Em meio à crise tricolor, alguém consegue sorrir no Fazendão. Freddy Adu faz do bom-humor alimento diário para os seus sonhos. O ganês naturalizado americano já falava português antes de chegar a Salvador. Gaiato, treinou o idioma e agora não só entende como também fala o suficiente para se divertir. “Eu brinco muito com Marquinhos Gabriel, nós temos quase a mesma idade. Adoro brincar com todo mundo. Falo português suficiente para falar com eles e para entender”, conta. Apesar da má campanha do time, dos protestos da torcida e de ainda não ter sido titular, Adu garante estar tranquilo. “Eu não me arrependi de vir para o Bahia. Estou pronto para jogar, mas o último treinador, Joel, tinha suas próprias ideias e eu não fui muito usado por ele. Infelizmente muitos técnicos têm ido e vindo e toda vez que um treinador vem você tem que provar para ele”.
O meia escapou da lista de dispensa feita pela diretoria e está prestes a realizar um sonho: jogar o Brasileirão. “Oh yeah. Esse é um grande momento para mim. Eu via na televisão lá nos EUA jogadores como Neymar e Ronaldinho e ter a chance de jogar no mesmo campeonato que eles é um sonho”, afirma. Domingo, o Bahia estreia contra o Criciúma, em Santa Catarina.Adu ainda não conversou em particular com Cristóvão Borges, mas gostou da mudança de comando. “Um novo treinador tem novas ideias. Não fui muito usado pelo último treinador, Joel. Ele tinha uma visão de jogo defensiva e eu não sou um jogador de defesa e sim de ataque”, diz.Badalado nos Estados Unidos, onde recebeu o apelido de “Pelé americano”, Freddy Adu só fez três partidas com a camisa do Bahia desde que foi regularizado, em 5 de abril. Nas duas primeiras, contra Juazeirense e Bahia de Feira, jogou só os minutos finais. No domingo, o técnico interino Chiquinho de Assis lançou o meia-atacante aos 19 minutos do 2º tempo do Ba-Vi. Os bons dribles e investidas no clássico chamaram a atenção. “Anderson (Barros) me falou que joguei muito bem”, diz. Fisicamente, ele está pronto para o Brasileiro. “Já se encontra em condições normais. Não é de muita força explosiva. É um jogador mais de potência e de resistência, trabalha mais com a bola”, analisa o preparador físico Dudu Fontes. O capitão Fahel dá moral. “Todo atleta precisa de uma adaptação de seis meses, mas ele já entrou em algumas partidas e mostrou qualidade”. Dono de um perfil no Twitter com 413 mil seguidores (o Bahia tem 146 mil), Adu foi um fenômeno do marketing esportivo. Aos 14 anos, se tornou o atleta mais novo a disputar a liga americana e assinou contrato vitalício com a Nike, empresa de material esportivo. Hoje, prestes a completar 24 anos no dia 2 de junho, tenta se firmar em seu oitavo clube no sexto país diferente. “Eu amo o futebol brasileiro, é o motivo pelo qual eu jogo futebol. Quando eu tiver a oportunidade de jogar, vou agarrar”.
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