O fim da novela Bahia/Nike
O Bahia planeja ter a última "DR" com a Nike esta semana: ou o contrato de parceria é renegociado ou tchau. Nos últimos meses, a diretoria montou relatório com as insatisfações e chegou até a propor um distrato amigável. A fornecedora de material esportivo não aceitou liberar a multa, de cerca de R$ 2 milhões, e apresentou um plano de trabalho para dar novo ânimo à relação. De posse do documento, o clube debateu cada ponto e encaminhou espécie de contra-proposta. Se a Nike aceitar, a parceria segue. Se recusar, a diretoria de negócios vai fazer reunião com demais diretorias e presidência e botar duas opções na mesa: o Bahia já tem proposta oficial de outra fornecedora de material esportivo ou então poderá, em parceria com fábrica, produzir o próprio material. Na ótica do Bahia, ficar como está não dá.
Para salvar o casamento
A argumentação do departamento de negócios do Bahia engloba desde o risco jurídico da rescisão ao impacto financeiro de cada alternativa: riscos, benefícios ou exposição durante a Copa estão listados. Para seguir de Nike, o clube, além de incremento financeiro, exige que os acertos virem adendo ao contrato atual, válido até 2015 - nada de acerto só verbal. As principais queixas atuais: a não construção de loja física prevista em contrato e as dificuldades com fornecimento de material aos lojistas, além do design dos uniformes serem cópias de equipes europeias. Com futuro incerto na parceria, o Bahia optou por não lançar ou usar os uniformes tricolor e amarelo, este homenagem à Seleção Brasileira, lançados pela Nike em dezembro e janeiro.
Scuro x Bolicenho...
O executivo de futebol do Red Bull Brasil, Thiago Scuro; e o presidente da Associação Brasileira dos Executivos de Futebol (Abex), Ocimar Bolicenho, são os profissionais com os quais o Bahia negocia para assumir como diretor de futebol, em vaga aberta pela saída de William Machado. Com 32 anos, Scuro fez carreira no Grupo Pão de Açucar, onde foi gerente-executivo do Audaux. O ex-gestor de futebol Paulo Angioni, inclusive, o indicou ao deixar o Bahia. Bolicenho, de 56 anos, foi presidente do Paraná e executivo no Atlético-PR e estava na Ponte Preta até agosto de 2013.
... E as travas contratuais
Scuro não tem se mostrado à vontade a vir para um projeto com “prazo de validade”, pois a diretoria só pretende fazer contrato até dezembro. Como tem eleição para presidente, é consenso não ser ideal deixar profissional em papel-chave com contrato a longo prazo. Já Bolicenho tem salário superior justamente pela maior experiência no mercado brasileiro. Tanto Scuro como o ex-diretor William Machado, ainda novos na área, têm salários menores comparado ao mercado. Se não fechar com eles, há dois outros nomes como “plano B”.
Condição precária
O Joia da Princesa, em Feira de Santana, receberá, depois de amanhã, Bahia de Feira x Corinthians, pela Copa do Brasil. Mas, até semana passada, o estádio tinha gramado em péssima condição, placar eletrônico sem funcionar, além de problemas como cadeiras quebradas, piso defeituoso e falta de chuveiros nos vestiários. A prefeitura informa estar prevista reforma geral para este ano, com projeto na Secretaria de Desenvolvimento Urbano, mas as licitações não foram abertas por pedido da FBF e do Bahia de Feira, esperando o fim das competições do primeiro semestre.
Passe curto
*O goleiro do Bahia Marcelo Lomba transferiu o título de eleitor do Rio de Janeiro para Salvador. Mais que adaptado à cidade. Matéria original: Jornal Correio* Bate-pronto: o fim da "novela" entre Bahia e Nike
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