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'Auguste Rodin, homem e gênio' traz 62 obras originais para Salvador

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27/10/2009 às 12:37 • Atualizada em 28/08/2022 às 7:09 - há XX semanas
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Esculturas mundialmente conhecidas como O Pensador e O Beijo, de Auguste Rodin, estarão expostas no Palacete das Artes Rodin, em Salvador, até 2012. Comemorando o Ano da França no Brasil, 62 obras originais do maior nome da escultura moderna podem ser conferidas gratuitamente pelo público.

Esta é primeira vez que o Museu Rodin Paris concorda em ceder peças por tanto tempo: três anos. Parte do acordo para a vinda da exposição foi a conclusão da reforma do Palacete das Artes e o desenvolvimento de projetos culturais e científicos que abordem e estimulem tanto estudantes como o público visitante.

Abertura - Na abertura do evento realizada para convidados e imprensa na segunda-feira (26), Dominique Viéville, diretor do Museu Rodin Paris, afirmou “que há um interesse da França de descentralização dos museus e o Brasil mostrou uma vontade firme em receber obras de Rodin”.

Para o governador Jacques Wagner, também presente no evento, a exposição “é motivo de orgulho e uma festa para o povo baiano”. Quando questionado sobre a expectativa do retorno financeiro, o governador acredita que “já estamos altamente retribuídos com a cultura das obras”.

Rodin – Nascido em 1840 na França, Auguste René Rodin começou seus estudos artísticos aos 14 anos e mesmo sem nunca ter sido aceito pela Escola de Belas Artes obteve reconhecimento de suas obras ainda em vida.

Considerado o pai da escultura moderna, Rodin comumente abordava temas clássicos como mitologia grega, a Bíblia e a Divina Comédia de Dante. A forma como o escultor traduzia sentimentos e expressões humanas era tão real que chegou a ser acusado de começar suas esculturas a partir de objetos vivos.

O conjunto de 62 peças faz parte de Porta do Inferno, uma das obras mais conhecidas de Rodin e é feito em gesso, material que permite que as impressões digitais do autor tornem suas peças únicas e de valor imensurável, sendo algumas inacabadas, conceito polêmico para Rodin, que considerava cada estudo como uma obra completa.

Para a museóloga Heloísa Helena, responsável pelo Museu Rodin Bahia, o processo de criação do escultor foi o principal norteador para a construção da exposição na Bahia. “As faculdades de Belas Artes no Brasil privilegiam formas geométricas e instalações abstratas, perdendo qualidade no estudo da fisionomia. Em tempos de violência, é uma oportunidade para reverenciar o corpo e entender a natureza humana”, explica Helena.

“Auguste Rodin, homem e gênio” fica no Palacete das Artes Rodin e as visitas são feitas em grupos de até vinte pessoas, organizado conforme o fluxo de visitantes. A entrada é gratuita.

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