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Ainda questionado, Marquinhos vislumbra "Bahia vencedor"

Em longo bate-papo, técnico do Bahia abre o jogo sobre diversos temas antes do clássico Ba-Vi deste domingo (6)

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06/04/2014 às 8:55 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:01 - há XX semanas
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Aos 34 anos, Marquinhos Santos é o mais jovem treinador entre os clubes da elite do futebol brasileiro. Antes de assumir o Bahia, tinha treinado apenas um time profissional, o Coritiba, com quem conquistou o título paranaense em 2013. Em dois Ba-Vis: um empate (1x1) e uma vitória (2x0). Tem 70% de aproveitamento e está invicto há 10 jogos. Ainda assim, tem o trabalho contestado. Em entrevista exclusiva, Marquinhos falou do posicionamento de Talisca e como é enfrentar o amigo Ney Franco. Otimista, até deu palpite sobre quem vai marcar o gol do título tricolor. Veja também Ainda sem vitória no Ba-Vi, Ney Franco abre o jogo em entrevista O que você espera desse duelo com o Ney Franco?
Nós temos uma amizade, mas que agora fica de lado. Por esses 15 dias a amizade fica de lado e o profissional agora vai cada um buscar o melhor para sua instituição. Vai ser um jogo estratégico, inteligente e que eu espero que o Bahia possa sair vitorioso desse confronto. Nós nos conhecemos muito. Desde o Atlético-PR. Seguimos uma mesma filosofia de trabalho. Na montagem das equipes, na identidade de jogo. Claro que os momentos podem ser diferentes, mas até a maneira de ser acredito ser muito parecida. O Ney é um grande treinador.
O que mais você admira no Ney Franco?
Acho que o ser humano que ele é, a pessoa que ele é. Profissionalmente, a maneira como ele conduz as suas equipes. São aspectos que me chamam muito a atenção. O respeito que ele tem com suas equipes e com os adversários. Isso me fez observá-lo muito e aproveitar dos momentos em que trabalhamos juntos para que pudesse também agregar para a minha formação. Mas agora é Ba-Vi. Voltamos a nos falar só depois do segundo encontro e depois de uma semana do segundo encontro na verdade. Aí voltamos a falar, a conversar. Por um momento essa amizade está colocada de lado, com o pensamento único e exclusivo na conquista do título por parte do Bahia.
Vocês se falam com frequência?
Sim. Até mesmo quando surgiu o interesse inicial por parte do Bahia ele me ligou, a gente bateu um papo, tivemos uma conversa bacana. Aqui ainda não tivemos a oportunidade de nos encontrar, apenas nos jogos, até porque a correria é imensa e o trabalho é muito, da minha parte e da dele, mas mantivemos contatos telefônicos, interrompidos desde que se confirmou o confronto decisivo. Até por respeito profissional nós não mantivemos contato. Claro que ali no campo antes do jogo vamos nos cumprimentar profissionalmente, até pela amizade, mas ali não vai ter nada de amizade não. Ali é a rivalidade e o compromisso pra buscar o título por ambos profissionais.
Qual o ponto mais forte do Vitória?
O conjunto. É uma equipe já bem trabalhada, desenvolvida e que trabalha com muita velocidade na transição da defesa para o ataque. Isso ajuda. Quando você já tem uma equipe formada e estruturada de no mínimo seis meses de trabalho isso favorece muito quando chega em uma decisão. Eu vejo os pontos principais do Vitória esses. O comando do Ney já à frente da equipe e o entrosamento dela ao longo desse processo.
Qual é o jogador do elenco do Vitória que você gostaria de ter no seu grupo se pudesse?
O elenco do Vitória tem grandes jogadores, que já construíram uma história dentro do cenário futebolístico. Classifico hoje o elenco do Bahia forte, preparado e motivado pra conquistar o título. Hoje eu não tenho como avaliar e não posso fazer uma análise mais criteriosa quanto ao jogador que possa servir à equipe que eu dirijo, até porque nós estamos em uma decisão e eu não quero dar arma para o inimigo. Lá tem grande jogadores que já construíram uma história e quem sabe futuramente possam trabalhar nas equipes que eu venha a comandar.
Você chega às finais do estadual com o elenco que planejou para esse momento?
Vai depender do departamento médico. Os números demonstram um alto percentual de aproveitamento e isso para o estadual é importante.
Qual a estratégia para reverter a vantagem? Esse primeiro jogo vai ser decisivo? Vai para o tudo ou nada hoje?
