Atacante Júnior, o 'Diabo Loiro', é preso por falsidade ideológica

Informações atualizadas às 18h46

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Foto: Marcio Costa e Silva/Correio

O atacante Júnior, do Vitória, deve passar a noite preso na Polinter. De acordo com Manoel Machado, advogado do jogador, são poucas as chances de obter um habeas corpus ainda na noite desta segunda-feira (3). Porém, há a possibilidade dele embarcar a qualquer momento para São Paulo. A defesa também tenta mantê-lo na Bahia.

Júnior foi preso por volta das 10h da manhã por policiais da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur). De acordo com a delegada Marita Souza, o mandado preventivo foi cumprido por conta de uma ação federal datada de 2001 que tramita na cidade de Guarulhos-SP. No domingo (2), o Vitória conquistou o tetracampeonato baiano em cima do rival Bahia.

A acusação é de falsidade ideológica. O passaporte do atacante seria falso. Informações preliminares revelam que a ação envolve diversos jogadores transferidos ilicitamente para o exterior a cargo de um grupo de empresários e que o mandado havia sido expedido ainda no dia 26 de março. Ou seja: há 38 dias.

Júnior passou pouco tempo na Deltur. Por volta das 10h20, ele foi encaminhado para a Polinter, onde está encarcerado, de acordo com o delegado Joelson dos Santos. A prisão é por tempo indeterminado. Ainda de acordo com a delegada Marita Souza, ele deve ser encaminhado em seguida para a Polícia Federal.

Júnior foi pivô da recente polêmica sobre documentos irregulares no Vitória. A denúncia, que partiu de um blogueiro, dava conta de que o atacante havia jogado oito anos na Europa sem a Certidão de Transferência Internacional, exigida pela Fifa. À época, antes de jogar no exterior, ele defendia o Treze-PB. Porém, tanto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quanto a Federação Bahiana de Futebol (FBF) atestaram a regularidade do jogador.

Defesa - De acordo com Domingos Arjones, advogado designado pelo Vitória para acompanhar o caso, Júnior é vítima do ex-empresário, que segundo ele, agiu de má fé ao apresentar um documento falso ao jogador na época da sua transferência do Treze-PB rumo à Europa. "O Júnior não tinha conhecimento de nada. Nós agora estamos com um advogado em São Paulo para fazer o pedido de revogação de prisão preventiva, sob alegação de que ele tem uma residência fixa, é réu primário e que foi vítima da má fé do seu ex-empresário", disse o advogado ao site do jornal Correio.

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