Chegar a acordos de trabalho e lidar com a convivência profissional diária são tarefas difíceis, e podem ser mais complicadas quando o sócio ou subordinado é o próprio pai ou filho. Porém, é muito comum encontrar em empresas pais que tem os filhos como sócios e futuros sucessores. Esse é o caso de Gildo e Frederico Machado. Pai e filho gerem juntos a MCE, empresa de Construção, Montagem e Manutenção Industriais e Serviços Especializados, fundada em 1992, em Camaçari e que hoje atua em todo o território nacional. Gildo, 63 anos, afirma que é natural todo pai ter o interesse que seus filhos trilhem o seu caminho dentro da empresa que construiu, mas ressalta que nunca forçou nenhum dos dois herdeiros a trabalhar com ele. Frederico, 36 anos, começou a trabalhar com o pai ainda com 15 anos, como castigo porque não tinha passado de ano da escola. E foi exatamente esse castigo que o fez entender que era aquilo que queria para sua carreira. “Como eu sou o filho mais velho, aos poucos comecei a ter o interesse de, por que não dizer, ser como meu pai, um profissional respeitado, competente e querido”, pontua Frederico. Pai e filho contam que o início não foi nada fácil ter essa convivência profissional intensa, mas que com o tempo as coisas foram colocadas no seu devido lugar. “Ter o pai como chefe é muito complicado, cobranças sempre serão mais fortes e o exemplo deve ser sempre o melhor. Não existe margem para erros ou falhas”, completa. “O início do trabalho em conjunto foi um pouco tumultuado, devido ao fato de sermos muito parecidos. Procuramos sempre o máximo de acertos, somos muito diretos, não mandamos recados e falamos o que sentimos. Então, às vezes, isso era misturado com os sentimentos familiares dentro do trabalho, o que complicava um pouco. Mas, nada que um pouco de tempo e carga de trabalho não pudessem ajustar”, afirma Gildo. Após 20 anos vivendo como pai, filho e sócios, Gildo e Frederico dizem ter conseguido criar uma relação mais saudável dentro da empresa. Além disso, procuram evitar falar de trabalho em horas de lazer e reuniões familiares. “Fizemos um pacto de quando estivermos fora do trabalho, só se trabalha em último caso e de comum acordo, se não, vamos viver como pai e filho e não como empregado e patrão ou sócios”, finaliza Frederico.Ter um 'pai patrão' não deve ser fácil, com certeza as cobranças sempre serão maiores, mas tudo isso porque o objetivo de todo patriarca é ensinar o melhor para os filhos e assim enxergar que tudo que plantou por toda a vida teve um bom resultado no final. Casos como o de Gildo e Frederico são comuns. É sempre muito bonito ver um filho seguir os passos e os ensinamentos do pai com glória.
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