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'Terreiro d'Yesu' fica em cartaz até o dia 12 no Centro Histórico de Salvador

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04/02/2009 às 18:24 • Atualizada em 29/08/2022 às 10:15 - há XX semanas
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Milhares de pessoas já conferiram o espetáculo. Quem ainda não viu, tem até o dia 12 de fevereiro para conferir a peça dirigida por Fernando Guerreiro. 'Terreiro d´Yesu - Som e Luz' é uma fábula sobre a cultura negra, que utiliza de imagens e experiências sensoriais, onde os monumentos do Centro Histórico ganham vida e discutem a respeito da presença da população negra na região. A iniciativa é uma realização do Governo da Bahia e da Secretaria de Cultura, através do IPAC e do Escritório de Referência do Centro Antigo, com execução da Cité Luz S/A. A direção do Projeto é de Fabiano Xavier. As duas sessões diárias acontecem sempre às 19h e 21h, no Terreiro de Jesus - Pelourinho. O espetáculo tem duração de 25 minutos e a entrada é gratuita.

Com uma equipe que inclui o ator Lázaro Ramos, o diretor Fernando Guerreiro, a cantora Margareth Menezes e o iluminador Peter Gasper, o espetáculo apresenta uma mistura de efeitos visuais, música e dramaturgia para antecipar ao público a nova iluminação do Pelourinho, prevista para estar totalmente implantada em julho de 2009.

'Terreiro d´Yesu' é uma nova versão dos espetáculos de Som e Luz tradicionais, que em geral trazem uma narração contando a história das estátuas e prédios apresentados. No caso da montagem baiana, a narração é interrompida para ceder lugar a uma encenação dramatúrgica que tem os próprios monumentos como personagens. Sendo assim, o que o público verá é uma história com diálogos entre os cartões-postais do Largo do Terreiro de Jesus, como a Catedral Basílica, a Igreja de São Domingos, a Igreja de São Pedro dos Clérigos, a Faculdade de Medicina e a Cantina da Lua, entre outras personagens. 'Esta montagem tem dois diferencias em relação aos espetáculos de Som e Luz', distingue o diretor Fernando Guerreiro. 'Primeiro, mexe com um tema sociopolítico, e não apenas histórico; segundo, a inclusão da dramaturgia. Para falar de um tema específico, não podia ser só uma narrativa histórica, tinha que ter uma trama'.

O roteiro do espetáculo é de Sérgio Cerviño Rivero e reflete as relações 'político-poéticas' mantidas pelas representações simbólicas das edificações existentes no Terreiro de Jesus, podendo ser considerado uma fábula inspirada na cultura negra ? que mistura humor e poesia para falar sobre poder, Pelourinho e seus moradores, preconceitos e urbanidade.

Nêgo da Carrinha, personagem principal interpretada pela voz de Lázaro Ramos, passa por uma pequena odisséia interior para se impor sobre poderes que não concebem inclusão nem transformação, discutindo a importância do negro na construção do Terreiro de Jesus. Além da voz de Lázaro, o espetáculo conta com as vozes de Jackson Costa, Margareth Menezes, Gideon Rosa, Carlos Betão, Fafá Menezes, André Simões, Evelin Buchegger e Ícaro Vilanova.

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