infertilidade, como em Carolina

Homens também podem ser atingidos pela doença, a hipófise também é responsável por estimular a testosterona

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28/04/2016 às 11:13 • Atualizada em 01/09/2022 às 13:54 - há XX semanas
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Uma glândula do tamanho de um caroço de feijão pode ser um grande empecilho para mulheres que sonham ser mães: é a hipófise, que, entre outras funções, regula hormônios responsáveis pela ovulação. Na batalha para engravidar desde os primeiros capítulos de “Totalmente demais”, Carolina, personagem de Juliana Paes, vai descobrir que sofre de disfunção hipofisária — uma alteração nesta glândula que impede a produção de ovários —, como informou o blog da Patrícia Kogut, no jornal “O Globo”.
"Há vários fatores que causam essa disfunção, mas o mais comum é um adenoma, tumor benigno que aumenta a produção de prolactina, atrapalhando os hormônios FSH e LH, responsáveis pela ovulação", explica Mônica Gadelha, diretora do Departamento de Neuroendocrinologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Foto: Reprodução/Gshow
Embora, na novela, Carolina trate a disfunção como irreversível, médicos afirmam que há tratamentos. "É possível bloquear a prolactina com remédios e o paciente volta a menstruar e a ovular. Ou ativamos o ovário por medicamentos, com FSH e LH, e a pessoa pode engravidar", diz Márcio Coslovsky, especialista em reprodução humana da clínica Primordia Medicina Reprodutiva.
Em alguns casos, uma cirurgia, disponível na rede pública de saúde, é necessária para retirar o adenoma: "É uma cirurgia delicada, feita através do nariz e que dura cerca de seis horas. Em 25 dias após a operação, o paciente já pode ter uma vida normal", esclarece Mônica.
Disfunção também atinge os homens
A disfunção hipofisária não é exclusividade das mulheres. E, como a hipófise também é responsável por estimular a testosterona, hormônio que controla o testículo, este problema também pode causar infertilidade neles.
"Nos homens, os sintomas são disfunção erétil e diminuição da libido, além de infertilidade", diz Mônica, que explica que o tratamento também é remédio ou cirurgia. Os resultados dos tratamentos variam. Segundo Márcio Coslovsky, as mulheres voltam a ter chance de engravidar após um mês, mas neles pode demorar um pouco mais: "O tratamento dos homens pode demorar de dois a três meses, já que o estoque de espermatozoides é renovado a cada 60 dias", explica.
Para diagnosticar esta disfunção, o primeiro passo é fazer exames de sangue, que mostram a dosagem dos hormônios. Se comprovado o problema, o paciente deve fazer uma ressonância magnética para descobrir se há ou não adenoma.

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