MAM-BA exibe seu acervo fotográfico até 7 de julho

Fotografia Contemporânea é destaque no acervo do MAM

O homem e o espaço contemporâneo é o ponto de partida da exposição Fotografia Contemporânea no Acervo do MAM-BA, recorte da coleção do Museu de Arte Moderna da Bahia que conta com obras de 13 fotógrafos, entre baianos e de outros estados brasileiros. A visitação acontece até dia 10 de julho, de terça a domingo, das 13h às 19h; e sábado, das 13h às 21h, com entrada franca. O MAM fica localizado no Solar do Unhão, na avenida Contorno. Informações pelo telefone 3117-6139. Com curadoria da artista visual e diretora do MAM-BA, Stella Carrozzo, os trabalhos que integram a mostra levam o espectador a refletir sobre as relações entre o espaço - seja ele público ou privado – e o sujeito, e suas transformações na sociedade contemporânea. A diversidade de olhares reunidos nesta mostra permite uma análise que vai além da dimensão política do espaço, entendendo mudanças decorrentes do diálogo com as dimensões econômica e cultural. A exposição se apresenta em dois momentos: no Casarão do MAM-BA, espaços diversos, amplos e muitas vezes vazios, que trazem forte significação simbólica; e na Galeria 3, obras que remetem a questões identitárias, onde a relação do homem com o espaço contemporâneo é vista a partir de um ponto de vista mais intimista. Caetano Dias, Caio Reisewitz, Cinthia Marcelle, Cristiano Mascaro, Danillo Barata, Ding Musa, Frederico Câmara, Janaína Tschäpe, Luiz Braga, Márcio Lima, Milena Travassos, Pedro Motta e Rogério Canella compõem esta exposição.

— "O espaço contemporâneo estará aqui apresentado em vertentes amplas", Stella Carrozzo

ACERVO DO MAM-BA Em 2009, o MAM-BA expôs uma parte de sua coleção, apresentando obras modernistas e contemporâneas na Bahia e no Brasil. No final de 2010, foram expostas as obras recentemente incorporadas à coleção a partir de um pensamento específico sobre uma política de aquisição de acervo que prevê sua ampliação de forma qualificada e contínua.ARTISTAS EM DESTAQUECaetano Dias (Feira de Santana-BA, 1959)

Artista multimídia, Caetano Dias aborda as relações entre corpo/identidade e sagrado/sexualidade, conectando-as com questões socioculturais da Bahia e do Brasil. Participou das bienais do Mercosul, Valência, Buenos Aires e Biennale de BelleVille/Nuit Blanche em Paris. Suas obras foram adquiridas por instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Brasília, Coleção Assis Chateaubriand, Casa de las Américas, em Cuba, Museu de arte Moderna da Bahia, Museu Afro Brasil, em São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Museu Berardo, de Lisboa, entre outros.

Caio Reisewitz (São Paulo – SP, 1967)

Em sua produção, o fotógrafo paulista explora as relações entre registro documental e arte, e também entre o político e o estético. Formado pela Fundação Armando Álvares Penteado, freqüenta a Escola Superior de Artes de Darmstadt e na Johannes Gutenberg-Universitat Mainz, na Alemanha, especializando-se em fotografia. Teve seus trabalhos reconhecidos com os prêmios de aquisição das 4ª e 6ª edição do Salão da Bahia, em 1997 e 1999, e com o Prêmio Sergio Motta (2001). Expôs na 26ª Bienal de São Paulo (2004) e no Pavilhão Brasileiro da 51ª Bienal de Veneza (2005).

Cinthia Marcelle (Belo Horizonte – MG, 1974)

Utilizando-se do vídeo e da gravura, a artista mineira documenta o efeito que suas sutis intervenções operam na ordem das coisas. Foi contemplada com a Bolsa Pampulha (2003-2004), esteve na 9ª Bienal de Havana (Cuba, 2009), na 7ª Bienal do Mercosul (RS, 2009) e recebeu o Prêmio Internacional de Performance em Trento, Itália em 2006. Participou da 29ª Bienal de São Paulo (2010) e foi a vencedora do Future Generation Art Prize de 2010.

Cristiano Mascaro (Catanduva - SP, 1944)

Um dos mais importantes fotógrafos da capital paulista e de sua arquitetura, que documenta sistematicamente há mais de duas décadas, o fotógrafo paulista é autor dos livros A Cidade, 1979; Cristiano Mascaro, As Melhores Fotos, 1989; Luzes da Cidade, 1996, São Paulo, 2000, e O Patrimônio Construído - as 100 mais belas edificações do Brasil, 2003. Realizou diversas exposições no Brasil e no exterior, onde já expôs no Centro Georges Pompidou (França) e no Museu Internacional da Fotografia de Rochester (EUA). Recebeu o Prêmio Internacional de Fotografia Eugène Atget (1984) e a Bolsa Vitae de Fotografia (1989).

Danillo Barata (Salvador - BA, 1976)

Utilizando-se de vídeo-instalação, single channel vídeos, documentários, fotografia, o artista baiano se interessa pela produção contemporânea que articula performance, imagem e arte eletrônica. Doutorando em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, professor permanente e assessor do Centro de Artes, Humanidades e Letras da UFRB, Danillo Barata realiza exposições no Brasil e exterior desde 2000. Possui obras no acervo do Museum der Weltkulturen Frankfurt (Alemanha) e da World Wide Visual Factory (Holanda). Em 2006, recebeu o prêmio de aquisição no 13º Salão da Bahia e em 2007 o Prêmio Videobrasil WBK Vrije Academie, no 16º Festival Videobrasil.

