Projetos de quaisquer linguagens artísticas que tenham como temática a valorização da cultura negra no estado da Bahia terão apoio do Edital de Promoção da Cultura Negra, no valor total de R$ 300 mil, lançado nesta quinta-feira (27), no auditório da Biblioteca Pública dos Barris.
O edital acolherá, no mínimo, sete projetos, divididos em três categorias - quatro de R$ 25 mil, duas de até R$ 50 mil e uma de R$ 100 mil.
“As manifestações artísticas, sejam musicais, estéticas, culinárias, vestuárias ou manufaturadas, que hoje vemos em nosso estado serem consideradas como patrimônios da humanidade, devem ser valorizadas e estimuladas em meio a quem as produz”, pontua Ubiratan Castro, diretor da Fundação Pedro Calmon, unidade da Secretaria da Cultura, responsável pelas políticas públicas para literatura e memória.
O lançamento se deu durante a última conferência do ciclo sobre Memória dos Movimentos Sociais, que teve a história do movimento negro na Bahia como tema.
Pouco antes do início da conferência, o professor Ubiratan Castro, bibliotecárias, convidados e amigos prestigiaram a inauguração do Memorial Waldeloir Rego, etnólogo, antropólogo e folclorista baiano, morto em 2001, aos 71 anos. O Memorial tem cerca de 15 mil títulos entre livros do acervo pessoal do intelectual e de um acervo do Estado sobre cultura africana que estava sendo mantido em condições inadequadas numa antiga fábrica, conhecida como Queimado.
Amigo pessoal de Waldeloir, o historiador Jaime Sodré, conduziu um pequeno ritual afro na inauguração do Memorial. “ Waldeloir era ogan, uma espécie de mestre de cerimônias do candomblé Ilê Axé Opó Afonjá e com certeza teria feito essa cerimônia para abrir os caminhos para essa casa de produção do saber e do conhecimento”, explicou.
Veja também:
Leia também:
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!