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EMPREGOS E CONCURSOS

Cresce número de profissionais em busca de emprego fora da área

No momento, o Brasil registra 11,8 milhões de desempregados

Redação iBahia • 11/09/2016 às 9:49 • Atualizada em 01/09/2022 às 11:27 - há XX semanas

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					Cresce número de profissionais em busca de emprego fora da área
Luciana vai mudar de área pela 3ª vez em 8 anos (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)
Em um cenário no qual o Brasil registra 11,8 milhões de desempregados, a publicitária Luciana Guerra está mudando de área pela terceira vez em oito anos. Ela é formada em Comunicação, mas trabalha com vendas e agora irá começar uma nova graduação em Pedagogia, na tentativa de encontrar outra área com maior oferta de emprego. “Não dá para esperar a oportunidade cair do céu”, afirma. Luciana não está sozinha nessa empreitada. Tem muita gente que a crise tem feito migrar para postos de trabalho fora da área original de atuação. Entre 2015 e 2016, passou de 9% para 11% o percentual de candidatos que buscaram oportunidades fora da área original. Já a fatia de profissionais que enviam o currículo tanto para vagas dentro quanto fora do ramo original cresceu de 63% para 69%. O percentual de trabalhadores que querem vagas somente dentro da área de atuação, por sua vez, caiu de 28% para 20%. Os dados são de um levantamento feito pela Catho, site de classificados de oferta de vagas de emprego em todo o país. De acordo com a supervisora de assessoria de carreira da Catho, Larissa Meiglin, áreas que reduziram postos de trabalho por conta da retração econômica, principalmente no setor industrial, têm provocado esse movimento. “No geral, os profissionais que perderam emprego por conta dessa redução de custos praticada pelas empresas não podem abrir mão de uma fonte de renda, e aí precisam atacar vários lados para colher uma colocação”, explica Larissa. Para ela, ao redefinir a carreira, o profissional precisa estudar que outros segmentos de atuação ele pode se inserir antes de sair mandando currículo para qualquer oferta de vaga. “É sempre importante buscar áreas correlatas a sua profissão de origem, porque isso realmente aumenta a chance de ser chamado. Os recrutadores estão atentos a essa condição atual e aos profissionais híbridos que estão surgindo”, recomenda. Flexibilidade O currículo também deve estar adequado à vaga que deseja concorrer. “Ainda que não haja experiência na nova área, vale acompanhar as atribuições exigidas na vaga e utilizar isso ao seu favor. Não adianta enumerar várias experiências que não estão de acordo com o que é exigido pela vaga só no intuito de preencher esse campo no currículo”, reforça a especialista. Outra dica é pesquisar sobre a nova área e apostar em qualificação. “As empresas estão buscando profissionais que se adaptem rapidamente. Há oportunidades no mercado para quem pode agregar com esse conhecimento híbrido”. É justamente isso que a publicitária Luciana Guerra pretende fazer ao voltar para a universidade e se especializar na área de Educação. “Desisti há muito tempo de publicidade, porque tinha contas para pagar, mas não conseguia emprego. Então, parti para a área de vendas, mas não vejo perspectivas futuras. Posso bater a meta que for, dobrá-la, inclusive, mas vou continuar sendo vendedora”, conta Luciana. “Por isso, estou indo cursar Pedagogia. É uma área que vejo mais ofertas de emprego, independente de crise, que eu posso me especializar e crescer e que também me identifico”, completa ela. Outro fator que tem intensificado a troca de área é a insatisfação com a área de origem, sobretudo, no que diz respeito ao salário. Fator que levou a museóloga May Barros a buscar o empreendedorismo e oferecer serviços domésticos só para mulheres. A Entre Minas faz de tudo: desde instalação de armários e reforma de móveis até serviços de marcenaria, pintura, elétrica e hidráulica. Em operação desde o final de 2015, May conseguiu incrementar em 40% a renda com o negócio. “Durante um tempo, eu busquei trabalho na minha formação, mas aí estava difícil. Fiquei muito insatisfeita com o salário também e resolvi investir de vez na Entre Minas”. Antes de decidir investir na empresa, a qualificação também foi um fator que tornou o negócio possível, como considera, ainda, May. “Por conta de meu pai trabalhar com isso, desde pequena eu gostava dessa área. Mas foi quando eu fiquei desempregada que resolvi fazer cursos e buscar mais conhecimento para oferecer o serviço”, pontua a agora empresária. Planejamento Segundo a conselheira da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-BA), Sônia Costa, seja qual for a carreira, antes de aceitar o desafio profissional, é preciso se planejar e ter visão de perspectiva no campo onde pretende apostar suas fichas. “Escolha primeiro o que você quer, depois o que vai ser preciso para daí se flexibilizar. Não adianta buscar algo que não está de acordo com o seu perfil”, aconselha Sônia. Vale enxergar no novo campo de atuação uma expertise a mais. “Aproveite para enxergar além e buscar outras perspectivas que você tinha, mas acabou não investindo no passado. Desenvolva outras habilidades que possam proporcionar um bom retorno”, acrescenta a conselheira.

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