Justiça obriga SBT a recontratar funcionária demitida com câncer

A Justiça concedeu uma liminar a favor da ex-funcionária do SBT que foi demitida em meio a tratamento contra um câncer em janeiro deste ano. A juíza Serpa Panzan, da 5ª Vara do Trabalho de Osasco, ordenou que a demissão seja anulada em um prazo de dois dias, sob multa diária de R$ 1 mil em caso de não cumprimento.

Segundo informações do Notícias da TV, a emissora da família Abravanel informou que ainda não foi notificada da decisão da Justiça e que vai tomar as medidas cabíveis.

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A funcionária demitida, que fazia parte do jornal "SBT Brasil", se revoltou com a situação e chegou a fazer um apelo para a emissora fundada por Silvio Santos (1930 - 2024), mas não deu certo. "Com o Silvio Santos não era assim", desabafou ela, que enfrenta um câncer no cérebro.

"A urgência da medida está evidente, uma vez que o desligamento compromete a continuidade do tratamento vital da reclamante, colocando em risco sua saúde e dignidade, em afronta aos princípios da função social do contrato de trabalho, proteção da vida e dignidade da pessoa humana", disse a juíza na liminar.

Contratada pelo SBT em 2017, a ex-funcionária faz tratamento contra um câncer desde 2019, com medicação oral. A emissora teria permitido que ela ficasse com o convênio ativo por apenas mais seis meses, foi então quando ela contatou o Sindicato dos Jornalistas para conseguir ajuda, por meio de um advogado.

Jornalista com câncer demitida do SBT usa medicação de R$ 40 mil

A jornalista com câncer demitida pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) na última segunda-feira (6) faz um tratamento contra a doença por meio do plano de saúde. O remédio que ela usa custa R$ 40 mil por mês e as despesas eram cobertas pelo convênio.

A ex-funcionária do SBT foi contratada como produtora em 2017 e descobriu o câncer em 2019. “O remédio deu certo. Meu câncer inicial foi pulmão, e minha metástase é cérebro. Esse remédio controlou a doença, ele atua para o câncer não crescer e espalhar. Perder o convênio, pra mim, é uma sentença de morte. Fiquei apavorada, sem o convênio não consigo continuar o tratamento”, explicou ela em conversa com Fábia Oliveira, do Metrópoles.

A lorbrena, remédio utilizado pela ex-produtora do jornal "SBT Brasil", que preferiu não se identificar, não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ela, a emissora afirmou que seguiria pagando o convênio por apenas seis meses após a demissão, que ocorreu em janeiro.