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A Coroa de Xangô do Terreiro de Casa Branca tem restauração selecionada por edital

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28/02/2011 às 15:56 • Atualizada em 29/08/2022 às 14:13 - há XX semanas
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Do iBahia, por Thatiana Seixas

A Coroa de Xangô do Terreiro de Casa Branca (que em yorubá é conhecido como Ilê Axé Iyá Nassó Oká), foi selecionada para os editais de Preservação, Dinamização e Difusão de Acervos do Instituto de Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC). O órgão, que pertence a secretaria estadual de Cultura (SecultBA), é responsável pela política pública de preservação dos patrimônios culturais da Bahia. A Restauração tem custo de R$ 27 mil, com recursos da política de editais do IPAC, que de 2007 a 2011 já executa 73 projetos da sociedade civil, investindo mais de R$ 2 milhões.

Elaborada na década de 1960, a coroa foi elaborada na década de 1960 por Julieta Oliveira, conhecida como Julieta de Oxum, em promessa a Xangô, orixá dos raios, trovões e do fogo de origem yorubá. Antes existia outra coroa então esculpida pelo ogã Veludinho, segundo tradições da Casa Branca. Ogã é uma das funções assumidas por homens com obrigação de auxiliar e proteger o terreiro do qual participa.

Representante da Casa Vranca, a Associação São Jorge do Engenho Velho foi proponente do projeto de restauração. Esculpida em madeira e decorada com pedras e pérolas, a coroa tem 1,75 metro de diâmetro. Mais para cima, no telhado, encontra-se o oxê de Xangô – machado de dois gumes – símbolo característico do orixá.

A restauração tem custo de R$ 27 mil, com recursos da política pública de editais do IPAC. De 2007 a 2011 o IPAC já executa 73 projetos da sociedade civil. Os editais são realizados com recursos do Fundo de Cultura e já atingiu cerca de 200 municípios. De 2008 a 2010 já foram investidos mais de R$ 2 milhões via editais.

A restauração tem coordenação do restaurador e professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, José Dirson Argolo. Por se tratar de peça sagrada, os técnicos cumpriram rituais de purificação.

CASA BRANCA – Tombada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como Patrimônio do Brasil desde 1984, a Casa Branca foi o primeiro templo religioso não católico a ser reconhecido oficialmente como patrimônio nacional. Com cerca de 300 anos de existência, a casa é considerada matriz da nação ketu no Brasil, originando vários templos afro-brasileiros. Em 1986, a Casa Branca foi homenageada na 3ª Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Culturas. A Casa Branca detém cerca de 6.800 metros quadrados de área, com barracão, casas de santo, árvores, praça com fonte e barco, entre outros itens sagrados e foi contemplada com outro edital do IPAC para a recuperação predial da Casa de Oxossi, no valor de R$ 19,9 mil.

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