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Sete séries políticas não óbvias para assistir depois de GoT

Confira uma lista para maratonar após o final de GoT e torcer para personagens em meio a fortes questões políticas

Redação iBahia • 20/05/2019 às 18:36 • Atualizada em 28/08/2022 às 9:15 - há XX semanas

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O que Scandal, Homeland e Game of Thrones têm em comum? Se as tramas forem colocadas em uma encruzilhada, é possível observar que nas linhas e entrelinhas as três chegarão a um ponto principal de forte semelhança: nas intrigas políticas e jogos de poder.

Esse tipo de enredo pode aparecer nos mais variados estilos de séries, indo desde as clássicas narrativas históricas até as médicas. Algumas são mais exageradas e mostram como chegar ao poder é perigoso e pode resultar em assassinatos (literais ou não), enquanto outras trabalham com os bastidores das complexidades políticas mais diretamente.

Foto: Divulgação

O interessante das séries que trabalham tais vertentes reflexivas é que, além das cenas com clímax efervescentes que podem conquistar o público, elas ensinam aspectos de liderança, empreendedorismo e desafios nas mais diferentes carreiras, além das possibilidades de despertarem o interesse por questões históricas.

Pensando nisso, o NÃO ÓBVIO listou sete tramas que possuem disputas de poder para os mais diferentes gostos. Para quem é fã de alguma das que foram citadas acima (ou até mesmo das três), o encanto vai ficar ainda mais fácil. Confira a lista feita sem ordem de preferências:

1. Medici: Masters of Florence
Apesar de não muito conhecida no Brasil, Medici: Masters of Florence é famosa na Europa pelas críticas sociais e lições inspiradoras que surgem entre erros e acertos dos personagens. A trama, baseada na trajetória real da família Medici de Florença, tem como pilares as categorias de economia, arte e política.

A família influente governou a cidade no século 15, promovendo a vida artística, cultural, espiritual e científica da época. É seguindo os que carregavam o sobrenome que a série mostra a disputa pelo controle da antiga Florença, na época do Renascimento.

Ítalo-britânica, ou seja, fugindo do circuito de séries dos Estados Unidos, Medici apresenta a dinastia de banqueiros e sua ascensão durante o século XV, na República Florentina. Focados em manter o legado e a imagem da família, os protagonistas acabam dando suportes a muitos que necessitam, mas também caem em estratégias corruptas e precisam lidar com consequências.
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Na série, após a morte de seu pai Giovanni De’ Cosimo (Dustin Hoffman), Cosimo De’ Medici (Richard Madden, ex-Robb Stark) assume o comando da família, enquanto secretamente tenta descobrir quem matou seu pai. Ao mesmo tempo, a fortuna dos Medici não é tão bem vista por todos, principalmente por nobres como Rinaldo Albizzi (Lex Shrapnel).

Recheada de intrigas e baseada em diversos dos acontecimentos históricos, a série fala dessa que é uma das maiores dinastias italianas e que não só controlou por alguns séculos o poder político, como também abriu portas para diversos artistas, os financiando. Era, afinal, o momento de abertura para o Renascimento.

Richard Madden, que interpretou Rob Stark em Game Of Thrones, é um dos protagonistas. Além disso, a segunda temporada da trama dá um salto temporal, seguindo com os descendentes de Cosimo, mas também possui um rosto conhecido: Sean Bean, ex-Ned Stark, também de GoT.

A série é uma podução da Netflix exibida no Brasil pelo Fox Premium.

☌ Ano: 2016 – presente.
☌ Temporadas: Duas.
☌ Finalizada? Não.
☌ Disponível em: Fox Play

2. The Resident
Apesar da renomada Grey’s Anatomy trazer diversas entrelinhas sobre disputas de poder desde os primórdios da trama, quando se fala sobre narrativas envolvendo intrigas, talvez uma série médica ainda seja a última opção a se passar pela cabeça, mas é por isso mesmo que elas se destacam.
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Diferente de suas companheiras de nichos tais quais Chicago Med e a própria Grey’s, que focam mais no aspecto humano da medicina, a série The Resident, ainda que não abandone suas discussões sobre os lados mais complexos dos seres humanos, tem como ponto central um outro foco: as corporações que controlam hospitais e planos de saúde – e que podem servir como representação para diversas corrupções e disputas da vida.

