Pela primeira vez na história, a América do Sul sediará um Campeonato Mundial de Judô por Equipes. E entre outras cidades candidatas, Salvador foi a escolhida para abrigar a competição nos dias 27 e 28 de outubro, no Grand Hotel Stella Maris, em arena provisória montada no local. A competição terá a presença de 32 países e marca o início do ciclo olímpico para os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro.
A 10ª edição do evento terá um desafio especial. Tradicionalmente disputado no formato individual, o judô tentará incluir a modalidade por equipes no programa olímpico nos Jogos do Rio. “Esse Mundial disputado no Brasil é um reflexo do sucesso do judô do nosso país. A competição poderá facilitar a integração ao programa olímpico”, afirma o presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Silva.A apresentação oficial do evento foi ontem, no CAB. E quatro medalhistas olímpicos em Londres vieram convocar os torcedores baianos: Sarah Menezes (ouro), Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e Rafael Silva (todos bronze). “Por ser uma competição com outros países, tenho certeza que teremos o apoio da torcida em Salvador. A luta fica mais fácil quando contamos com os gritos deles”, conta a piauiense Sarah, que fez história ao conquistar o primeiro ouro do judô feminino em Olimpíadas. Será a primeira competição que os medalhistas disputarão após os Jogos. Por determinação da Federação Internacional de Judô, só cinco das sete categorias olímpicas individuais estão presentes no Mundial por equipes. Não há ligeiro nem meio-pesado. Com isso, o paulista Felipe Kitadai e a gaúcha Mayra Aguiar ficarão apenas nas arquibancadas. “A gente fica na vontade de lutar, ainda mais em casa. O jeito vai ser ficar torcendo. Estaremos aqui”, garante Mayra. Além dos atuais medalhistas olímpicos, a seleção brasileira terá outros vitoriosos na história dos Jogos, como Leandro Guilheiro, Tiago Camilo e Ketleyn Quadros. O Brasil já conquistou cinco medalhas nos Mundiais por equipe, um bronze e quatro pratas, sendo todas no masculino. PAPO COM SARAH MENEZES Como é ser uma medalhista de ouro? Fiquei muito orgulhosa pelo que consegui, mas isso foi o trabalho de uma equipe. Nós conseguimos essa medalha, o Brasil conseguiu. A vitória é de todos nós. Essa é a primeira vez que você competirá em Salvador? É a primeira vez em um Mundial por Equipe. Quando iniciei no judô, participei de algumas competições no Sesc. Faz muito tempo isso. Acho que 2002, não lembro direito. Acredita que terá um carinho especial por ser nordestina? Espero que sim. Sempre é diferente competir em casa. As equipes de fora perdem o favoritismo, porque toda a torcida será para o Brasil. Temos esse diferencial. A responsabilidade aumenta após a medalha dourada? A pressão será maior, mas a minha categoria é até 48kg. Por equipe, vou lutar até 52kg. São atletas diferentes, mais fortes e que têm mais braço. Não estou defendendo a minha categoria, por isso não penso tanto em responsabilidade. Mas vou encarar esse desafio como se estivesse na minha categoria. Ao menos sou mais rápida (risos). A SELEÇÃO BRASILEIRA Feminina 52kg Sarah Menezes e Erika Miranda 57kg Ketleyn Quadros e Flávia Gomes 63kg Rafaela Silva e Katherine Campos 70kg Maria Portela e Nadia Merli +78kg Suelen Altheman e Rochele Nunes Técnica Rosicleia Campos Masculina 66kg Leandro Cunha e Luiz Revite 73kg Bruno Mendonça e Marcelo Contini 81kg Leandro Guilheiro e Victor Penalber 90kg Tiago Camilo e Henrique Silva +100kg Rafael Silva e Davi Moura Técnico Luiz Shinohara
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