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Em depoimento, Spider afirma que voltará um lutador melhor

Brasileiro fará revanche contra o americano Chris Weidman, no dia 28 de dezembro, no UFC 168

• 28/11/2013 às 20:12 • Atualizada em 02/09/2022 às 1:12 - há XX semanas

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Spider tentará recuperar o cinturão de campeão do UFC
Considerado por muitos o melhor lutador de MMA de todos os tempos, o brasileiro Anderson Silva falou sobre sua carreira e prometeu dar a volta por cima. Às vésperas da revanche contra o americano Chris Weidman, que será realizado no dia 28 de dezembro, no UFC 168, o lutador revelou em depoimento à Cláudia de Castro Lima, da Revista Vip, que perdeu o foco na última luta e que terá de virar o exterminador do futuro no próximo duelo. Spider afirmou ainda que não é imbatível e se comparou ao Homem-Aranha, apelido que ganhou nos octógonos, que apesar de ser um super-herói possui obrigações e contas para pagar. Anderson afirmou que independente do resultado voltará um lutador melhor O brasileiro tentará recuperar o cinturão do peso-médio do UFC. Confira o depoimento na íntegra:
"As pessoas criaram um mito em cima de mim e depois da minha derrota se viram sem saber o que pensar. Criaram uma imagem de que sou imbatível, invencível. Mas sou um ser humano como outro qualquer. Até uso o apelido de Homem-Aranha porque ele é o único super- herói com contas para pagar, é o mais real deles. Eu sou real. Tenho cinco filhos, minhas contas, minhas frustrações.
Você só aprende quando dá ouvido às pessoas mais velhas, ao ver os erros das pessoas ao seu redor e com os próprios erros. Você sempre acha que o telhado do vizinho é de vidro e o seu não.
Buscar a perfeição é a busca de algo quase inalcançável. Sou suscetível a falhas. Mas tento melhorar a cada dia.
Perdi dois dias de sono, de tristeza, por ter decepcionado o Brasil e a minha equipe. Mas fiquei tranquilo. A luta foi sábado, na segunda estava de novo treinando. Passou. Se eu tivesse vencido, teria passado também.
O único momento em que as coisas dependem apenas de mim é quando estou no octógono. Antes disso, dependo de toda a minha equipe estar em harmonia, em sintonia, e isso é complicado, porque as pessoas são diferentes, não estão bem o tempo todo. E existe o ego. Tem que estar num estado de espírito bacana para lidar com isso tudo.
É muito difícil saber se estamos rodeados pelas pessoas certas. Num determinado momento da vida das pessoas de sucesso, se você não estiver com pessoas em quem pode mesmo confiar, vai receber um tapinha nas costas dizendo que está tudo bem mesmo quando não está.
A diferença da derrota é que consegui detectar os erros que aconteciam. Se eu tivesse vencido, estaria tudo certo, não veria o que poderia mudar. Daqui para a frente é outra história, virar a página. A oportunidade de voltar melhor é maior. Imortalizando as palavras do Capitão Nascimento: “Eu caí, mas caí para cima”.
Eu vinha de vitórias há muitos anos. Ficava difícil me falarem: “Você es­­­­tá errando nisso”. Como uma pessoa vai chegar e falar que estou fazendo errado se está dando certo no fim? Por isso que você tem que se autopoliciar. E é aí que entram os amigos verdadeiros, para te trazer de volta à realidade. Você acaba se tornando uma locomotiva descontrolada se não tiver essas pessoas.
Nunca me achei super-herói. Busco ser melhor do que sou. Às vezes, as pes­soas acham que sou metido, soberbo. Não. Tudo o que aconteceu até hoje na minha profissão foi uma busca daquilo que algumas pessoas achavam impossível. Só que isso vem com muito trabalho. Enquanto as pessoas treinam duas horas, treino quatro, cinco o mesmo movimento, para provar que aquilo é possível, basta dedicar-se.
Vou ter que virar o exterminador do futuro em minha revanche em dezembro. Vou me reajustar. Estou me reinventando. Tenho um desafio novo: ser melhor do que eu era e do que aparentava ser. Isso vai ser legal para mim.
Antes dizia: “Não, isso não vou fazer”. Agora não tem isso. Não só vou fazer como vou fazer muito bem-feito. Es­­tou preocupado em mostrar o novo Anderson, o cara que se reinventou.
Perdi um pouco meu foco, a concentração do que deveria ter feito antes e durante a luta com Weidman. Deixei de lado toda minha filosofia das artes marciais, o autocontrole. Por algum motivo que ainda estou descobrindo, falhei, deixei isso sair do controle. Estou revendo minha história marcial, todas as minhas lutas desde o começo, todo meu aprendizado, para não cometer os mesmos erros. Independentemente de voltar um lutador melhor, já vou voltar um homem melhor. Tudo isso serviu para entenderem que você cai e tem que levantar. Não pode ficar no chão. Não há uma coisa que se chama compaixão na vida. Ela é dura. Se você não levantar, ela vai passar por cima e você fica para trás." Leia mais Internado em estado crítico, lutador do UFC tem morte cerebral decretada

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