The Resident se passa no Chastain Park Memorial, em Atlanta, e aborda médicos, enfermeiros, acionistas e pacientes lidando com os bastidores desse hospital. De maneira muito mais realista, mostra como a medicina estadunidense é capitalista e, antes de focar em salvar vidas, está presa a um sistema em que o lucro é o mais importante.

De início, acompanhamos Conrad Hawkins (Matt Czuchry), um frio residente sênior que vai supervisionar Devon Pravesh, um jovem médico idealista que segue às riscas as regras para não perder sua oportunidade em um dos maiores hospitais de Atlanta. Os dois acabam tendo algumas discussões no início, mas depois precisam se unir por causa dos conflitos que surgem.

Emily VanCamp (de Revenge) interpreta a enfermeira Nicolette Nevi, que tenta controlar trabalho com seu doutorado. Ela, junto com a Dra. Mina Okafor (Shaunette Renée Wilson), Conrad e Pravesh são o lado mais humanista, enquanto que o mais corporativo fica a cargo de Dr. Soloman Bell (Bruce Greenwood) e da Dra. Lane Hunter (Melina Kanakaredes).

Com intrigas que vão desde deixar de atender pacientes que não têm como pagar o tratamento até alguns esquemas de trapaças e escândalos, The Resident é indicação de mão cheia para quem quer admira as boas metáforas causadas por disputas internas de poder.

☌ Ano: 2018 – presente.
☌ Temporadas: Duas, renovada para terceira.
☌ Finalizada? Não.
☌ Disponível em: Fox Play

3. The Good Fight

Entre 2009 e 2016, a série The Good Wife fez tanto sucesso que, ao ser finalizada, gerou um spin-off. Saía Alicia Florrick (Julianna Margulies) de cena e o protagonismo ia para Diane Lockhart (Christine Baranski), agora em The Good Fight. A narrativa começa um ano após os acontecimentos do episódio final da série original, com Diane decidindo se aposentar. Porém, nem tudo é simples e ela é obrigada a voltar a trabalhar.
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Sendo assim, a sinopse da trama dá destaque ao golpe econômico que joga o nome de uma jovem advogada na lama e acaba com as economias de Diane Lockhart, sua mentora. Depois de serem mandadas para o olho da rua, as duas entram para uma das firmas mais promissoras de Chicago, onde irão mostrar seus poderes e sagacidades para recuperar posições.

Junto com a advogada protagonista, a série apresenta sua afilhada Maia Rindell (Rose Leslie), recém formada que descobre um escândalo de fraudes bilionárias envolvendo sua família. Há a volta de Lucca Quinn (Cush Jumbo), para assim fechar o trio de protagonistas.

The Good Fight tem tudo que um amante de trama de advocacia quer: intrigas, disputas, escândalos… e, mesmo sendo um derivado, não há a necessidade de assistir a série original para entender a nova. Há várias participações dos personagens antigos, mas a narrativa funciona sozinha e com a adição de detalhes independentes.

Além disso, o programa demonstra que é pautado pela atualidade, com várias referências à política norte-americana e críticas ao governo Trump, sem falar no protagonismo feminino, com personagens bem construídas e complexas.

Maia, uma das protagonistas da série, é interpretada por Rose Leslie, que interpretou Ygritte em Game Of Thrones.

