As férias de verão batem à porta, e muita gente sente aquela vontade de viajar. Mas, em tempos de crise financeira, tomar as decisões — sobre ir ou não, para onde e quanto dinheiro levar — pode ser bem difícil. Por isso, o certo é se dedicar ao planejamento, para voltar sem preocupação orçamentária. A boa notícia, porém, é que os viajantes têm ganhado a cada dia mais aliados na tarefa de conciliar impacto no bolso e realização do sonho: os aplicativos que podem ser baixados nos aparelhos celulares.
— O mercado de viagens mudou bastante nos últimos anos. Antes, as pessoas procuravam agências para comprarem seus pacotes. Hoje, os aplicativos agregam tudo, com comparações de preços de passagens, aluguéis de carros, hospedagens, serviços de transferência aeroporto-hotel-aeroporto, ingressos para atrações turísticas... — diz a economista e coordenadora do curso de Ciências Contábeis do Ibmec/RJ, Ana Beatriz Moraes.
E a lista vai além. Na palma da mão, é possível pedir para dormir em um sofá em outro país, sem pagar nada, ou verificar o câmbio de moedas em tempo real. Por isso, o EXTRA listou 20 ferramentas que ajudam os viajantes a organizarem seus roteiros. Mas é importante não se tornar refém delas — deixando-se levar pela aparente facilidade e pelas muitas promoções. Para usá-las bem, Ana Beatriz e o educador financeiro Ricardo Natali orientam: só vá para onde seu orçamento deixar.
— No fim de ano, é comum as pessoas olharem para a quantia que têm disponível e pensar em usá-la para viajar. Então, avalie que destino e planos se encaixam neste orçamento. Se for muito pequeno, o ideal é não ir neste ano e começar a planejar uma viagem com mais folga e qualidade de vida nas próximas férias — disse Natali.
E a memória?
A jovem Maryana Teles, de 27 anos, é uma usuária frequente de aplicativos.
— Eu uso aplicativos desde o início do planejamento. Nem comprei a passagem ainda e já dou uma olhada nos valores das acomodações, pesquiso pontos turísticos de cada lugar e também os preços médios de comida e transporte. Durante a viagem, eu uso muito um aplicativo de câmbio pra checar se a cotação de uma agência está boa ou não, além de apps de mapa — contou.
Dona do blog “Vida Mochileira” — estilo de viagem adotado por quem combina aventura e economia —, ela tranquiliza quem fica preocupado com a memória do celular ocupada no período justamente em que vontade de fotografar tudo não vai faltar. De acordo com ela, as escolhas do viajante devem ser personalizadas:
— Você deve ter os aplicativos que melhor te auxiliarão nos objetivos das suas viagens. Nem todo mundo precisa de todos eles. Por isso, vale muito a pena gastar cinco minutos antes da viagem para entender se aquela ferramenta é funcional para você ou não — sugere a blogueira.
Alertas
Buscadores
Os buscadores de passagens aéreas, hotéis, pacotes de viagens e outros serviços que servem para a comparação de ofertas pelos usuários em alguns casos aplicam taxas, que funcionam como uma comissão. Por isso, vale checar na companhia aérea que tem a passagem mais barata se o preço é o mesmo, antes de efetuar a compra.
Colaborativos
Os aplicativos de economia colaborativa, que sugerem compartilhamento de casas ou carros, por exemplo, costumam proporcionar grande economia. Mas é preciso não subestimar a questão da segurança. Em geral, os aplicativos contam com ferramentas de avaliação dos anfitriões e dos motoristas, justamente para que o usuário, na outra ponta, possa ler impressões e fazer uma boa escolha. Sempre é bom também deixar amigos e familiares avisados sobre seus planos.
Gratuitos
Quando os aplicativos conectam pessoas buscando e outras oferecendo serviços gratuitos, é bom ter em mente que não há como exigir conforto ou comodidade demais. Além disso, o beneficiado precisa ter bom senso, pois também costuma receber avaliações sobre seu comportamento nos aplicativos. Seja sempre gentil, para não receber recomendações contrárias ao que deseja.
Organizadores
É preciso ser fiel aos aplicativos com os quais se pretende organizar as despesas da viagem. Se for utilizá-los para avaliar possibilidades de compras durante o período de viagem, se esquecer de anotar algum gasto pode significar um rombo futuro na conta.
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Redação iBahia
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