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Adriano MJ: batalhas para virar jogador e as promessas para 2013

Destaque em 2010, ele diz que voltar ao Bahia para fazer mais gols do que naquela temporada. "Já botei isso na minha cabeça"

• 11/03/2013 às 10:32 • Atualizada em 02/09/2022 às 6:24 - há XX semanas

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Ele já não é mais o mesmo. Adriano Michael Jackson, literalmente, adotou o estilo de popstar da maioria dos boleiros. Boné para o lado, correntão de ouro no pescoço e um estilo pra lá de diferenciado fora de campo. Muito diferente daquele Adriano cheio de timidez que, na temporada de 2010, conquistou a torcida do Bahia após marcar 15 gols em 27 jogos na Série B.As mudanças, segundo ele, estão relacionadas apenas ao estilo de se vestir. “Voltei para o Bahia para fazer o dobro do que fiz em 2010. Já botei isso em minha cabeça. A torcida pode esperar muitos gols daqui pra frente”, afirma ele. Revelado pelo próprio clube, onde foi campeão baiano de juniores e da Taça Estado em 2007, além de ter conquistado o acesso à Série A em 2010, o jogador de 25 anos não esconde a felicidade de voltar às origens. “Meu lugar é aqui na Bahia!”, diz convicto na sua casa, em Villas do Atlântico. Natural de Valença, no Baixo Sul, Adriano teve uma infância pobre. Por isso, ele prefere nem se alongar muito no assunto. “Fui um menino sofrido. Só vivia na rua jogando bola e nem lembrava a hora de comer”, conta.
A vontade de virar um atleta profissional partiu justamente das dificuldades enfrentadas no início da adolescência. “O sonho de todo menino pobre é virar jogador pra ganhar dinheiro e ajudar a família. Hoje, depois de muito esforço, posso comprar as minhas coisas. Dei uma boa condição de vida para os meus familiares por causa da minha carreira no futebol”, comenta ele, casado com Ana Cláudia e pai de Adriano Júnior, de 4 anos. Antes mesmo de se tornar profissional, o atacante passou por situações complicadas na temporada 2008. Convidado por um empresário para fazer testes no Ceará, chegou em Fortaleza esperançoso. Apenas uma ilusão...“Na verdade fui fazer testes no Limoeiro, um time do interior. Não quis ficar lá e pedi pra voltar. Só me deram o dinheiro da passagem pra Fortaleza”, recorda-se, com o olhar distante. A aventura começava.Até conseguir falar com o empresário para pedir a passagem de volta, Adriano sofreu. “Passei mais de 24h na rodoviária sem comer, tentando ligar pra ele. Dormi lá e só fui voltar para Salvador no outro dia, nove horas da noite. Foi uma batalha”.Luvas - Novamente na cidade, Michael Jackson passou por um curto período no Galícia. Quase assinou contrato e, novamente na atitude, tentou a sorte no Rio de Janeiro. Contratado pelo América-RJ, teve o prazer de participar do último jogo como profissional do baixinho Romário que, aos 43 anos, voltava ao futebol para homenagear o pai Edevair, torcedor fanático do Mecão. Juntos naquele inesquecível 25 de novembro de 2009, Adriano e Romário conquistaram o título da Série B carioca.Na vitória diante do Artsul por 2x0, Adriano deixou o campo justamente para a entrada do craque, aos 23 minutos do segundo tempo. “Romário é um cara muito gente boa. Ele me viu fazendo teste no América e pediu a minha contratação. Assinei pra ganhar R$ 1 mil por mês”, diz.Justamente no time carioca Adriano ganhou o apelido de Michael Jackson. Como não estava acostumado com o inverno no Sudeste do país, entrou em campo com um par de luvas. A gozação foi geral entre os companheiros. “Os caras ficavam me perturbando demais e o apelido pegou. Por lá mesmo eu comecei a fazer a dancinha nos jogos”.No ano seguinte, o irreverente jogador marcou sete gols no estadual e foi contratado pelo Fluminense. Sem espaço nas Laranjeiras, acabou emprestado ao Bahia onde, enfim, apareceu para o Brasil. “Lembro com muito carinho daquele ano. Marcou a minha vida. Meu desejo é continuar essa história bonita agora”.Moqueca na China? ‘Os caras só comem legumes’Depois do sucesso no Bahia em 2010, Adriano foi contratado pelo Palmeiras, então treinado pelo atual técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, o Felipão. Apesar do início promissor, o jogador terminou encostado no alviverde paulista.Em julho de 2011, foi vendido pelo Fluminense ao Dalian Shide, clube da China, por R$ 4,5 milhões. Começava mais uma verdadeira aventura. “O povo lá é legal e a cidade era bonita. Mas sempre fui acostumado a comer marisco, moqueca e feijão. Os caras só comem legumes! Voltei por causa da comida e da saudade da família também”, admite, para depois concluir. “Os jogadores na China não possuem muita técnica. Só recebia chutão, pedrada no ataque”, diverte-se.No Bahia, isso não será mais um problema. Perto da família e entrosado no clube, Adriano promete voar em 2013. “Quando você chega num lugar onde tem alegria, brincadeira, tudo fica mais fácil. Os jogadores me receberam muito bem e o entrosamento dentro de campo foi rápido. Agora é só esperar a hora de jogar”. A coreografia após os gols começou a ser ensaiada com o filho Júnior, na varanda de casa. A inspiração para fazer os passinhos sempre sai da música Billie Jean, de Michael Jackson.“Meu objetivo é fazer a dança logo na estreia”, projeta. Por fim, sonha com o reencontro com a Fonte Nova. “Fazer o gol no novo estádio também vai ser bom, pra ficar marcado na história. Sempre sonhei em jogar lá como jogador profissional e agora isso está muito perto de acontecer”. Dia 7 de abril, Adriano.Leia mais Preparação física vai aliviar nesta última semana antes da bola rolar

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