Ainda sem marcar, Maxi fala sobre ansiedade e mira final

Lá se vão 520 minutos dentro de campo. Em oito partidas com a camisa do Bahia, sendo sete como titular, Maxi Biancucchi ainda não sentiu o gosto de balançar as redes adversárias. Só passou perto. Contratação mais badalada do tricolor para a temporada e dono do maior salário do elenco, o argentino está longe de corresponder às expectativas dos torcedores.

Na semifinal contra o Serrano, no último sábado, depois de um mês se recuperando de uma lesão na panturrilha, Maxi perdeu duas chances claras de gol. O atacante reconhece a ansiedade, mas promete acabar com isso em breve. "Lógico que estou com vontade de fazer gol, não tá entrando. Espero que nessa final possa fazer, mas já vou ficar feliz se a gente conquistar esse título", disse ele, animado por não ter mais problemas musculares. "É ruim ficar afastado, machucado. Estou contente de estar recuperado, de ter chegado nessa final".

O técnico Marquinhos Santos, por sua vez, tenta tirar um pouco da pressão de cima do camisa 7. Para ele, a final contra o Vitória pode ser uma boa oportunidade de Maxi desencantar. "Essa situação de gol, ele tem estado no momento certo, na hora certa, mas ela está teimando em não entrar. Talvez esteja guardado para a decisão. Ele é predestinado e acredito muito nisso", afirma o treinador, para depois completar. "Maxi deu outro padrão para a equipe. Ter ele é importante nesse momento de decisão", acredita.

Campeão - O Esquadrão está há dez jogos invicto (nove pelo Campeonato Baiano e um pela Copa do Brasil) e, mesmo assim, as reclamações dos torcedores são constantes em relação ao desempenho da equipe nos jogos. Na semifinal, por exemplo, o time saiu de campo vaiado mais uma vez.

Em 17 jogos no ano, são nove vitórias, cinco empates e três derrotas, o que reflete em um aproveitamento de 63%. Maxi Biancucchi, além dos números, aposta na tradição do clube para levantar a taça. "O Bahia tem que chegar pra ser campeão. Pela história, temos a obrigação de estar na final e brigar por esse título. Tivemos dificuldades, mas acho que o time foi crescendo".

No ano passado, pelo Vitória, Maxi fez 42 jogos e marcou 17 gols. Dois deles, inclusive, aconteceram nas goleadas por 5x1 e 7x3, pelo estadual. Agora, do outro lado, o argentino sabe bem o que precisa para sair vitorioso. "São jogos diferentes, que têm que ter concentração. A gente, pela história, tem que ganhar". Matéria original: Jornal Correio* Ainda sem marcar, Maxi fala sobre ansiedade e mira clássicos da final