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Grupo gay lança exposição sobre homofobia em dia de jogo do Irã

Serão 30 fotos com cenas difíceis de se ver, mas que fazem parte do cotidiano de homossexuais em pelo menos sete países: a execução, por apedrejamento, açoite ou decapitação

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25/06/2014 às 9:08 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:06 - há XX semanas
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Para protestar contra a homofobia, o Grupo Gay da Bahia (GGB) lança hoje (25), dia em que o Irã enfrenta a Bósnia na Copa do Mundo, a exposição Irã – O Inferno dos Homossexuais. O antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB, explica que, em todo o mundo, 76 países adotam leis contra essas pessoas - as punições variam da prisão à tortura. Em mais sete, é praticada a pena de morte. O Irã é um desses países. Por isso, o grupo escolheu o dia do jogo para inaugurar a exposição e defender o fim de penas contra homossexuais. “O objetivo da exposição é pressionar a ONU [Organização das Nações Unidas] e o Brasil para que sejam abolidas a pena de morte e as leis homofóbicas”, diz Mott. Ele explica que a mostra vai exibir 30 fotos com cenas difíceis de se ver, mas que fazem parte do cotidiano de homossexuais em pelo menos sete países: a execução, por apedrejamento, açoite ou decapitação. O material foi reunido a partir da doação de fotos enviadas por gays iranianos exilados nos Estados Unidos e na Europa, bem como pela Associação Internacional de Gays e Lésbicas (Ilga, na sigla em inglês). Segundo Mott, essa também é uma forma de denunciar “que o Brasil é o cemitério dos gays”. Ele lembra que, enquanto no Irã são executados um a dois LGBTs - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - por ano, aqui são 300 mortes, em média, no mesmo período. Apenas entre 2013 e 2014, segundo dados do GGB divulgados em maio, o número de mortes representou um assassinato a cada 28 horas no país. “O Brasil tem que resolver a situação”, diz Mott, para quem é preciso equiparar a homofobia ao crime de racismo; garantir educação sexual nas escolas e estimular que LGBTs ainda não assumidos “lutem pela sua cidadania plena”, defende. A exposição sobre a homofobia na República Islâmica do Irã pode ser vista na sede da entidade, no bairro Pelourinho, das 10h às 18h, até o fim de julho. Protestos contra a homofobia têm sido registrados durante a Copa. No jogo entre o Irã e a Nigéria, em Curitiba, no dia 16, um "beijaço" LGBT marcou a crítica contra os países, considerados por essa comunidade como dois dos mais intolerantes à diversidade sexual. Amanhã (26), também está marcado um ato em Brasília, durante a partida entre Gana e Portugal, em defesa dos direitos das mulheres e da população LGBT.

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