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Cachoeira teve forte atuação no período da Independência da Bahia

Uma das cidades mais tradicionais da Bahia foi do auge a decadência

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21/11/2013 às 9:57 • Atualizada em 01/09/2022 às 6:37 - há XX semanas
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Em 1531, chegava à Bahia a expedição de Martim Afonso de Souza com a incumbência de estimular o cultivo da cana-de-açúcar e a sua industria. O Recôncavo baiano, que começava a ser explorado, possuía terras propícias a essa cultura, sendo portanto, escolhido para a instalação dos primeiros engenhos. Nessa comitiva estava o fidalgo Paulo Dias Adorno, homem de posses, que se instalou à margem esquerda do Rio Paraguaçu, entre os riachos Pitanga e Caquende. Em sua fazenda foi construída uma ermida em homenagem a Nossa Senhora do Rosário, atual Capela da Ajuda. Em torno dela surgiu uma povoação que se desenvolveu rapidamente em função do florescimento da economia açucareira. No final do século XVI já existiam cerca de cinco engenhos na Região. Em 1963, foi criada a Vila e Freguesia de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, sendo instalada, apenas, a 07 de Janeiro de 1698. A Vila se tornou o local para onde afluíam os ricaços da época, aqueles que há até pouco tempo se denominavam de Senhores de Engenho. Ao lado do grande centro açucareiro em que ia se transformando, outras culturas ali se desenvolviam, principalmente a do fumo, que se conserva até hoje como dos melhores em todo o interior do Estado. Tão rica era a Vila que, em 1756, o Rei de Portugal resolveu taxá-la numa vultosa quantia, revertida para a recuperação da cidade de Lisboa, quase totalmente destruída por um terremoto. Paralelo ao seu desenvolvimento econômico, crescia sua importância política: receberia, algum tempo depois, as visitas ilustres de D. Pedro I, D. Pedro II, Princesa Isabel e Conde D'Eu. Foi no século XIX, entretanto, que Cachoeira se viu projetada definitivamente no cenário da história política baiana e brasileira. A Vila foi foco de onde partiram as lutas armadas contra os portugueses pela Independência do Brasil. Historicamente, Cachoeira foi a pioneira no movimento emancipador do Brasil. Dali partiram os primeiros brados de revolta contra a opressão lusitana e surgiram mais tarde os batalhões patrióticos, liderados por figuras como a do Barão de Belém, Rodrigo Antônio Falcão Brandão, Maria Quitéria de Jesus a mulher-soldado, dentre outras que imortalizaram na história Nacional. A 25 de Junho de 1822, antecipando o Grito do Ipiranga, Cachoeira já proclamava o Príncipe D. Pedro I como Regente: estava lançada a semente, que frutificou em 2 de Julho de 1823, quando a Bahia definitivamente tornou-se livre do jugo português, consolidando a Independência do Brasil. Neste dia, pela primeira vez na História, a sede do Governo Baiano foi transferida oficialmente para a Cidade. A data comemora o 25 de Junho de 1822, quando Cachoeira e alguns Municípios vizinhos, iniciaram as lutas pela Independência da Bahia. Cachoeira, a Heróica, assim denominada pela lei nº 43, de 13 de Março de 1837, em virtude dos seus feitos, foi a Sede do Governo Provisório do Brasil durante a guerra da Independência em 1822 e, novamente, em 1837, quando ocorreu o levante da Sabinada. A primeira crise econômica se abateu sobre o Município no final do Século XIX, quando chegou a perder um quarto da sua população. A partir de 1924 é atingida por uma nova crise, resultante de problemas na agro indústria fumageira e de reestruturação do sistema viário estadual, que veio a marginalizar seu Porto. A partir de 1940, Cachoeira entrou em uma fase de grande decadência, perdendo gradativamente a sua importância, à medida em que crescia o processo de seu isolamento. Com o seu desenvolvimento do transporte rodoviário, a ferrovia se tornou obsoleta e o transporte fluvial, que sempre representou fator preponderante na importância de Cachoeira, decaiu tanto que chegou a ser suspenso. Crises se sucederam na área da indústria fumageira, chegando ao fechamento de fábricas, enquanto as respectivas lavouras, que ocuparam posição de liderança por mais de dois séculos, igualmente retrocederam, cedendo a primazia a outras regiões.
Principais pontos turísticos/ eventos culturais: Casa de câmera e Cadeia pública, Convento e Igreja Nossa Senhora do Carmo, Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, Igreja Nossa Senhora da Ajuda, Imperial Ponte Dom Pedro II, Museu Regional da Cachoeira, Rio Paraguaçu, Vila de Belém de Cachoeira, Capela Nossa Senhora da Penha, Convento de Santo Antônio do Paraguaçu, Aniversário da Cidade, Festa do Divino, Festa de São João, Feira do Porto, Data Magna, Festa de Nossa Senhora da Boa Morte, Festa de São Cosme e Damião, Festa de Nossa Senhora do Rosário, Festa de Nossa Senhora D’Ajuda, Festa de Santa Cecília, Festa de Santa Bárbara, Igreja de Nossa Senhora do Sagrado Coração do Monte Formoso.

Dados Econômico-sociais

População estimada 2013: 34.244
Área da unidade territorial (km²):
395,223
Produto Interno Bruto (PIB):219,154
Renda Per Capita:
Principais Atividades Econômicas:

Dados Ambientais (geografia)

Bioma: Mata Atlântica
Clima: Tropical úmido à seco sub-úmido

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