Esse primeiro jogo é importante, mas a gente tem que entender que é uma decisão de 180 minutos e qualquer que seja o resultado desse primeiro jogo não decide o título. Podemos reverter a vantagem, pode-se manter a vantagem ou o Vitória pode aumentar a vantagem. Realmente o título só vai acontecer no segundo jogo. Mas claro que é um jogo importante e um passo grande, mas a decisão é apenas no segundo jogo.
A torcida do Bahia tem direito a 90% dos lugares na arquibancada da Fonte Nova. Qual a importância dessa vantagem numérica no jogo de hoje?
É grande, você ter o primeiro jogo em sua casa e a torcida do Bahia é uma torcida diferente, que abraça o time nos momentos mais críticos, e tê-lo a favor é muito importante. Para o profissional que trabalha com futebol, eu posso dizer que é um momento único. Pra mim, chegar a essa decisão dentro de um Ba-Vi e ver a torcida do Bahia lotando a Fonte Nova não deixa de ser a realização de um sonho. Pode ter certeza que vendo o torcedor enchendo o estádio nós faremos tudo que seja possível para entregar o título a essa torcida tão maravilhosa.
O resultado elástico de 6x0 que o Vitória conseguiu contra o Vitória da Conquista na última partida da semifinal te preocupa?
Não. É mérito da equipe do Vitória e do trabalho do Ney. Eu não posso aferir em relação ao ultimo compromisso. A gente tem que avaliar como um todo. É uma equipe muito bem armada pelo Ney, já com entrosamento adquirido, temos que ter os cuidados necessários, mas não só em função dos 6x0 do último jogo, mas do que eles vêm demonstrando em toda a competição.
O Bahia está invicto há 10 jogos, mas seu trabalho ainda é muito questionado. Por que?
Acho que é um processo natural de uma reformulação no qual o clube passa. A ansiedade da torcida é muito grande para que possa ter um futebol vistoso, de qualidade. Eu já sabia desse desafio e o quanto seria difícil, ainda mais quando você passa por uma reformulação institucional e principalmente na equipe. Decidi encarar esse desafio e sabia que nesse primeiro momento nós teríamos que obter não a performance de qualidade de jogo, mas a performance numérica de resultado pra que pudesse trazer confiança, pra que pudesse trazer ao torcedor novamente o sentimento de ver um Bahia vencedor. Esse primeiro estágio acho que alcançamos, mas entendo sim e compreendo, principalmente por parte da torcida, essa expectativa e sei o estágio no qual nos encontramos. Sabemos que ainda não apresentamos uma qualidade de jogo que todos esperam, não só torcida e imprensa, mas o comando e também os atletas. Eles estão bem conscientes disso. Dentro dessa construção de um novo Bahia também sei que alcançaremos esse meu objetivo principal, que é dar essa qualidade de jogo, mas principalmente dentro do cenário do Campeonato Brasileiro. Não adianta nada alcançarmos o ápice agora dentro de um campeonato estadual e lá no Brasileiro sofrer como o Bahia tem sofrido nos últimos três anos, brigando para não ser rebaixado. Nós fizemos o processo contrário. Sofremos agora, nessa reformulação, nessa nova identidade, pra que no Campeonato Brasileiro aí sim tenhamos uma qualidade de jogo melhor e maior, onde o cenário é outro e a parte tática ajuda muito quando você enfrenta equipes no mesmo estágio que o Bahia, respeitando as equipes locais, mas tendo esses compromissos maiores e a qualidade de jogo melhor.
Você acha que esses dois Ba-Vis das finais podem fazer com que essa desconfiança acabe?
Ajuda. É um processo que não tem como você aferir. Tem como você acreditar, mas aferir é difícil. Claro que você vencendo um clássico dentro de uma decisão te dá uma maior certeza por parte do torcedor e da imprensa daquilo que está sendo realizado. Diante dos dois Ba-Vis acho que já apresentou, porque são jogos de uma rivalidade local, de igualdade no que diz respeito a equipe, onde o Bahia teve o melhor desempenho. E é justamente em cima disso que eu acredito na evolução da equipe para o Campeonato Brasileiro. Essa decisão vem num momento importante, de que a equipe possa desenvolver aquilo que está sendo trabalhado e diante das dificuldades que tiveram ao longo desses três meses iniciais, onde eu não pude repetir uma mesma formação por dois jogos seguidos. Isso interfere diretamente no resultado do trabalho, naquilo que o treinador almeja, mas independente dessas adversidades os números já apresentam essa busca por essa evolução e a concretização do trabalho realizado, porque claro que analisando o futebol como um todo no cenário nacional, pelo calendário diferente em função da Copa do Mundo, nenhuma grande equipe tem apresentado um grande futebol. Na minha opinião, o Santos é a equipe que tem apresentado a melhor qualidade de jogo. As demais equipes da Série A nenhuma apresentou um grande futebol e o Bahia passa por esse momento também, mas acredito que ali na frente vá haver esse momento também de qualidade de jogo dentro do Campeonato Brasileiro. Para que possa chegar a esse estágio, vencendo o Ba-Vi dentro do clássico dá uma segurança maior e uma credibilidade melhor.
