— Estou preparado para viver esse personagem seja qual for o seu futuro. Desde o início falei que não poderia estar mais feliz com Tolentino — garante Ricardo, de 36 anos, que nunca se furtou em viver cenas de intimidade com Caio: — Fazer uma cena de beijo gay não é um problema. Não há diferença nenhuma em fazer uma cena dessa com um ator ou uma atriz.
Antes de começar a gravar, ele conta que reviu o filme “O segredo de Brokeback Mountain” para ajudar na inspiração do romance:
— A gente se prepara para tudo.
Bem diferente do capitão, que não estava preparado para se sentir atraído por André.
— Tolentino é um homem que está descobrindo algo dentro dele que na época era um crime, nem o conceito em si existia. Ele ainda por cima é um homem da lei, o que cria ainda mais essa barreira, essa luta com o que cresce dentro dele — analisa Ricardo.
O ator avisa, no entanto, que o personagem não vai mudar o comportamento perante os outros. Isso só acontecerá com o sensível advogado.
— Na vida, Tolentino não deixa de ser duro, é um cara seco. Marquei de fazê-lo sem sorrir muito. Ele só vai sorrir algumas vezes com André. Eles vão soltar tudo o que nunca soltaram para ninguém — adianta Ricardo.
Precursor do primeiro beijo gay entre homens na TV, na novela “Amor à vida’’, Mateus Solano, o intendente Rubião, diz ter lembrado o colega de um detalhe importante.
— O que eu enfatizo com Ricardo é que ele está tendo a grande chance de viver o primeiro gay que não dá pinta da TV brasileira. Já é uma grande coisa (risos). É uma oportunidade bonita, que eu até queria ter tido com o Félix, mas salgando a santa ceia não dava. Que o público abrace cada vez mais — torce.
A recepção, segundo Ricardo, tem sido acolhedora:
— As pessoas são muito carinhosas e tem sido só elogios! Fico feliz com a repercussão.
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Redação iBahia
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