Ding Musa (São Paulo – SP, 1979)

A obra do fotógrafo paulistano convida o espectador a um tempo de observação progressivo, permitindo uma percepção que vai além do visível. Foi premiado no 23º Salão Arte Pará (2004) e no 12º Salão da Bahia (2005) e por instituições como o Museu de Arte Moderna de São Paulo (2003) e Museu de Arte Contemporânea de Goiás (2005). Em 2008, participou do Festival Internacional de Fotografia, em Porto Alegre. Possui obras nos acervos do Centro Dragão do Mar (CE), MAM-RJ, MAM-SP, Museu do Estado do Pará. Realiza exposições no Brasil e no exterior desde 1995; este ano, participa da 54a. Bienal de Veneza, na Itália.

Frederico Câmara (Governador Valadares – MG, 1971)

O artista mineiro é formado em gravura e estudou nos Estados Unidos e Canadá. Foi premiado no 10º Salão da Bahia (2003) e no Arts Council England (2006) e realizou individuais nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão, além de ter participado dos programas de residência no Vermont Studio Center (EUA, 2000), no The Banff Centre for the Arts (Canadá, 2001) e na Fundación Valparaiso (Espanha, 2001). Atualmente cursa a Academia Schloss Solitude, em Stuttgart, Alemanha.

Janaina Tschäpe (Alemanha - 1973)

Formada em Belas Artes em Hamburgo, a artista alemã fez individuais no Brasil, Japão, África do Sul, EUA, entre outros países. Utilizando a pintura, o desenho, a fotografia, a performance e o vídeo, suas obras tratam de um universo íntimo e melancólico. Integra coleções de importantes instituições como o Museu Nacional Reina Sophia, na Espanha, 21st Century Museum of Contemporary of Art, Kanazawa, Japão, Banco Espírito Santo, Portugal, 
Centro Pompidou, França,
 MAM-RJ,
Harvard Art Museum, EUA, Itaú Cultural, SP, Moderna Museet, Suécia, Solomon R. Guggenheim Museum, EUA, Thyssen-Bornemisza Art Contemporary, Áustria.

Luiz Braga (Belém – PA, 1956)

O caráter indicial da fotografia do artista paraense propõe uma reflexão sobre o paradoxo real-ilusão. Foi premiado no 7º Salão Nacional de Artes Plásticas do Rio (1984). Recebeu o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (1988) e o prêmio de aquisição no 14º Salão da Bahia (2007). Ganhou a Bolsa Vitae de Artes em 1996 e o Prêmio Porto Seguro, em 2003. Seus trabalhos integram o acervo da Coleção Pirelli-MASP e da Biblioteca Nacional do Rio, além de coleções públicas e privadas no Brasil, França, Bélgica, Portugal e Estados UNidos.

Márcio Lima (Recife – PE, 1960)

O fotógrafo é vencedor do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger (2003), do prêmio de aquisição do 11º Salão da Bahia (2004), ambos em Salvador e do XI Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia (2010). Realizou residência artística na Universidade de Syracuse, nos EUA. Possui obras nos acervos do LIGHT WORK, EUA, Museu de Arte de São Paulo e Museu Afro Brasil (SP). Realiza exposições individuais e coletivas no Brasil, Portugal, Espanha, França e Estados Unidos desde a década de 80.

Milena Travassos (Recife – PE, 1976)

A leveza da imagem e a fusão entre corpo e paisagem e o real e onírico, são temas frequentemente abordados por Milena Travassos. Vencedora do 12º Salão da Bahia (2005), 7º Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia (2007/2008) e do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea Ocupação dos Espaços Funarte 2010. Já expôs, entre individuais e coletivas, em São Paulo, Salvador, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belém, Brasília e Recife.

Pedro Motta (Belo Horizonte – MG, 1977)

Artista plástico que utiliza a fotografia como suporte para suas obras, Pedro Motta é Bacharel em desenho pela Escola de Belas Artes da UFMG. Foi premiado no 14º Salão da Bahia (2007), expôs nesse ano nas feiras de arte Basel Miami, EUA, Basel Suíça e na ARCO de Madrid, Espanha. Em 2006, levou seus trabalhos, entre outras coletivas, à 5ª Bienal Internacional de Fotografia e Artes Visuais de Liége, na Bélgica. Sua obra integra o acervo do MAM-SP, Museu de Arte da Pampulha, BH, Museu de Arte de Santa Catarina, SC, Coleção Banco Itaú, SP, além de coleções públicas e privadas em Portugal e na Holanda.

Rogério Canella (São Paulo – SP, 1973)

Formado em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP-SP, as obras em grandes dimensões do fotógrafo paulistano abordam questões como a transitoriedade e o efêmero na vida contemporânea, atualizando os gêneros clássicos de retrato, paisagem e natureza-morta. Foi premiado no 26º Salão de Arte de Belo Horizonte (2000) e no 12º Salão da Bahia (2005). Em 2004, recebeu bolsa residência na Cité Internationale de Arts, em Paris. Seus trabalhos foram apresentados em coletivas como a 6ª Bienal de Arquitetura (2005), em São Paulo, e a 9ª Bienal de Havana (2006).