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Gestão e Carreira

Entrevista: Andrea Bettoni fala sobre carreira e namoro no trabalho

Entenda evolução da carreira de Andrea Bettoni e como ela lidou com o surgimento de uma relação no ambiente profissional

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Cristiano Saback

12/06/2023 às 8:00 - há XX semanas
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					Entrevista: Andrea Bettoni fala sobre carreira e namoro no trabalho
Foto: Arquivo Pessoal

Formada em Relações Públicas e pós-graduada em Potenciais da Imagem, Andrea Bettoni construiu uma carreira sólida no ramo de Telecomunicações. Comprometida com o trabalho desde os primeiros passos profissionais, teve a surpresa de se apaixonar no trabalho. O que aconteceu a partir daí, você descobre lendo essa entrevista onde ela fala sobre as suas escolhas profissionais e da sua experiência.

CS: Andrea, você é formada em comunicação e atua na área de telecomunicações. Essa sempre foi a sua primeira opção?

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AB: Originalmente queria ser juíza, fazer faculdade de direito, mas passei na faculdade de comunicação e me apaixonei pelo curso. Tinha tudo a ver comigo. Vivia na biblioteca da faculdade, mergulhada no mundo da comunicação. Fiz a graduação em Relações Públicas e como ainda não trabalhava, me dedicava aos estudos e ao meu aprimoramento, então acabei participando, também, da empresa júnior da faculdade.

Quando surgiu a primeira oportunidade de atuar na área foi numa agência de publicidade, mas não tinha remuneração.(risos) Acredite! Mas estava determinada a me aperfeiçoar. Acabei me cadastrando nas agências de estágio e apareceu uma oportunidade na estatal Telebahia. Lembra disso? (risos), Era para a área de telefonia fixa fazendo atendimento ao cliente de forma presencial. Aquele era o boom da telefonia móvel e estava surgindo a Telebahia Celular. Ali já comecei a ficar de olho nessa área.

CS: E depois dessa etapa na Telebahia?

AB: Como já estava de olho no mercado de telefonia móvel, fui trabalhar na antiga Maxitel que depois, virou a TIM, como conhecemos hoje. Após um tempo já estava ocupando cargo de liderança na empresa. Comecei a trabalhar no callcenter da Maxitel atendendo clientes e depois de 01 ano de empresa passei a ocupar o cargo de supervisora. Depois de 04 anos, a empresa já era TIM, conquistei o meu primeiro cargo executivo: coordenadora de atendimento ao cliente, com uma equipe, que chegou a ter 500 pessoas, para liderar.

CS: Você pode falar um pouco desse processo de conquista?

AB: Ocorreu um processo seletivo interno, concorri a esse cargo com 06 homens, na época parecia uma loucura promover uma mulher de 26 anos a esse cargo, mas o meu gestor junto com o RH avaliou e me achou a mais capacitada para ocupar o cargo, principalmente pelo meu desempenho e comportamento na empresa. Vale dizer que tinha feito uma pós-graduação em Potenciais da Imagem, na UFBA, e isso me ajudou muito em termos criativos e de posicionamento dentro da empresa.

CS: É importante pontuar essa evolução profissional. Porque as pessoas só veem as conquistas, mas não sabem dos esforços e dedicação. Mas já queria falar sobre o que nos traz a essa entrevista: namoro no trabalho. Não é muito coisa de filme não? (risos) A gente vê isso dar certo só nos cinemas.

AB: (risos) Vou falar sobre isso. Mas pra contextualizar é importante dizer que fui ocupando outros cargos na empresa e assumindo mais responsabilidades. E como ia crescendo a demanda, as viagens a trabalho aumentaram. Isso me ajudou muito a conhecer colegas de várias partes do Brasil e solidificar ainda mais a minha carreira na área.

Numa dessas viagens para treinamento de executivos da empresa, que ocorreu em Belo Horizonte, conheci um colega durante uma dinâmica de grupo. Ele havia acabado de ser transferido do Paraná para Minas. Esse foi o nosso primeiro contato. Mas nem rolou paquera. Nem tinha pensado nisso.

CS: Ah tá! Entendi. Mas fiquei curioso como um telespectador de um filme. Acho que nossos leitores também (risos). O que aconteceu depois?