O que você acha que falta para adquirir essa melhor qualidade de jogo à qual você se refere?
Falta a sequência de uma mesma escalação. Eu poder dar uma sequência de pelo menos quatro ou cinco jogos seguidos com uma mesma escalação. Isso é importante até para o próprio jogador sentir segurança e para o próprio entrosamento da equipe. Já viemos de uma reformulação e você não conseguir repetir a equipe interfere diretamente. Quando houver essa sequencia de jogos com uma mesma formação ou mudando pouquíssimas peças com certeza vai fazer com que a equipe tenha uma identidade e uma qualidade de jogo melhor.
Então existe uma tendência que o Bahia entre em campo com a mesma formação que ganhou o último Ba-Vi por 2x0?
(risos) Vamos ter que aguardar o departamento médico, os atletas que estão se recuperando de contusões para que possa definir. É importante você analisar os dados. Teve êxito naquela partida. É claro que agora é um outro momento, é decisão, então outros aspectos têm que ser analisados para que possa haver aquela repetição de equipe, mas garanto que 98% é a mesma equipe. Mas volto a dizer, ainda depende do departamento médico pra que nós possamos definitivamente escalar a equipe para o Ba-Vi. Não terá tanta surpresa. No futebol é claro que você tem que trabalhar a sua equipe, mas também conhecer o adversário. E passa por conhecer o adversário você trabalhar estrategicamente para que possa vencer o jogo. O Bahia tem feito isso nesse estadual e nesse início de temporada. Mas aí passa justamente pela questão de não poder repetir uma mesma formação e aí estrategicamente você tem que trabalhar em função do adversário pra não ser surpreendido e pra poder surpreender. Aquele Ba-Vi aconteceu isso, uma formação diferente, que já havíamos trabalhado, estávamos pensando nessa formação. Tivemos êxito, desenvolvimento bom de jogo e pode de repente se repetir na decisão final.
Seu cargo esteve ameaçado principalmente às vésperas do Ba-Vi que terminou empatado em 1x1. Como você avalia os Ba-Vis na sua história com o Bahia? O Ba-Vi teve peso importante?
Sem dúvida. O clássico local movimenta a cidade e o Ba-Vi passa desse clássico regional, pelo que eu pude observar, primeiramente quando não era profissional do Bahia e agora sendo profissional do Bahia. O Ba-Vi é uma história à parte e os dois Ba-Vis foram momentos cruciais para que pudesse dar uma continuidade no trabalho realizado, para que os atletas também adquirissem a confiança e para que o próprio torcedor novamente recuperasse esse orgulho. Me parece que o torcedor do Bahia ao longo desse processo teve seu orgulho ferido. É um torcedor que sofreu muito com as quedas que ocorreram para as Séries B e C e depois o torcedor do Bahia ajudou a instituição a voltar ao lugar que o Bahia jamais deveria ter saído. É claro que isso gera uma expectativa muito grande, mas a construção de um time vencedor, de uma instituição vencedora não acontece de um dia para a noite. Quando aceitei esse desafio, quando tinha outras propostas de equipes do cenário nacional e até internacional, e escolhi o Bahia, foi entendendo essas dificuldade, mas querendo muito fazer parte desse projeto de reconstrução, reformulação e uma história diferente futebolisticamente falando. Como treinador, aos 34 anos, conduzir o Bahia a uma decisão de estadual, a esse processo de renovação, pra mim é um momento de orgulho. Pra mim é um processo profissionalmente muito importante. Com todas as dificuldades que tiveram desde o início do ano, chegar a esse estágio, agregou muito para a minha carreira profissional. O principal motivo que me fez vir ao Bahia foi a torcida, foi observando o torcedor do Bahia, a história ao longo desses três ou quatro anos, e o manifesto do seu torcedor, querendo ter uma equipe forte e qualificada.
