A Caixa Cultural Salvador oferece aos interessados em artes visuais e ao público em geral a exposição intitulada “O gravador Roberto Burle Marx - atelier Ymagos”. A mostra apresenta algumas séries em litografia criadas pelo arquiteto e famoso paisagista, Roberto Burle Marx. A inauguração que acontece dia 16 de março, às 20 horas, para convidados e imprensa será precedida por uma visita guiada pelo Curador da Mostra, Sérgio Pizoli, às 19 horas, com a presença dos convidados. A exposição fica aberta à visitação até 18/04, de terça a domingo, das 9 às 18 horas, com acesso gratuito ao público de todas as faixas etárias.
Roberto Burle Marx, pintor e paisagista exuberante, foi também um excelente gravador, tanto na litografia em cores como na gravura em metal, preto e branco. Em nove anos de atividade gráfica, Roberto Burle Marx realizou, no Atelier Ymagos, SP, mais de cem gravuras no processo litográfico e cerca de oito gravuras em metal, retomando sua produção, ora através das paisagens realistas, ora em composições abstratas. Nesta mostra, o visitante encontrará cerca de 80 obras, produzidas nos anos 80 e 90, além de desenhos introdutórios e matrizes.
De acordo com Sérgio Pizoli, curador da mostra, “Roberto Burle Marx está entre os primeiros artistas brasileiros a levantar sua voz e erigir sua obra contra a devastação do meio ambiente, um entendimento equivocado que certos governantes e administradoras fazem do que seja progresso”. E acrescenta: “Assim são seus jardins, paisagens móveis, vivas, regidas pelo signo da imprevisibilidade. Assim também o grafismo de suas ondas pretas e brancas dos calçadões de Copacabana; elas se movem a cada passante, resultando novas paisagens a cada passo, cada olhar...”, filosofa.
Burle Marx iniciou a carreira de paisagista em 1933, trabalhando para projetos de Lúcio Costa, com quem, em companhia de Oscar Niemayer concebeu o eixo monumental de Brasília. Reside em Recife entre 1934 e 1937, sendo nomeado diretor de Parques e Jardins do Recife. Retorna ao Rio de Janeiro e torna-se aluno de Candido Portinari e de Mário de Andrade, no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal, entre 1935 e 1937. Realiza a primeira individual de pintura em 1941, no Palace Hotel, RJ. Expôs no Salão Nacional de Belas Artes, RJ, em 1941, 1945 e 1947; Bienal de Veneza, em 1950, 1970 e 1978; Bienal Internacional de SP, várias edições entre 1951 e 1965.
Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!