Trabalhar por conta própria é o caminho de muitos microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil. Para a psicóloga Fernanda Tochetto, abrir uma empresa (mesmo que formada por apenas um indivíduo) traz mais liberdade e autonomia para desenvolver o trabalho, pois a pessoa atua como chefe de si mesmo e pode estabelecer horários mais flexíveis, que conversem melhor com sua realidade.
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Porém, para Fernanda, isso não é uma tarefa fácil, ainda mais se as atividades forem realizadas de casa. “Para que a empreitada seja bem-sucedida é preciso que a pessoa entenda suas habilidades e as potencialize a um ponto que consiga uma grande concentração e transformação de energia em foco e produção”, diz a psicóloga.
Para a especialista, tal resultado é obtido levando-se em conta três pontos: decisão, organização e planejamento. “Ao iniciar o processo, muitas pessoas descobrem, porém, que pequenas situações são inimigas dessa modalidade de trabalho”, diz a psicóloga.
Nesse sentido, cuidados devem ser tomados, para que os objetivos sejam alcançados da melhor maneira possível. Para ajudar nisso, Fernando indicou três passos para superar os obstáculos que podem surgir ao trabalhar em casa. Confira as dicas abaixo:
- Criar uma rotina
As horas dedicadas ao trabalho não podem se misturar com as horas dedicadas ao lar, onde a pessoa guarda a intimidade. Para Fernanda, é necessário um ambiente exclusivo para realizar as tarefas profissionais. Assim, ao acordar, a psicóloga sugere que a pessoa inicie um ritual, como se fosse sair de casa mesmo: tire o pijama, coloque uma roupa como se fosse ir trabalhar e ao longo do dia tente não desfocar das atividades propostas.
- Criar uma agenda
A pessoa não pode confundir flexibilidade com tempo livre. “O que acontece com alguns profissionais em modalidade ‘home office’ é que acreditam poder resolver qualquer problema a qualquer instante do dia, afinal não têm patrão e podem dispor do tempo da maneira que desejarem”, diz Fernanda. No entanto, agir dessa forma pode minar a produtividade.
Por isso, a importância de fazer uma agenda semanal e nunca se desviar dela. Segundo a psicóloga, é possível até abrir espaço para atividades que não estejam atreladas ao trabalho profissional (almoçar, lavar a roupa, pegar os filhos na escola etc.), mas elas devem ter horários pré-estabelecidos. “Coloque horário fixos, siga sua agenda e não deixe situações externas interferirem o tempo todo na sua produtividade. Não abra exceções”, explica.
- Classifique informações
Com a agenda em mãos e ciente de suas atividades diárias e de seus objetivos profissionais, a pessoa que trabalha na modalidade “home office” deve classificar as informações que chegam até ela, levando em conta o que pode impulsionar o negócio e o que não fará diferença alguma para o empreendimento. Dessa forma, a psicóloga sugere que a pessoa classifique as informações como: urgente; importante; e irrelevante (que precisa receber não).
Não estabelecer uma separação bem definida entre profissão e família, quando se trabalha em casa, traz anseios desnecessários, baixando a produtividade. Como diz Fernanda, a falta de organização e a falta de foco em relação às horas dedicadas ao trabalho podem gerar um acúmulo das atividades laborais, acarretando uma execução de baixa qualidade ou prejudicando a entrega. “Em longo prazo isso pode gerar frustração e desistência”, conclui.
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Redação iBahia
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