4. Damages
“Não confie em ninguém”. Uma frase que pode parecer extremamente clichê, mas que perde toda a noção batida quando chega para definir bem Damages e a capacidade da série em surpreender com suas reviravoltas, intrigas, discussões e tentativas de assassinatos. Dá até para dizer que se assemelha, um pouco à How To Get Away With Murder, mas não se engane: Damages veio primeiro.
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Além de não ser tão debatida no Brasil, o que torna a série não óbvia é também o fato dela ter sido lançada em uma época em que serviços de streaming não eram tão populares e o acesso a conteúdos desse tipo era muito mais difícil. O elenco, porém, já serie forte o suficiente para chamar a atenção e conta com um nome de peso: Glenn Close.

O enredo gira em torno da dinâmica complicada entre Patty Hewes (Glenn Close) e Ellen Parsons (Rose Byrne): a primeira, uma advogada bem sucedida, manipuladora e fria; a segunda, uma inocente, mas ambiciosa jovem advogada que é a mais nova protegida de Patty. Ellen é avisada diversas vezes que, quando entrar no mundo de Patty, não tem mais volta.

Inicialmente com uma trama que possui duas linhas temporais, que alterna entre presente e passado (lembrou de algo?), a série aborda Patty abrindo um processo contra o empresário Arthur Frobisher, apenas para conquistar mais poder. No meio disso, ainda passa por conflitos familiares contra seu filho, com quem também tem uma relação conturbada.

Damages é a mãe de How To Get Away With Murder, com a relação de Patty e Ellen se assemelhando muito as de Annalise Keating e seus pupilos. Quem gosta da trama de Shonda Rhimes, com certeza vai apreciar esta. Sem falar na própria Glenn Close, que dá um show de atuação.
Damages foi indicada a vários prêmios. Por seu papel como Patty Hawes, Glenn Close venceu duas vezes o Emmy de Melhor Atriz em Série Dramática e uma vez o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Série Dramática.

☌ Ano: 2007 – 2012.
☌ Temporadas: Cinco.
☌ Finalizada? Sim.
☌ Disponível em: NOW ou Prime Video

5. Black Sails
Piratas, saques, ouro, navios… Black Sails tem tudo isso e mais um pouco. Ela tinha tudo para cair no lugar comum de uma narrativa de pirataria, mas consegue ir muito além.

Não espere, a princípio, grandes batalhas e explosões, mesmo com Michael Bay como produtor. O foco aqui é no jogo político e a disputa pelo controle de Nassau, uma ilha considerada a capital pirata.
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O enredo une personagens fictícios como Capitão Flint (Toby Stephens) e sua tripulação, originários do livro A Ilha do Tesouro, de Robert Stevenson, que aborda experiências de piratas reais. Charles Vane (Zack McGowan), Calico Jack Rackham (Toby Schmitz), Anne Bonny (Clara Pajet) e Benjamin Hornigold (Patrick Lyster) todos existiram, na chamada Era de Ouro da pirataria.

Todos eles brigam entre si pelo poder político de Nassau e contra Eleanor Guthrie (Hannah New), a filha do governador da ilha e quem de fato comanda o local. Mas, como nem tudo é realmente simples, além das disputas internas, há a constante ameaça da Inglaterra tomar de volta o controle da ilha.

O tema (da pirataria) pode soar como uma narrativa com grandes chances de cair no âmbito machista, mas Black Sails se diferencia também nesse quesito: há grandes personagens femininas e em lugares de comando, que fazem tanto quanto os homens. Também há a presença de personagens LGBTs e com histórias contadas de forma bastante cuidadosa. É uma narrativa violenta, mas com pluralidade de vozes para tratar das problemáticas.

☌ Ano: 2014 – 2017.
☌ Temporadas: Quatro.
☌ Finalizada? Sim.
☌ Disponível em: Netflix ou Fox Premium.

6. The White Queen | Minissérie
Quem é fã de Game of Thrones provavelmente sabe que os livros que deram origem a série foram inspirados na Guerra das Rosas, um conflito entre as casas Lancaster e York pelo trono da Inglaterra que durou trinta anos. The White Queen é sobre essa disputa, só que contada do ponto de vista das rainhas.
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Baseada na saga de livros de Philippa Gregory, no centro da história há Elizabeth Woodville, Margaret Beaufort e Anne Neville, três rainhas das casas em conflito que manipulam os eventos nos bastidores para conquistarem o poder.