Você se sentiu mais fortalecido após o triunfo no último Ba-Vi?
Não. Normal. Não interferiu pra mim pessoalmente e profissionalmente não teve nenhuma interferência, porque eu tenho muito os pés no chão. Eu trabalho com muito equilíbrio. É o que eu passo para os jogadores na vitória e na derrota. Quando você perde, você não deve achar que é o pior, e também quando você vence, você também não pode achar que é o melhor. Tem que buscar esse equilíbrio. E dentro desse equilíbrio é que eu construo a minha vida pessoal e profissional. Eu mantenho as minhas convicções dentro de um planejamento. Claro que não posso dizer que não foi importante, porque foi. Você vencer clássicos, ser vitorioso em clássicos é muito significativo. E Deus tem me abençoado na minha carreira quanto aos clássicos. Tanto no cenário estadual, no estado do Paraná, quanto no cenário futebolístico internacional, quando houve confronto Brasil e Argentina, agora aqui no cenário baiano, tive êxito nos clássicos. Isso é importante porque é o que marca um treinador, um jogador, é o que faz você construir a sua história dentro de um clube.
Alguns críticos e torcedores acham que o time ainda não tem padrão de jogo. O que você diz sobre isso?
O conceito da palavra padrão tem que ser melhor definido. Entendo que a qualidade de jogo realmente não é o ideal e nem aquilo que nós queremos, quando eu digo nós, é o comando, são os comandados, é a diretoria, o torcedor. Nós temos consciência disso. Quanto ao padrão tático, aí sim, ainda não temos talvez essa continuidade em função de fatores que acabaram atrapalhando, entre eles suspensões e lesões que não deram uma continuidade de escalação. Isso atrapalha o trabalho, mas atingir os números que nós atingimos, mesmo não tendo uma continuidade de escalação, acho que isso é competência do trabalho realizado pela comissão e principalmente jogadores. Você não alcança chegar a uma decisão com todas essas adversidades citadas se o elenco não assimilou aquilo que o treinador quer.
Coincidência ou não, depois que o William Machado deixou o clube e o Cícero Souza chegou, o Bahia não perdeu mais e parece que o ambiente ficou mais leve. Há relação nessa mudança com o desempenho da equipe?
Não. Em relação às mudanças quanto ao desempenho não tem interferência, até porque o trabalho é realizado dentro de campo. O William, por questões pessoais, acabou saindo desse processo, mas ajudou. Partiu dele as contratações, a montagem do elenco, e chegamos à final do estadual pelo elenco montado. Para o estadual o elenco se mostrou forte. Classifico as mudanças à continuidade de um trabalho, à evolução natural dentro de uma periodização.
Por que você mexe tanto no posicionamento de Talisca?
O Talisca é um talento e como todo talento tem que ser cuidado e preparado. Ele é jovem. Quando eu cheguei aqui no Bahia ele foi colocado na posição de volante inicial e assim eu o coloquei, mas o dia a dia e principalmente dentro dos jogos, apresentando as características dele, eu fiz com que ele rodasse pra observar melhor esse atleta na função que ele poderia exercer e crescer dentro do cenário não só do Bahia, mas no nacional. Eu vejo que o talento tem que ser preservado. Ele tem um talento, que tem que ser melhor trabalhado, mas tem um talento, que o fez aproveitar as oportunidades dentro do profissional e hoje ser próximo de uma realidade. Ele já é dentro do Bahia, ele já é dentro do estadual, mas no cenário nacional e internacional ainda não, ainda falta, então cabe a mim ou cabe a nós prepará-lo. Então eu vim de categorias de base e ajudei a formar grandes jogadores no cenário nacional que hoje estão até no internacional, eu vejo o Talisca com esse perfil. Por conta disso que eu acabei rodando ele, variando ele dentro de várias funções e hoje eu vejo o Talisca pela qualidade de jogo muito melhor, com melhor aproveitamento e rendimento, trabalhando próximo à área, deixando ele mais solto, para que ele possa criar, e com menos responsabilidade de marcação. É que no futebol moderno todos têm que marcar quando não tem a bola e entendendo isso eu vejo o Talisca mais próximo da área, tendo um melhor rendimento. É um jogador que bate muito bem na bola, tem uma leitura de jogo, é inteligente e que rende melhor próximo a área. É por conta disso que dentro do jogo eu procuro trabalhar com ele, até porque os adversários também percebem e sabem do talento dele e, pra que ele não fique como uma peça anulada dentro do jogo pelo adversário, eu tento dentro dos jogos fazer com que ele ocupe outros espaços, encontre outros espaços, pra que possa se ajudar e nós ajudar, porque quando ele acaba permanecendo em uma única função e posição, os adversários acabam anulando ele e já aconteceu isso.
