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Alexi Portela fala sobre eleições diretas no Vitória

Além de explicar o papel que desempenha, Alexi também fala sobre eleições diretas e supostas brigas com atuais e ex-dirigentes do clube

• 27/04/2015 às 10:54 • Atualizada em 30/08/2022 às 4:34 - há XX semanas

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Alexi Portela Júnior garante que não quer nenhum cargo no Vitória (Foto: Evandro Veiga)
Alexi Portela deixou a presidência do Vitória em dezembro de 2013, mas segue opinando nas decisões do clube. Com forte influência política, ele é um dos conselheiros do atual presidente, Raimundo Viana, eleito com o apoio dele, em 31 de março deste ano, após a renúncia de Carlos Falcão. Na quarta-feira, Alexi, que é presidente do conselho fiscal rubro-negro, esteve na Toca do Leão tratando do departamento de futebol. A entrevista exclusiva ao CORREIO foi dividida em duas partes. Hoje, além de explicar o papel que desempenha atualmente, Alexi também fala sobre eleições diretas e supostas brigas com atuais e ex-dirigentes do clube. Amanhã, o assunto é a Copa do Nordeste. O muro do Barradão apareceu pichado com a frase ‘fora Alexi’. Como você se sente em relação a isso? Não sou mais presidente há um ano e meio, mas, para o bem ou para o mal, eu sou o culpado por tudo no clube. Como eu continuo no futebol e na Liga (do Nordeste), as pessoas acham que eu tenho essa influência toda ou que possa resolver, o que não é verdade. Agora tá muito ruim e eles acham que eu ainda tenho influência lá dentro. Eu não ando com segurança, nunca andei, e 100% dos torcedores que me abordam pedem para que eu volte. Você vai ter um cargo no clube na gestão de Raimundo Viana?Não. De jeito nenhum. E não quero. Minha colaboração já dei ao Vitória. Meu papel vai ser de ajudar. Hoje eu consegui um relacionamento muito bom com os presidentes de clubes. Jogadores que ele quiser utilizar e que tiver contrato, que ele quiser que eu ajude, vou fazer isso, com certeza. Eu sou Vitória. Sua contribuição então vai ser no futebol?Sim. No resto eu não quero me meter. Tem um presidente e um vice competentes que podem tocar o clube. Se eu fosse me meter no clube, aí sim teria que ter um cargo e eu não quero isso. Futebol é muito escravizante. Futebol você tem que viver o dia a dia e, quem não vive o dia a dia, não sabe o que está acontecendo. De fora, você dá certas opiniões que podem ser erradas. A partir de dezembro de 2013, quando eu saí do Vitória, eu não opinei em mais nada dentro do clube. Quantos jogadores você acha que o Vitória precisa contratar para a Série B?Acho que o vitória tem que trazer de sete a oito jogadores. Hoje só tem Elton no ataque. É muito pouco. Acho que no gol o Vitória está bem servido, mas meio-campo, laterais... Zagueiro saiu Kadu e tem que trazer para compor mais um zagueiro, no mínimo. Tem que reforçar o time em todas as posições. Você disse recentemente que o Vitória precisa de um “choque de gestão”. O que quer dizer com isso?Um choque de gestão no futebol. O futebol precisa mudar. O time não deu liga. Mesmo os jogos que o Vitória ganhou, não jogou bem. Você tem que trazer jogadores que movimentem, um time que dê liga. Tem que mudar o time do Vitória. Tem que reforçar o time. A gente trouxe jogadores que não renderam o que a gente esperava. Neto Baiano é um cara que é torcedor do Vitória, mas não rendeu o que todo mundo estava esperando. Nino, para mim, é um dos melhores laterais que o Vitória já teve. Mas seis anos? Já deu. Foi certíssimo tirar ele do clube. Não estava rendendo mais. O “choque de gestão” passa por mudar o diretor de futebol?Não. Acho que ele (Anderson Barros) tem competência para continuar. Errar todo mundo erra. Acho que é uma pessoa que conhece futebol, tem muita ligação com clubes, com empresários, mas que está devendo ainda, tá. Tem que melhorar e fazer jus. Qual a sua avaliação do trabalho do diretor de futebol Anderson Barros?Gosto muito dele. Acho que é muito trabalhador, conhece do futebol, passou mais de 10 anos no Flamengo, mas acho que ainda não montou o time que a gente espera. Acho que ele está devendo, precisando montar um time melhor. Foi errado contratar o meia Jorge Wagner?Não posso dizer fulano e fulano, porque eu não estou no dia a dia. Eu vivi o dia a dia do clube, isso é muito desgastante para o presidente, mas tem que ser feito. Eu conversava com todos os treinadores praticamente todos os dias. Eu sempre disse aos treinadores “eu não vou escalar ninguém. Agora, vou dar minha opinião do que eu acho”. Teve muito treinador que eu disse “se você botar esse time aqui, a gente vai perder, você vai escalar, mas tal está mal”. Eu nunca escalei time, mas sempre dei minha opinião. Eu conversei com Raimundo (Viana) sobre o plantel, sobre jogadores que eu achava que deveriam ficar e sair. Dei minha opinião a ele. Ele me perguntou o que eu achava e eu dei minha opinião. Você rompeu com o ex-presidente Carlos Falcão?Eu não rompi com Carlos Falcão. O que o pessoal está falando