AB: (risos) Tá bom, vamos continuar essa história. Meses depois desse primeiro contato, aconteceu outro encontro de executivos em Tiradentes (MG) e aí ficaram mais evidentes as afinidades. Aí sim, a paquera começou. (risos). Após isso, um mês depois teve uma convenção da empresa em Foz do Iguaçu e aí a gente se apaixonou e 09 meses depois eu estava mudando para Belo Horizonte. Foi uma gestação. Simbólico, né? (risos) Já estava mudando com aliança de noivado, já com data de casamento marcado.

CS: Ou isso vira um filme ou um livro de não-ficção empresarial. (risos). Mas como foi isso? Você arrumou outro trabalho ou pediu transferência na empresa? Fazer uma transição dessas é uma tomada de decisão importante.

AB: Cristiano, olha que é você quem está dando a ideia de fazer um livro. Vai que alguém se interessa em escrever sobre amores corporativos. (risos). Na verdade, contando assim parece que tudo foi muito rápido, mas houve planejamento. Nós trabalhávamos na mesma empresa e quando o relacionamento começou comunicamos aos nossos gestores. É importante ter esse princípio ético, para que todos entendam que é algo sério. Até porque algumas empresas se preocupam muito com essas questões de relações afetivas no trabalho. Mas não há lei que impeça de duas pessoas se apaixonarem no ambiente profissional. Principalmente quando essas pessoas se dedicam ao trabalho e passam mais tempo tendo contato com seus pares do que num ambiente social. E se duas pessoas sentem o frio na barriga, estão solteiras e disponíveis, por que não dar uma chance ao amor? Afinal é uma construção né?

CS: Então esse namoro começou por causa do trabalho, você mudou de cidade, casou e vocês estão juntos até hoje.

AB: Sim. Mudei de cidade, continuamos trabalhando na mesma empresa, casamos e tivemos a nossa filha Gabriela depois de 02 anos casados, E é uma história que já dura 15 anos. Uma história de amor que começou no ambiente de trabalho e deu muito certo. Moramos em Belo Horizonte durante 04 anos e depois fizemos o caminho inverso e hoje moramos em Salvador. Na época meu marido estava em transição de carreira e foi convidado para trabalhar aqui. Eu estava num momento profissional disposta a fazer o mesmo, então fiz uma entrevista em outra empresa da área de telecomunicações para conseguir fazer essa mudança junto com ele. Estou trabalhando na Oi há 11 anos. E como estávamos dispostos a essa mudança, fui contratada para a área de vendas com um cargo e salário menores do que estava acostumada. Mas eu queria fazer essa transição. Eu sabia que poderia construir a minha trajetória da mesma forma que fiz em outras empresas, sempre colocando minhas competências técnicas e habilidades com destaque. Em menos de 02 anos atuando, me tornei Gerente de Trade Marketing e hoje sou Gerente na área de Serviços a Clientes Corporativos.

CS: Andrea você está trazendo reviravoltas nessa história. (risos). Mas não é difícil se relacionar com alguém que trabalha na mesma empresa que você? O que você pode dizer para outras pessoas que têm essa mesma experiência?

AB: Cristiano, não acho difícil. Numa relação assim, tem que ter um alinhamento de apoio e suporte. Claro que tem que tomar cuidados para a relação não azedar e tomar as devidas preocupações para não atrapalhar o trabalho também. Tem que saber gerenciar. Nem o assunto de casa pode virar só coisas de trabalho e nem podemos levar problemas de casa para o ambiente profissional. Não dá pra criar em casa o ambiente de trabalho, entende? Tem que saber separar, senão não funciona. Importante, também, respeitar as individualidades. Cada um tem seus gostos, suas manias, seus hobbies e é importante saber separar isso. Assim como, também, temos o nosso lado de curtirmos juntos a nossa casa e a nossa filha.

CS: Por mais que não exista uma lei que proíba relações afetivas no trabalho, existem empresas que tendem a inibir que isso aconteça. Como você encara isso?

AB: Não dá para impedir as pessoas de se apaixonarem. Afinal, o trabalho é um lugar que a gente passa mais tempo durante o dia. E quando as pessoas estão solteiras, isso pode acontecer naturalmente pela convivência e afinidades. Claro que devemos estar atentos às relações hierárquicas para não causar nenhuma saia justa. Por isso, falei antes da importância de saber separar a relação pessoal do ambiente profissional. É preciso uma boa dose de inteligência emocional para esse gerenciamento e entender como não afetar a rotina e nem atrapalhar o trabalho da equipe. Mas é bom lembrar que nem todo mundo tem esse preparo para entender que ambiente profissional é trabalho, não é rede social de namoro.


				
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