Um naufrágio marca o primeiro capítulo de “O tempo não para”, a nova novela das 19h da Globo, que estreia terça-feira, dia 31, no lugar de “Deus salve o rei”. Escrita por Mário Teixeira (o mesmo autor de “Liberdade, liberdade”, de 2016), com direção artística de Leonardo Nogueira, a trama terá uma pegada acelerada e mostrará uma família do século XIX — que ficou congelada por 132 anos após o tal naufrágio — despertando na São Paulo de 2018.
"Vou contar uma história atual pelo olhar dessa família do passado", diz Teixeira, que se inspirou na obra de Julio Verne e em outros livros, como “O dorminhoco”, do britânico H.G. Wells, que, por sua vez, inspirou o filme homônimo de Woody Allen.
Além do casal Dom Sabino (Edson Celulari) e Agustina (Rosi Campos), e de suas três filhas, outros agregados da família irão se chocar com os tempos atuais.
"A premissa da novela é absolutamente fantasiosa, mas a trama será realista. O congelados terão vários choques. Após o susto com as inovações, eles irão se adaptar e gostar das modernidades do século XXI. Mas, apesar das facilidades tecnológicas, ficarão saudosos da ética dos anos passados", conta Leonardo Nogueira.
Os congelados irão despertar aos poucos. A família terá escravos que acordarão homens e mulheres livres em 2018.
"Vamos discutir a situação do negro nos dias atuais, que é uma consequência de nossa História, e falar de racismo", adianta o autor.
Edson Celulari diz que seu personagem, homem rico e progressista no ano de 1886, irá rever seus valores.
"Ele acredita no valor da palavra e percebe como as coisas se inverteram nos dias atuais. Já fiz outros personagens de época, mas acredito que esse tema seja o grande diferencial da nossa história", diz Celulari, num intervalo das gravações nos Estúdios Globo.
A novela é uma comédia romântica e terá uma história de amor bastante complicada. Filha primogênita de Dom Sabino (Edson Celulari), Marocas (Juliana Paiva), a mocinha da trama, será resgatada nos dias atuais pelo jovem empresário Samuca (Nicolas Prattes). Ele encontra a moça num bloco de gelo enquanto surfa no Guarujá.
"Ele se apaixona logo de início, mas demora a perceber. Quis fugir um pouco dessa coisa do amor à primeira vista nas novelas. Nossa intenção é fazer com que o público acredite nessa relação ao acompanhar a história", explica Nicolas Prattes, cara conhecida da TV desde que protagonizou a temporada 2015 de “Malhação”.
Em sua oitava novela, Juliana Paiva diz que Marocas não faz a linha da mocinha inocente e indefesa, apesar de ter crescido no século XIX.
"Misturei o lado doce dela com um certo amargor. Marocas se depara com muitas novas informações ao ser descongelada, é pulsante".
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Redação iBahia
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