De acordo com um levantamento feito em todo o país pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), devem ser criadas 51 mil vagas de emprego nos setores de varejo e serviços para o final do ano e 38% dos empresários confiam que as vendas do período vão superar 2016.
Apesar do número expressivo, 8 em 10 empresários não farão contratações, o que é completamente normal considerando que a economia vem se recuperando de forma lenta e gradual. Ainda segundo o estudo, apenas 13% dos empresários consultados manifestaram a intenção de reforçar o quadro de funcionários e, entre eles, 74% pretendem contratar de 1 a 5 funcionários, independentemente de ser efetivo ou temporário – outros 19% desses empresários ainda não sabem quantos funcionário pretendem contratar. A principal motivação entre os que contrataram ou tem contratações previstas é suprir o aumento da demanda no final do ano (75%). Quatro em cada dez desses empresários (40%) afirmam que os contratados serão formalizados pela própria empresa, porém 35% afirmam que serão informais e 13% terceirizados. Entre os que contratarão funcionários sem carteira assinada (36%), a principal justificativa é viabilizar a solução de uma necessidade específica para o Natal (39%) dado que o alto custo da carteira registrada poderia atrapalhar as contratações.
A expectativa é que o volume de vendas deve ter um incremento de 1%, na visão dos empresários. Ainda que não seja um percentual alto, é expressivo na comparação com 2016, quando essa expectativa era pessimista e os lojistas aguardavam uma queda de 4,6%.
“O estudo revela que a tímida melhora do cenário econômico, promovida sobretudo pela queda da inflação, das taxas de juros e pela tímida melhora nos níveis de desemprego, parece em alguma medida ter injetado boas expectativas nos empresários brasileiros”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
O levantamento do SPC Brasil e da CNDL também identificou o perfil das contratações de final de ano:
45% dos empresários pretendem contratar pessoas do sexo feminino e 31% se mostraram indiferentes;
55% pretendem contratar pessoas com até 34 anos;
40% buscam contratar pessoas com ensino médio completo;
44% solicitam que os candidatos tenham experiência anterior na área que serão contratados e outros 44% não fazem nenhuma exigência de competência ou cursos;
Os profissionais mais procurados são vendedores (35%), ajudantes (vendas, repositor, serviços gerais, etc) (16%) e balconistas (10%).
De acordo com os empresários, estes trabalhadores serão contratados, em média, por um período de 3,5 meses, com um salário mínimo e meio mensal (cerca de R$1.400) e com carga horária entre 7 e 8 horas diárias. Cerca de 19% dos empresários consultados já contrataram em agosto e setembro, 31% contratarão em outubro e 21% em novembro.
Para o estudo, foram ouvidos 1.168 empresários de serviços e comércio varejista localizados nas capitais e interior do país. A margem de erro é de 3,0 p.p. com um intervalo de confiança de 95%.
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Redação iBahia
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