Nesta terça, dia 29, às 15h, acontece, no Anfiteatro da Faculdade de Medicina da Bahia, a abertura do Colóquio em comemoração ao cinqüentenário do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A solenidade contará com a presença do Reitor da Ufba, Naomar Monteiro de Almeida Filho; João Carlos Salles Pires da Silva, diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH); a diretora do Centro de Estudos Afro-Orientais, Profª. Paula Barreto; Marcelo Cunha, Coordenador do Museu Afro-Brasileiro e o vereador Gilmar Santiago, presidente da Comissão da Reparação da Câmara Municipal de Salvador. Para encerrar a solenidade, às 16h, a palestra 'O campo dos Estudos Africanos no Brasil', ministrada pelo professor Kabenguele Munanga do Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo (USP).
Ainda na terça, dia 29/09, às 18h, na sede do CEAO, Largo Dois de Julho, acontecem os lançamentos de publicações do CEAO como os livros África Negra - História e Civilizações de Elikia M´bokolo; o Poder dos Candomblés - Perseguição e Resistência no Recôncavo da Bahia de Edmar Ferreira Santo; Um Príncipe Africano na Bahia de Marcos Santana e a última edição da Revista Afro - Ásia que já contabiliza 38 edições.
Além das publicações, o Centro marca seu cinqüentenário com o lançamento da versão em CD-ROM do Mapeamento dos Terreiros de Salvador, coordenado pelo professor Jocélio Teles dos Santos e o vídeo Diálogos Cotistas, produzido por jovens oriundos do sistema de cotas da UFBA sob a coordenação do CEAFRO, em parceria com o Instituto Mídia Étnica.
A programação segue na quarta-feira, dia 30/09, com a exibição do filme 'Agostinho da Silva - um pensamento vivo' do cineasta e neto do fundador do CEAO, João Rodrigo Mattos e a mesa redonda ?A Universidade e as políticas para as Comunidades Negras? com representações da sociedade civil, religiosos de matriz africana e do poder público. Ainda na quarta-feira, duas mesas marcam as discussões no turno da tarde: o debate internacional 'Olhares sobre o Brasil e a Bahia' com pesquisadores dos Estados Unidos e Moçambique e a palestra 'Percepções da Bahia do final do Século XX: a Conexão Ceao' do renomado conferencista: Prof. Anani Dzidzienyo da Brown University (EUA).
Para a diretora do Centro, Drª. Paula Barreto 'O Colóquio CEAO: 50 anos tem o intuito de propiciar a ampliação de diálogos e debates entre pesquisadores/as brasileiros/as e estrangeiros/as sobre as culturas africanas e sobre as relações etnicorraciais, além de estimular a reflexão sobre o futuro do CEAO como referência na área dos estudos étnicos e africanos no contexto local e global'.
Nestes 50 anos, o Centro tornou-se referência internacional sobre estudos das relações raciais no Brasil, abrigando a primeira pós-graduação Multidisciplinar em Estudos Étnicos e Africanos (Pós Afro), com Mestrado e Doutorado e a primeira revista da América Latina sobre o tema, a Revista Afro-Ásia, publicada desde 1965. Mais recentemente o CEAO voltou a ser pioneiro quando coordenou o projeto de mapeamento dos terreiros de candomblé de Salvador, a pedido das Secretarias de Reparação e Habitação. O projeto do Mapeamento é hoje usado como modelo em todo o Brasil.
O CEAO é também o órgão responsável pelo Museu Afro-Brasileiro, que funciona ininterruptamente desde 1982, em Salvador. O Centro abriga também o programa CEAFRO, uma iniciativa que há mais de uma década vem aproximando a Universidade das pautas dos movimentos negros através de projetos focados em gênero e raça, o programa Fábrica de Idéias - curso avançado em Estudos Étnico-Raciais, o Council on International Education Exchange (CIEE), e o escritório do South-South Exchange Programme for Research on the History of Development (SEPHIS).
Serviço:
O quê: Abertura do Colóquio CEAO: 50 ANOS
Onde: Anfiteatro da Faculdade de Medicina da Bahia, Terreiro de Jesus -Pelourinho
Quando: 29 de setembro
Horário: 15h
Mais informações: www.ceao.ufba.br
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