Hoje é dia de lembrar de nomes como Sean Flynn, repórter norte-americano desaparecido há 40 anos durante a guerra civil no Camboja, Tim Lopes morto por traficantes quando estava produzindo uma matéria investigativa, Vladimir Herzog e tantos outros assassinados durante a Ditadura Militar no Brasil. Mas também é dia de lembrar de Assis Chateaubriand, Armando Nogueira, Caco Barcelos e Cid Moreira. Hoje é o Dia do Jornalista.
Caco Barcelos
A data é uma homenagem ao médico e jornalista João Batista Líbero Badaró, que morreu assassinado por inimigos políticos, em São Paulo, em 20 de novembro de 1830. O movimento popular gerado a partir desse acontecimento levou à abdicação de Dom Pedro I, no dia 7 de abril de 1831.
Mas você sabe o que um jornalista realmente faz? O jornalismo é a prática de coletar, apurar, redigir, editar e publicar informações sobre acontecimentos atuais. As notícias podem ser veiculadas em jornais, revistas, sites, telejornais e blogs, por exemplo. Outra área que um jornalista pode atuar é a assessoria de comunicação.
No dia do Jornalista, é importante discutir e avaliar a comunicação como um todo. A jornalista Lisani Azevedo, supervisora de entretenimento do Portal iBahia, ressalta que a convergência de mídias, principalmente com o advento da internet, têm acelerado a expansão da comunicação. 'A velocidade e o alcance que a notícia chega ao público é algo que realmente não acontecia há alguns anos', comenta. Jefferson Beltrão, que além de jornalista é radialista, concorda. 'As novas tecnologias são responsáveis por uma grande evolução no jornalismo. São muitas novidades e isso é muito importante para nós, profissionais'. Todas essas transformações e evoluções beneficiam o cidadão.
Seja via TV, internet, rádio, revistas ou jornais, a responsabilidade com a informação tem que ser a maior preocupação do profissional que lida com a notícia. 'Estamos cada vez mais profissionais, éticos e responsáveis e considero isso muito importante', avalia Jefferson. A busca desmedida pela informação ainda faz muitos jornalistas cometerem erros, mas isso tem que ser repensado. 'Como venho de uma época onde o jornalista não tinha muita liberdade de expressão, acho que evoluímos nesse sentido, mas alguns perderam o senso de certo e errado', comenta.
Para Lisani, falta respeito ao profissional de comunicação. 'O Brasil precisa respeitar o aprendizado que a faculdade proporciona a uma pessoa', afirma. 'Diploma não é apenas um documento, é o reconhecimento do aprendizado adquirido. Não podemos aceitar que apenas por escrever bem, alguém esteja exercendo a profissão que não estudou para tê-la. Estudar no Brasil já é muito difícil, e para aqueles que fizeram faculdade, não ter o verdadeiro reconhecimento, é decepcionante', completa.
No dia a dia de uma redação acontecem muitas situações inusitadas e cômicas. Uma que o Jornalista Osmar Martins, mais conhecido como Marrom, faz questão de contar sempre é sobre um produtor de uma banda que lhe pediu ajuda. 'Ele veio pedir para dar uma nota, pois estava concorrendo a um edital do projeto do pelourinho Dia e Noite e, pelo regulamento, era necessário que a banda comprovasse que já tinha feito algum show ou que fosse fazer. Eu dei uma notinha anunciando que a banda faria um show numa cidade do interior', conta. Meses depois, o produtor procurou Marrom, pois tinha sido aprovado. 'Ele apertou minha mão e eu senti uma coisa estranha. Era uma nota de R$10'(risos), diverte-se Marrom. Quando percebeu que o jornalista estava surpreso ele comentou: 'É a sua recompensa. Soube que para sair uma nota no jornal tem que dar uma grana'. Marrom explicou que não trabalha desse modo. Sem graça, o produtor pediu desculpas e foi embora.
A rotina de um jornalista é repleta de situações inesperadas, que quem trabalha com da instantaniedade da notícia está sujeito. O profissional da área está acostumado a viver momentos tristes, alegres, engraçados e dramáticos e manter a postura da imparcialidade. Mas até que ponto? É possível não se entristecer diante dos desastres que estão acontecendo pelo mundo? É possível não ficar alegre com a vitória da seleção brasileira de futebol em uma Copa do Mundo? O fazer jornalismo é uma arte. E o artista que faz da notícia algo atraente para o público também sorri e também chora. O jornalista tenta ser imparcial, mas, antes de ser profissional, ele é humano. Parabéns a todos aqueles que fazem da propagação da notícia a sua profissão.
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