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"Quero muito é ser campeão", diz o técnico nascido em Salvador |
Simplicidade e simpatia comandam o Vasco às 16h, contra o Bahia, em Pituaçu. Assim é Critóvão Borges, o técnico baiano que assumiu as rédeas do adversário tricolor desde o AVC sofrido por Ricardo Gomes, dia 28 de agosto.Crescido "todo dia naquela praia ali", como se refere aos babas em Amaralina, meia revelado no Bahia nos anos 70 e torcedor tricolor, Cristóvão trouxe o Vasco para Salvador desde sexta. Estratégia para ambientar o time e matar a saudade de Valdelice, a mão atenta que agora vive em Armação. "Vai dar um tempinho pra preparar uma moqueca de peixe, comer uma carne de sol", imaginava ainda no Rio.A lembrança das coisas da terra é muito viva na cabeça desse soteropolitano de 52 anos que, no início dos anos 80, batia ponto em um barzinho badalado no Garcia. "Na minha época de férias existia o Zanzibar. Conhecia os donos também, Neide, Macalé, irmão de Neide, que era a dona do bar. Essa época era o bar do Verão, frenquentei bastante".Não só ele, como Caetano e Gil também. E, além de régua e compasso, a Bahia deu a Cristóvão Borges a primeira chance de trabalhar com Ricardo Gomes, em 1999, no Vitória. A parceria deu certo, os dois viraram amigos e o destino colocou o baiano perto de ser campeão brasileiro como treinador."Eu recebi isso como uma missão, e de muita responsabilidade. Era importante dar continuidade... Eu não tenho preocupação nem faço planos futuros. O meu plano é esse imediato. Quero muito é ser campeão", diz. Os parentes por aqui também querem, mas este domingo é dia de dar uma trégua. "A maioria é Bahia, só minha mãe é Vitória. Tá todo mundo me pedindo desculpa", brinca Cristóvão.