O atleticano que se acostumou a comer o pão que o diabo amassou com o rabo e, na era Luxemburgo, o pão caído no chão com a manteiga virada para baixo, está tendo que adaptar seu paladar à cozinha internacional. Aqui em Marrakech nos servem finas iguarias que comemos acompanhadas de água porque a cerveja é tão cara que apenas o torcedor do futuro, aquele que restará depois de completada a elitização do futebol, pode pagar sem sentir um mal estar.
E o torcedor do Galo nem bem acaba de fazer a digestão da comida marroquina e já começa a pensar no cachorro quente que comerá no Defensores del Chaco, depois de se submeter ao teste do bafômetro naquele estádio paraguaio. Na Colômbia, já li a respeito, servem um mexidão parecido com o do Bar do Bolão no Santa Teresa. Então, o torcedor atleticano não estranhará o paladar na terra de Gabriel Garcia Marquez e Shakira.Não sei o que se come na Venezuela, mas amigos meus que conhecem o vizinho rico em petróleo me disseram que venezuelano é parecido com carioca. Felizmente, a Libertadores não é competição da CBF e o que acontece nos campos na terra de Simón Bolívar não é da alçada do STJD. Ah, não confundam o nome do grande libertador de nações sul-americanas com o assoprador de apito que garfou o Galo várias vezes e ganhou emprego de comentarista na televisão. *Juiz federal e colunista da rádio CBN Salvador e do site Fala Bahia, Lincoln Pinheiro é torcedor fanático do Atlético-MG e está acompanhando o time no Mundial de Clubes, no Marrocos
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