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Agora sem clube, Ávine garante continuidade na carreira

Lateral deixou o Bahia depois de 14 anos como jogador do clube e diz estar motivado para recomeço

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01/03/2016 às 8:50 • Atualizada em 01/09/2022 às 9:59 - há XX semanas
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Fugir da rotina, respirar novos ares, ter novas experiências. Esses são motivos comuns para aqueles que optam ou são obrigados a encarar novos desafios na carreira. Ávine, no entanto, trocaria tudo isso para permanecer no Bahia. Foram 14 anos desde a chegada ao clube, em 2002, e muita história para contar. Do inferno ao céu, o lateral conseguiu ajudar a recolocar o tricolor na primeira divisão em 2010, o que se torna mais significativo para quem estreou no profissional com o clube na Série C, em 2006. Também ganhou e perdeu muitos Ba-Vis, alguns dos quais jogou no sacrifício porque não admitia ficar fora do clássico. A despedida se dá pelo fim do contrato, encerrado domingo e que não foi renovado. “Gostaria muito de ter ficado para dar mais alegria ao torcedor. Infelizmente isso não aconteceu e agora é procurar o melhor para mim e minha família”, disse o lateral em entrevista ao CORREIO.

Aos 28 anos, metade deles como atleta do Bahia, Ávine está sem clube e confiante em seguir a carreira
(Foto: Bruno Queiroz/CORREIO)

Condições para dar continuidade à carreira ele tem. Pelo menos é o que garante o seu fisioterapeuta particular, Fábio Arcanjo. “Sabemos que o joelho dele não é de um menino de 15 anos de idade e sim de um jogador profissional que passou por lesões e está reabilitado e pronto para jogar. Tanto que não foi o joelho que tirou Ávine de qualquer possibilidade de jogar futebol, foi músculo. A partir do momento que ele tem o retorno, joga em alto rendimento. Tudo é uma questão de trabalhar a musculatura para minimizar o risco de lesão. Inúmeros atletas passaram por esse procedimento, como Ronaldo Fenômeno entre outros”, explicou o fisioterapeuta.
Segundo Arcanjo, Ávine procurou seu sócio Anderson Delano após a indicação de outros atletas que haviam feito tratamento na mesma clínica de fisioterapia. O curioso é que ambos atuavam no Vitória na época. “Ávine nos procurou há uns três anos. Isso daí é um fato muito novo. Talvez ninguém saiba, mas ele nos procurou por intermédio de outros dois atletas do rival, Nino Paraíba e Mansur, que tiveram problema no púbis e foram tratados no nosso grupo”.
As propostas começaram a aparecer, segundo o jogador, que voltou a considerar a possibilidade de atuar no meio- campo. “Já pintaram algumas conversas com alguns clubes, até de fora. Estou bem calmo em relação a isso pra eu poder definir com minha família. Teve um clube que eu conversei que procurou saber como me saio no meio-campo. Então a oportunidade que tiver, vou agarrar com unhas e dentes. Tenho certeza que Deus vai abrir uma porta muito boa pra mim”, confia, aos 28 anos.
Proposta dos EUASem mágoas do Bahia, que inclusive publicou uma nota no site oficial, ontem à tarde, agradecendo ao atleta pelos serviços prestados nos 14 anos em que esteve no Fazendão, Ávine se aborreceu com um episódio em particular. Segundo ele, havia uma negociação avançada com um clube dos EUA, com tempo de contrato e luvas já definidos, que acabou não se concretizando após consulta do time americano ao Bahia.
“Quando eles entraram em contato com o Bahia para pedir informações, alguém falou que eu não tinha condições de jogar”, afirmou o lateral, que ficou sabendo do ocorrido pela pessoa que intermediava a transação. Através da assessoria de comunicação, o Bahia afirmou desconhecer o fato e a proposta do clube americano.
Correio24horas

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