O interventor Carlos Rátis, que está à frente do comando do Bahia por ordem judicial, explicou como se dará o processo da intervenção, estabeleceu metas para as novas eleições no clube e opinou sobre os valores cobrados para que os torcedores se tornem sócios patrimoniais.
Em entrevista à Band, o advogado tranquilizou a torcida e ressaltou que o processo de intervenção não altera em nada o andamento do clube. “A convocação de uma nova assembleia servirá para mudar os rumos do clube. Pode ser que haja mudança de estatuto, mas o nosso papel, a missão que nos foi designada pela justiça, é bem delimitada: fazer novas eleições. Enquanto o processo estiver em curso, vamos colaborar com o clube 24 horas. De ontem para hoje, organizamos questões de passagens e estadias para os atletas, ou seja, com a audiência em curso, o clube continua funcionando normalmente. Além disso, os funcionários serão mantidos, sem qualquer mudança ou dificuldade administrativa”, explicou.
Segundo Rátis, o processo de intervenção não atrapalha o andamento do clube |
Uma das provas de que nada mudará no dia a dia do clube, de acordo com Rátis, é o triunfo do clube diante do São Paulo, por 2 a 1, na última quarta-feira (10). “A vitória de ontem mostrou que os atletas estão empenhados. A vida do clube continua, existe um profissionalismo”, ressaltou Rátis.
Novos sócios - Um dos temas comentados pelo interventor foi o processo para que novos associados possam fazer parte do clube. Para ele, existem questões a serem revistas, mas ainda não é o momento para discutir alguns pontos. “Já estamos estudando em como garantir acessibilidade aos novos sócios. Será que essa jóia de R$ 300 não inibe o torcedor assalariado a integrar o clube? Mas são momentos distintos, temos que respeitar o estatuto e, se houver alguma mudança neste caso, será em assembléia, inclusive para que o novo sócio possa, um dia, ser candidato também. No entanto, quem vota agora são os sócios que estão previstos no estatuto”, explicou.
Embora deixasse claro que não concorda com algumas questões administrativas do clube, o interventor deixou claro que não tem nenhum problema de relacionamento com o presidente afastado. “O advogado Kakay já trocou mensagens comigo, se posicionando e dizendo que ele esta à disposição para ajudar. Não tenho nada contra o ex-presidente Marcelo Guimarães Filho, muito pelo contrário. Se houver alguma reunião marcada com a presença dele, estarei lá. Aliás, é assim com ele, com a Revolução Tricolor, com o grupo A, B, C ou D. Se marcarem um encontro, estou aberto a dialogar”, esclareceu o interventor. Recentemente, o advogado do clube, Kakay, fez queixas a Carlos Rátis, alegando que teria tentado entrar em contato com o interventor diversas vezes e não obteve resposta.
Novas eleições: quando? - Um dos momentos mais aguardados pelo torcedor do Bahia no processo de intervenção, é o dia em que as novas eleições do clube serão convocadas. Sem data definida, Rátis estabeleceu uma meta e espera cumpri-la. “As eleições dependerão da assembleia geral. Se o processo de recadastramento de sócios acontecer em 15 dias, marcaremos a assembléia. Claro, respeitando o estatuto, que exibe publicação três vezes em jornais de grande circulação na Bahia. Se tudo correr assim, em 30 dias dá para fazer uma nova eleição”, garantiu o advogado. Matéria original: Correio* Carlos Rátis planeja data para novas eleições e critica estatuto do Bahia
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade