A partir do dia 4 de outubro, o público poderá matar a saudade de 'O Clone', uma das novelas mais bem-sucedidas da história da televisão brasileira. Esta é a segunda vez que a trama, escrita por Glória Perez, é reprisada no 'Vale A Pena Ver de Novo'.
No entanto, mesmo após 20 anos desde que foi exibida pela primeira vez, a telenovela segue encantando os telespectadores por retratar a cultura muçulmana e trazer temas bastante polêmicos, como a clonagem humana e a dependência química. Já está ansioso (a) para a reexibição de 'O Clone'? Relembre abaixo algumas curiosidades da novela.
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1. Antes de tudo... um breve resumo sobre a novela
A trama gira em torno do romance de Jade (Giovanna Antonelli), uma jovem brasileira de origem muçulmana, e Lucas (Murilo Benício). Os dois se apaixonam loucamente ao se conhecerem no Marrocos, mas são impedidos de ficar juntos por conta da religião de Jade. Os dois planejam fugir, mas uma grave tragédia familiar coloca os planos dos pombinhos por água abaixo.
Como se não bastasse, Lucas acaba perdendo o irmão gêmeo em um acidente de helicóptero e desiste de vez do romance com Jade. Bastante revoltado com a morte do parente, o cientista Albieri (Juca de Oliveira) decide clonar o sobrinho e insere os embriões em Deusa (Adriana Lessa).
Desacreditada no amor, a mocinha se casa com o prometido: Said (Dalton Vigh) e juntos, os dois tem Khadija (Carla Diaz). Em paralelo, Lucas também recomeça a vida no Brasil e se casa com Maysa (Daniela Escobar). Os dois são pais de Mel (Débora Falabella), dependente química. Mas, o grande amor dos dois não acabou assim, feito espumas ao vento. Eles se reencontram no Brasil e a chama da paixão é novamente acesa.
2. Cultura árabe e altas produções
A novela foi ao ar cerca de um mês após o atentado às torres gêmeas. Como a Al-Qaeda, uma organização fundamentalista islâmica internacional assumiu a responsabilidade do ato, a trama de Glória Perez também teve como missão desmitificar a associação direta da cultura árabe ao terrorismo e encarou muitos preconceitos.
Para driblar o preconceito, a história contou com uma alta produção. Como os primeiros capítulos foram gravados em cinco cidades do Marrocos, o elenco e a equipe ficaram cerca de quarenta dias no país árabe. De acordo com informações do G1, mais de 700 peças que compuseram o figurino do elenco foram comprados no Marrocos, incluindo roupas, joias e acessórios de cabelo.
3. Das telinhas para a vida real: o fruto do amor de Giovanna e Murilo
Um dos casais mais famosos das telenovelas também se concretizou na vida real. Giovanna Antonelli e Murilo Benício se aproximaram nos bastidores de 'O Clone' e começaram a namorar. Os intérpretes de Jade e Lucas foram casados por quatro anos e juntos são pais de Pietro. Além disso, o ator Marcello Novaes, que interpretou o motorista Xande na novela, é padrinho do jovem.
4. O Bar de Dona Jura e o Point dos famosos: as participações especiais
Na história, Solange Couto deu vida à Dona Jura, dona de um dos bares mais badalados do Rio de Janeiro. Muito além da farra e da cerveja gelada, o espaço também foi palco de grandes participações especiais na novela, como Ronaldinho e Zeca Pagodinho, Ana Maria Braga e o Louro José.
5. De Marrocos para o Brasil, do Brasil para o mundo
'O Clone' bateu recorde de audiência no horário das 20 horas e não foi só no Brasil que ela fez sucesso. A novela foi exibida em mais de 90 países e também alcançou marcos de audiência em Kosovo, na Sérvia, Rússia e Albânia. A história também ganhou uma versão colombiana, Él Clon, que foi ao ar em 2010.
6. A personagem Mel e a necessidade de debater o uso de drogas
A novela também chamou a atenção por retratar, de maneira humanizada, um tema considerado tabu: os riscos e problemáticas envolvendo o consumo de drogas. Nesse contexto, Nando (Thiago Fragoso) e Mel (Débora Falabella) são dois jovens de classe média, que passam por sérios problemas após se tornarem dependentes químicos. O problema também atinge Lobato (Osmar Prado), que mesmo após encontrar ajuda na religião, ainda tem recaídas.
De acordo com a escritora, a telenovela aumentou o número de dependentes que buscaram apoio nos centros de recuperação. A proposta também rendeu à Glória Perez e Jayme Monjardim, diretor da obra, um prêmio dado pelo FBI e pela Drug Enforcement Administration (DEA).
* Sob supervisão da repórter Mayra Lopes
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Redação iBahia
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