Por que o Maxi ainda não se encontrou no Bahia?
O Maxi é um jogador que tem muita qualidade, que a torcida eu vejo que espera o momento e está aguardando ansiosa para abraçá-lo como a grande contratação que foi e é. Esse momento de ansiedade até por parte dele, de ser decisivo, de querer logo oferecer gols ao torcedor, acaba atrapalhando o momento de final de jogada. Mas ele tem ajudado dos momentos em que tem entrado com a qualidade, experiência, com a movimentação em campo. É só uma questão do gol sair na hora certa e eu acho que agora é a hora certa. Não existe melhor cenário, melhor momento e acredito muito que ele possa ser decisivo. Não sei se iniciando, porque ele ficou um bom tempo parado por conta de lesões, que também acabaram atrapalhando a sequencia dele, problemas pessoais também acabaram atrapalhando ele emocionalmente , mas pra este momento agora ele não poderia se encontrar no melhor estágio e acredito que ele possa ser decisivo, quem sabe aí não possa fazer o gol do título a favor do Bahia.
Titi e Souza são declaradamente muito amigos. Essa amizade pode atrapalhar o desempenho do Titi no Ba-Vi?
Não. Até porque a gente tem que saber separar. A mesma relação de amizade que eu tenho com o Ney pode ser a mesma que o Titi tem com o Souza e isso não interfere no momento dos jogos ainda mais em decisão. Confio e acredito muito no Titi. Sei do potencial dele. É um atleta que evoluiu, que cresceu no inicio de temporada e chega querendo, com certeza, conquistar esse titulo. Claro que no momento do jogo ali ele vai fazer o melhor pra que possa anular o Souza. Não me preocupa essa questão da amizade deles extra campo. Essa rivalidade acontece dentro do jogo, onde cada um vai procurar fazer seu melhor. O Titi vai fazer o melhor pela equipe do Bahia e vai honrar a camisa do Bahia como ele sempre fez.
O Souza e a vontade dele de mostrar seu valor diante do ex-clube te preocupam?
É um jogador que tem qualidade e que dentro de campo a gente tem que ter atenção, mas a equipe do Vitória não passa só pelo Souza. Claro que quando o jogador acaba enfrentando a equipe que ele recém saiu, isso é uma motivação, mas assim como ele estará pelo Vitória enfrentando o Bahia, nós teremos o Maxi e o Uelliton pelo Bahia enfrentando o Vitória, então acho que as coisas se equivalem e os cuidados têm que ser tomados por ambas as partes. Da nossa parte vamos ter os cuidados necessários não só com o Souza, mas com a equipe do Vitória como um todo pelo entrosamento que já em. A preocupação existe, mas não só com o Souza. Também com o Dinei, William Henrique, Marquinhos, Alan Pinheiro, Willie, que também é outro jogador com características interessantes. Vamos procurar anular as peças do Vitória.
Ex-Vitória, o Uelliton se firmou no time. Ele é hoje um dos líderes do grupo hoje em dia?
Uelliton tem esse perfil. Líder você não forma, ele aparece. Ele tem esse perfil de liderança. É um jogador muito dedicado, principalmente nos jogos. Ajuda muito. Nessa decisão, até pelo fato de ter sido jogador do Vitória, trás essa motivação maior e esperamos que ele possa nesses dois jogos possa fazer grandes jogos.
Quer mandar algum recado para a torcida do Bahia?
Quero que o nosso torcedor faça a mesma festa e nos ajude, que continue acreditando, apesar de desconfiando. Não tenho dúvidas nenhuma que o Bahia vai ser forte ao longo da temporada. Para essa decisão nós precisamos muito da força da arquibancada. Nos momentos em que a torcida não incentivou, a nossa equipe sentiu e caiu de produção. Quando o torcedor nos incentivou nosso jogador evoluiu dentro de campo. Eu peço pra que o torcedor jogue junto com a equipe. Matéria original: Jornal Correio* Invicto há 10 jogos e questionado, Marquinhos Santos vislumbra "Bahia vencedor"

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