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Sobradinho é marcado pela Caatinga

Nessa viagem encontrou índios Urucé, em Sento-Sé, os Galaches em Remanso, os Cariris em Juazeiro, os Massacará no Salitre, e os Tamoquim em Sobradinho.

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22/11/2013 às 17:11 • Atualizada em 30/08/2022 às 23:33 - há XX semanas
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No dia 29 de março de 1549, aportava em Salvador comitiva de Tomé de Souza que viera assumir os destinos do Brasil, na qualidade de Governo Geral. Com ele veio Garcia D'Ávila, precursor dos bandeirantes que exercia o cargo de almoxarife do reino de Portugal, com o sonho de se tornar um senhor feudal nas terras brasileiras. Garcia D'Ávila prosperou, construindo, mais tarde a Torre de São Pedro de Rates. Sua filha Izabel de Ávila casou-se com Diego Dias, irmão de Belchior Dias, o sonhador das minas de prata. Belchior Dias, cunhado de Izabel de Ávila, foi o primeiro bandeirante a percorrer a região de Sobradinho, em 1593, em busca das sonhadas minas de prata. Nessa viagem encontrou índios Urucé, em Sento-Sé, os Galaches em Remanso, os Cariris em Juazeiro, os Massacará no Salitre, e os Tamoquim em Sobradinho. Ao retornar à casa da Torre, o bandeirante descreveu o Vale do São Francisco, despertando em Garcia D'Ávila, o interesse em explorá-lo. No início do século XVII, introduziu no Vale do São Francisco os primeiros currais que deram origem aos povoados ribeirinhos. Iniciava-se, assim, a exploração econômica do maior latifúndio do mundo cujas fronteiras a leste e oeste eram o Oceano Atlântico e o poente do atual Município de Sento-Sé. Sobradinho fazia parte desse latifúndio. Aos pés da cachoeira residia, no serrote da aldeia, hoje Vila São Francisco, a tribo Tamoquim, possíveis remanescentes de grupos humanos pré-históricos, que deixaram impressos, nas serras próximas, de onde vieram nascer as fazenda cujos vaqueiros usavam uma estranha Flecha de Fogo para caçar. Na linguagem tupi-guarani, essa arma recebeu o nome de Tatuí (Tatá = fogo, ui = flecha). Na fazenda Tatuí, Garcia D'Ávila deixou um casal de escravos, dez novilhas, um casal de equinos, um casal de cães, galinhas, porcos e sementes para lavoura, como fizera com os outros currais que implantou na região. Aos poucos, os índios Tamoquim foram se aproximando dos escravos deixados por Garcia D'Ávila na fazenda Tatuí. Aprenderam a arte de criar gados e enfrentar conjuntamente as durezas da vida nos sertões, desassistidos pela Coroa portuguesa. Essa aproximação fomentou o surgimento de casamentos entre os vaqueiros da fazenda Tatuí, conhecida na região como Moquim. A família Moquim fez prosperar a fazenda Tatuí. Durante 373 anos, criou gado solto na caatinga, caçou, pescou e plantou, na vazante do rio, cultura de subsistência e cana de açúcar para fazer rapadura. Essa mesma família viu, centenas de mineiros e garimpeiros subirem o Rio São Francisco, procurando ouro e minérios diversos nas Minas Gerais, na época em que a mineração atingiu lugar de destaque na economia colonial, entre os anos 1696 e 1760. Esgotaram-se as minas e os sertanejos da fazenda Tatuí continuaram se dedicando as mesmas atividades extrativistas e coletoras herdadas dos índios Moquim e pecuaristas, trazidas pelos colonizadores portugueses. Presume-se que o nome Sobradinho tenha se originado em função de um pequeno sobrado localizado próximo a cachoeira, para operação do sistema de eclusagem, a qual era chamada ora de Cachoeira do Sobrado ora de Cachoeira do Sobradinho. População estimada 2013: 23.435 Área da unidade territorial (km²): 1.238,923 Produto Interno Bruto (PIB): 460,170 Dados Ambientais (geografia)Bioma: Caatinga Clima: semi-árido

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