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Rosales leva até o filho Jeremias para bater uma bola no Fazendão |
O suor escorre como uma cachoeira do rosto do meia argentino Paulo Rosales após mais um treino do Bahia. "Estou tentando me acostumar com o forte calor daqui", afirma o jogador, em meio a risos, em entrevista ao Correio*. Um mês depois de chegar ao Esquadrão, o gringo tricolor já está entrosado com os companheiros, principalmente com Danny Morais, Jéferson e Pablo ("Fala bem espanhol", elogia), mas nem tanto com a capital baiana.
Rosales tem passado a maior parte do tempo em casa com a esposa Cintia e o filho Jeremias, de 8 anos. Até pela falta de jogos do Bahia, ainda não é reconhecido pela ruas. "Saio tranquilo com minha mulher e com meu filho. Estamos tentando desfrutar um pouco da cidade, indo ao shopping", conta. "Estou contente com o os companheiros me receberam. A alegria para treinar é grande. Não tenho do que reclamar". Mas o que o meia quer mesmo é desfrutar do futebol. O atleta não vê a hora de entrar em campo. "Estou feliz e com muita vontade que os campeonatos comecem logo e que eu possa jogar", afirma.
Acostumado - Em todos os coletivos da última semana, foi titular do técnico Jorginho. Assim, o torcedor mais ligado também deve estar ansioso para ver os motivos pelos quais o argentino tem chamado a atenção do treinador. Rosales não acredita ser titular e diz que a vaga será conquistada em campo. No gramado, aliás, é onde sente-se em casa desde pequeno. Nascido em Cosquín, província de Córdoba, via, quando garotinho, o pai cuidar de um campo de futebol. "Me criei desde pequeno ali perto. A única coisa que tinha na cabeça era jogar futebol".
Aos 13 anos, foi morar em Rosário, cidade de Messi, em pensão para garotos que ele compara com o hotel da base do Bahia. Seis anos mais tarde, teve a primeira chance como profissional, no Newell’s Old Boys. Dali, pro Unión de Santa Fé ("Onde vivi momentos inesquecíveis e é o meu clube do coração"), Talleres, Olimpiakos Volou (Grécia) e Independiente, antes de vir ao Bahia.
Diferenças - Jogar no Brasil era um desejo do argentino, admirador da Seleção. "É muito bom. Então tratarei de aproveitá-la ao máximo". No entanto, Rosales ainda vai se acostumando com a diferença entre os país quando o assunto é futebol. "Na Argentina, talvez, se joga mais junto, se marca muito. No futebol argentino, as equipes se preocupam mais em não perder do que em fazer gols. Aqui, existe muito espaço", avalia.
O jogador destaca também a diferença entre treinamentos. "Aqui se trabalha mais tempo, principalmente treinando com a bola", explica. E com ela nos pés, mas num jogo oficial, Rosales espera mostrar à torcida que não veio mesmo para a Bahia a passeio.
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Matéria original: Jornal Correio*
Argentino não vê a hora de jogar e mostrar seu futebol à torcida