“Família Soprano” e “Breaking bad” são as inspirações evidentes de “Undercover”, a série belgo-holandesa que chegou à Netflix. A trama de dez episódios segue os esforços de uma dupla de policiais. Eles se infiltram numa quadrilha de traficantes de drogas para tentar prender seu líder. Os agentes, Bob Lemmens (Tom Waes) e Kim De Rooij (Anna Drjver), não são casados, mas fingem ser. Alugam uma casa vizinha à de Ferry Bouman (Frank Lammers) num camping. É nesse lugar de classe média, que o milionário bandido, um sujeito de hábitos simples, faz churrascos e descansa nos fins de semana em companhia da mulher e do cãozinho. Não são apenas os investigadores que levam uma vida dupla. O criminoso parece um aposentado pacato, bonachão e inofensivo. Arrasta o chinelo, fala alto, usa roupas espalhafatosas e se enche de cerveja. Só que não. Por dever profissional, Bob e Kim se aproximam do círculo mais íntimo de Bouman. Mas essa intimidade também acaba mexendo com os sentimentos deles.
A trama se desenrola em Limburg, na Bélgica, um lugar aparentemente bucólico, mas que tem o apelido de “Colômbia do Ecstasy”. É que lá estão instalados laboratórios clandestinos onde são fabricadas toneladas de drogas sintéticas. Há ainda cenas em Aken, na Alemanha, e em Saint-Malo, na França. O holandês prevalece, mas outros idiomas se apresentam em uma ou outra sequência. “Undercover” se inscreve naquele pacote de produções regionais da Netflix. Ela tem vocação para agradar aos fãs de tramas policiais no mundo todo. Lembra as boas séries americanas, mas tem as cores locais, o que é um charme extra. O roteiro garante uma aventura cheia de viradas surpreendentes mesmo para aquele espectador treinado por programas de ação. Além disso, a realização tem qualidade. Merece a sua atenção.
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Redação iBahia
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