Quinta: 1º show de lançamento do novo disco

Com patrocínio do programa Petrobras Cultural e realização do projeto GIRA independente, o grupo Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta faz o lançamento do seu segundo disco, Frascos Comprimidos Compressas, produzido por Pedro Sá, com 14 canções autorais que expressam a nova fase da banda. Para apresentar o trabalho, a banda faz temporada oficial de lançamento em Salvador, com quatro shows, acompanhada também do músico convidado Luciano Simas (Pajé), guitarrista. A estreia acontece no dia 24 de setembro (quinta-feira), no Cine Teatro Sesc Casa do Comércio (Av. Tancredo Neves), com participações especiais. Em seguida, eles se apresentam no Groove Bar (Barra), em 3 de outubro (sábado); no Centro Cultural Plataforma (Plataforma), no dia 7 seguinte (quarta-feira); e mais uma vez no Groove Bar, em 16 de outubro (sexta-feira). No mesmo mês, a banda segue para Rio de Janeiro e São Paulo.

A Banda e o Projeto

Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, quarteto formado por Ronei Jorge (voz e guitarra), Edson Rosa (guitarra e vocal), Sérgio Kopinski (baixo e vocal) e Maurício Pedrão (bateria), são representantes da nova safra de artistas baianos que vêm ganhando destaque nacionalmente pela qualidade e originalidade do trabalho. O som da banda combina elementos da música popular brasileira (principalmente samba) ao rock, guardando preocupação poética e temática das letras, arranjos bem cuidados e melodias cativantes, em canções curtas e diretas de Ronei Jorge, que assina todas as composições da discografia (algumas delas, em parceria com Edson Rosa).

Formado em 2003, o grupo tem seu trabalho desenvolvido de forma independente, trilhando uma história com iniciativas que possibilitam o fortalecimento de sua produção no cenário que está fora da grande indústria fonográfica comercial, com distribuição democrática e liberdade na criação da proposta musical. Neste sentido, a banda já gravou disco, EP e single com recursos próprios e fez dois inusitados lançamentos na internet: versões de músicas gravadas ao vivo em show em São Paulo foram disponibilizadas com exclusividade no MySpace e a canção inédita Vidinha foi apresentada unicamente em formato audiovisual no mesmo site. Foi assim que eles conquistaram respeito da crítica e um público fiel, tendo marcado presença em diversos projetos e festivais de destaque nacional e sido ganhadora de diversos prêmios especializados.

Para o segundo CD, Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta contaram com o precioso patrocínio do programa Petrobras Cultural, conquistado através de seleção em edital que reconheceu o valor de sua obra. “É maravilhoso poder fazer um disco com ótima estrutura, em condições que uma banda independente normalmente não tem. A Petrobras permite que artistas deem continuidade aos seus trabalhos com qualidade”, comemora Ronei Jorge.

O projeto é uma realização do GIRA Independente – voltado ao fortalecimento da música independente na e da Bahia, através da circulação da informação e de bens culturais –, que, além da gravação do CD, envolve a temporada de shows em Salvador e apresentações da banda no eixo Rio-São Paulo.

O Disco

As 14 canções foram feitas num processo de composição que se revelou parte de uma nova fase da banda: um argumento definitivo para a decisão de gravar um novo disco. Assim, Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta, juntamente com o músico convidado Juninho Costa (guitarrista), entraram no Estúdio Casa das Máquinas, em Salvador, em dezembro e janeiro passados, sob a produção de Pedro Sá. “Pensávamos num produtor que pudesse traduzir nossa linguagem e cujo trabalho nós apreciássemos. Pedro, além de grande guitarrista, havia produzido alguns discos de que gostamos e a escolha foi unânime”, lembra Ronei Jorge. Há a participação especial da cantora Lia Lordelo; a mixagem é de Daniel Carvalho e Igor Ferreira (Estúdio Monoaural – RJ) e a masterização é de Ricardo Garcia (Magic Master – RJ).

A capa e o encarte, com fotos de Hiroske Kitamura e design da Santo Design, trazem imagens de partes de uma residência e da banda em situação caseira, como um convite ao aconchego de um lar. “Isto mostra bem o nosso habitat. Nós somos filhos da classe média, com todos os defeitos e qualidades que isso significa, e o apartamento aparece como uma coisa bem sincera da nossa realidade. É urbano, relaxado, mas também com os dramas do dia-a-dia, o que define bem nossos temas”, descreve.

O resultado de tudo isso? “O disco é fruto de nossas experiências com a música brasileira. Nós não somos exatamente músicos de MPB, como se conhece esse termo; então, quando nos aproximamos dela, como linguagem, acaba saindo um resultado novo. Existe um desejo de aproximação com gêneros que não dominamos tradicionalmente, certos de que o resultado disso é único. É musica brasileira, é vivenciar o Brasil pelos olhos de uma banda pop”, finaliza Ronei.