Elídio Sanna, Anderson Bizzocchi e Daniel Nascimento formam a Cia Barbixas de Humor e trouxeram para capital baiana a peça Improvável, um espetáculo provavelmente bom, no último final de semana, na Casa do Comércio.
No foyer do teatro, uma mesa estava disponível para que, antes de começar a peça, a platéia pudesse dar idéias de frases e cenas. No momento do espetáculo foi feito o sorteio e eles improvisaram de acordo com as idéias.
O mestre de cerimônia da vez foi Elídio Sanna, que explicou e interagiu com o público sobre o formato a ser interpretado, e deixou claro: 'O que vocês verão hoje nunca foi apresentado antes e nunca mais será visto novamente'. Ele também fez um tipo de stand up comedy sobre o trânsito de São Paulo e de Salvador.
Pouco depois, entraram os outros dois integrantes, Anderson e Daniel e os 'jogadores' convidados, os humoristas Marco Gonçalves e Cristiane Wersom. Esbanjando espontaneidade e com o jogo de luzes dando todo o toque especial, as brincadeiras começaram.
O sentimento do espectador é de ansiedade e até receio constante das brincadeiras não darem certo por causa do total improviso das cenas. O que mais impressiona é a criatividade dos atores ao se esquivarem das situações mais loucas e imprevisíveis.
Entre as brincadeiras, são escolhidos apenas alguns participantes, geralmente dois, mas os que permanecem sentados têm liberdade de entrar e salvar a cena, caso necessário.
Um jogo interessante, que chamou a atenção foi o Bóris. 'Arriscado' e interessante, consiste em um dos humoristas virado de costas para a platéia com um fone nos ouvidos, tocando uma música bem alta, e o mestre de cerimônia vai colhendo da platéia, um personagem que é o assassino, quem ele matou e com que objeto. Quando tudo é decidido, o 'assassino' tira o fone e senta na 'cadeira elétrica'. Os carrascos interrogam dando dicas de quem ele é e como tudo ocorreu, e a cada resposta errada o jogo de luzes entra em ação e eles gritam: 'Boris!', que 'ativa' o choque da cadeira.
Mais peças como Improvável, devem continuar vindo a Salvador e instigando às pessoas a irem ao teatro. A procura foi tão grande que foi necessário abrir sessões extras, inclusive no feriado da Proclamação da República, dia 15 de novembro.
O cenário baiano ganha casa vez mais adeptos ao teatro que acompanham atualmente grandes espetáculos como 7 Conto, de Luís Miranda, O Indignado, de Frank Menezes e outros tantos espalhados pela cidade. Fazendo com que Salvador se estabeleça no roteiro das grandes companhias de teatro do país.
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