Elizabeth Woodville é a Rainha Branca, da Casa York e é chamada assim porque o símbolo da família é uma rosa branca. Margaret Beaufort é a Rainha Vermelha e seu filho, Henry Tudor, é da Casa Lancaster, cujo símbolo é a rosa vermelha. E Anne Neville é a filha do Conde de Warwick, um homem cuja lealdade à casa York é contestada.

Não espere grandes batalhas sangrentas e cheias de ação, mas sim momentos de suspense e tensão pelos jogos disputados entre essas três mulheres, cujo o objetivo é um só: o trono da Inglaterra. O melhor da série é que, como ela lida com momentos históricos, algumas reviravoltas são tão surpreendentes que nos fazem imaginar: tudo isso aconteceu de verdade por causa de um trono?

☌ Ano: 2013.
☌ Temporadas: Uma.
☌ Finalizada? Em 2013.
☌ Disponível em: Fox Play

O canal Starz comprou os direitos da minissérie e está produzindo as sequências dos eventos de The White Queen. Agora em maio será lançada The Spanish Princess, minissérie que conta a história de Catarina de Aragão, a primeira esposa de Henrique VIII.

7. O Negócio
No melhor estilo Daenerys Targaryen, para quem quer uma série brasileira sobre os temas da lista, O Negócio pode ser uma das indicações mais bem recomendadas. A série conta a história de Karin, Luna e Magali, três mulheres que se unem com o objetivo de revolucionar sua profissão.
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Sem perspectivas de crescimento na carreira, elas têm uma visão: se por trás de todos os produtos existe uma estratégia de marketing, por que não aplicar essas mesmas técnicas à profissão mais antiga do mundo? Karin, Luna e Magali são garotas de programa cansadas das ordens dos cafetões, mas que estão prestes a se tornar mulheres de negócio.

A realidade da obra, inclusive, pode servir como analogia para qualquer profissão ou história de vida em que haja a falta de equidade e a vontade de liderar o poder principal da própria trajetória.

Mais metáforas surgem também quando o negócio, apresentado na série como o universo da prostituição, pode ser substituído no entendimento do telespectador como qualquer profissão em que se deseja inovar e na qual as pessoas não costumam pôr uma visão de credibilidade.

Para quem foge de tramas que abordam traições em relacionamentos amorosos e casos machistas aparentes, a série poderia ser vista, inicialmente, como absurda – já que mostra a realidade de homens que buscam casos fora das relações ou se sentem superiores às mulheres em geral.

Com o decorrer, porém, a trama quebra as noções de normalidades de muitos casos, principalmente com as visões e forças das protagonistas. E, para casos que acabem sendo tratados como banais e que, na realidade, são enraizados nas ideias patriarcais, é possível enxergar tudo como denúncia e crítica social nas entrelinhas a serem debatidas.

Outra série nacional que serve como indicação para listas sobre os temas é 1 Contra Todos, já recomendada na nossa lista de séries brasileiras que vão mexer com o seu emocional.

☌ Ano: 2013 – 2018.
☌ Temporadas: Quatro.
☌ Finalizada? Sim.
☌ Disponível em: HBO GO.

EXTRAS!
Para quem quiser saber mais sobre os desdobramentos da guerra entre os Yorks e os Lancasters, há The White Princess, que acompanha a história de Elizabeth York e Henry Tudor, enfrentando desafios ao unirem ambas as casas para encerrarem de vez o conflito. Disponível no Fox Play, conta com rostos famosos, como Michelle Fairley (antiga Catelyn Stark) e Jodie Comer (atualmente em Killing Eve).

Outra série não tão óbvia e que é possível de acrescentar nas listas sobre o tema é Designated Survivor.

*Conteúdo em parceria com o site Não Óbvio

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