não existe. Falcão montou a diretoria dele de acordo com o que ele quis, eu não indiquei ninguém. Quando eu assumi o Vitória, eu botei diretores que eu não conhecia. Carlos Falcão se passasse na rua eu não sabia nem quem era. Epifânio eu não conhecia. O único que eu conhecia, da época de meu pai, é Raimundo Viana. A maioria eu busquei informações e vi que eram pessoas que poderiam ajudar o clube e convidei. Mas não houve um estremecimento entre vocês?Não. As pessoas têm que ter ideias próprias. Se eu acho uma coisa e ele acha outra, não é por isso que vou brigar com ele. Você tem que ter pessoas que te contestem às vezes, porque você pode estar errado. Acho importante e foi isso que fiz na minha diretoria. Ele passou seis anos sendo meu vice-presidente e a gente discutia muito, muito mesmo. Mais que agora. Mas internamente, entre a gente. Isso é salutar para o clube. Enquanto ele esteve na presidência, vocês discordavam muito também?Eu não me meti. Quando eu estava lá, ele era meu vice e a gente estava junto. Depois que eu saí, eu não me meti, eu não tinha que discordar ou concordar com ele. Algumas vezes ele me ligava e perguntava “você traz fulano?” e eu dizia “não, eu não traria”. Às vezes ele me consultava e eu dizia “não trago esse jogador para o Vitória”.
Ex-presidente afirma ser favorável às eleições diretas, mas desde que exista um tempo mínimo de associação (Foto: Evandro Veiga)
E com o atual presidente, Raimundo Viana? Vocês se desentenderam e romperam ligações na semana passada? De jeito nenhum. É uma pessoa que eu considero muito. Eu tenho minhas opiniões, mas dizer que eu bati porta, que houve briga, que eu fui pedir cargo, isso é tudo mentira. Eu disse a ele que ele tinha que tomar algumas posições, que tem que ser mais ágil. Só isso. Normalmente, como seria qualquer conversa. Algum puxa-saco, alguém que está lá, que foi falar isso para a imprensa. Algumas pessoas querem a discórdia do clube, para o clube ficar fraco e essas pessoas tomarem conta. Acho que ele não pode deixar isso acontecer. É só ele ver como foi a reunião e o que saiu na imprensa para ele ver as pessoas que estão do lado dele. A gente conversou e eu dei minha opinião a ele, na quarta-feira, tive lá no Barradão, numa boa. As pessoas têm que discordar, mas em um nível de civilidade e educação. Você pediu a Raimundo Viana para que ele trocasse toda a diretoria do clube?Não. Acho que ele tem que trocar o que ele achar, colocar a diretoria dele. Agora, acho que Raimundo tem que mudar algumas coisas, porque não deram certo. Isso tá claro. Acho que alguns nomes não deram certo, que eu prefiro não citar, é só ele ver. Infelizmente, neste um ano e meio, o time ainda não deu liga. A estrutura do clube está arrumada, mas no futebol deu tudo errado. Infelizmente, alguns jogadores não renderam o que se esperava. Eu quero deixar bem claro que o presidente hoje se chama Raimundo Viana. Ele tem todo o respaldo de ser presidente do clube. Você também se sente responsável pela atual crise?Não, acho não. Se eu tivesse no dia a dia e dado opiniões para montar e para fazer, eu teria sim, mas eu não fiz isso. Então, eu não sou responsável por uma coisa que eu não opinei. Como eu vou ser responsável por uma coisa que eu não participei das decisões? De janeiro de 2014 para cá, eu não participei de decisão nenhuma. Se eu tivesse montado esse time aí eu seria o responsável, sim, mas isso não aconteceu. Cogita se afastar do Vitória a depender do rumo das decisões da atual diretoria?Não. Eu nunca vou me afastar do Vitória. Eu não tenho mais influência no clube desde 2013. Agora, deixar de ser torcedor? De dar minha opinião? Nunca. Eu sempre estarei no estádio torcendo, mas das decisões, desde 2013 eu estou fora. Alexi Portela é a favor ou contra eleições diretas no Vitória?Sou a favor. Se a torcida quer, acho que temos que abrir sim e fazer eleições diretas. Por que não regulamentou isso durante sua gestão?Se analisar o estatuto do Vitória que eu abri, tem sim. Eu criei o Sócio Torcedor. Já tinha o Sou Mais Vitória. No Sócio Torcedor, você se associando por 18 meses pode montar uma chapa e ser candidato. Pode ser conselheiro e presidente. É só a torcida juntar 408 sócios torcedores. Esses torcedores que quiserem montar uma chapa concorrem e podem se eleger. A maioria dos clubes é assim. Me diga um clube no Brasil que tem eleição direta para o sócio. Na maioria, os sócios montam uma chapa. Como você acha que deve acontecer?Acho que tem que ter uma maneira. Acho que entrar sócio hoje e amanhã votar eu sou contra. Acho que tem que ter uma maneira de que realmente colabore com o clube. Está criada uma comissão para resolver isso. Eu nunca participei dessa comissão, nunca influenciei em nada. Você teme que o Vitória sofra uma intervenção, como aconteceu no Bahia?Não. Intervenção por quê? No Vitória a eleição (de Carlos Falcão, em 2013) foi correta. Intervenção não tem por que ter no Vitória. Tudo foi feito dentro do estatuto, tudo certinho.

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