Casais curtem lua de mel na ultramaratona Brasil Ride

Pedro e Ana estão em lua de mel na Chapada Diamantina

O amor está no ar na Chapada Diamantina. Ou melhor, o amor está na Brasil Ride. A ultramaratona de mountain bike que agita as cidades de Mucugê e Rio de Contas desde o último fim de semana reúne vários casais na categoria mista e, entre as duplas, tem até gente curtindo a prova como lua de mel. A cada pedalada, um gesto de carinho e o fortalecimento da união. Pedro Araújo, de 33 anos, e Ana Villas-Boas, 36 anos, são portugueses e acabaram de se casar, vindo logo em seguida para Bahia. "É minha segunda vez na Brasil Ride, estive aqui em 2010, no ano em que choveu, aí esse ano vim em lua de mel com minha mulher. Viemos conhecer, porque essa prova é fantástica, simplesmente fenomenal, já fiz algumas do gênero e a Brasil Ride está no meu coração, por tudo aquilo que dá para nós", conta Pedro. Ana gosta de pedalar ao lado do marido e fala sobre o companheirismo durante cada etapa. "Quando eu preciso, ele dá apoio, dá uma ajudinha". Perguntados sobre quem empurra mais o parceiro durante a ultramaratona, eles concordam que ambos estão em nível parecido, mas ela, rindo, ressalta: "eu já empurrei ele". O casal de ciclistas tem como meta finalizar todas as etapas dos quase 600km de percurso. "Conseguimos chegar dentro do tempo em todas as provas, que era nossa meta desde que saímos de Portugal, chegar no último dia e completar toda prova. É o que importa. E chegar inteiro", explica Pedro. Um casal casado, outro namorando. Cláudia Franco e Marcello Ruivo, ambos de São Paulo, estão juntos há um ano e meio, mas consideram a participação na Brasil Ride 2012 um tipo de lua de mel. "Eu a conheci em uma palestra, ela é palestrante, fiquei encantado por ela, soube que era a mulher da minha vida vendo a palestra dela, falando sério. E aí fui pra cima. Depois que nos conhecemos, começamos a pedalar constantemente", declara-se Marcello.

Cláudia Franco e Marcello Ruivo: abnegados pelo ciclismo

União - Cláudia acredita que o ciclismo só faz bem ao relacionamento dos dois e pontua as vantagens. "Fortalece muito a relação. Aí que a gente vê a amizade entre o casal. Mais do que tudo, você tem que ser muito amigo. No caso dele, eu pedalo muito menos que ele, então ele me empurrou durante muito tempo nas última etapas. Ele tem muita paciência, muito carinho, aí eu fico preocupada com ele também, que ele está me empurrando. Isso fortalece a união". Cláudia participa do evento pela segunda vez, enquanto Marcello é estreante e tem curtido a Chapada Diamantina. "É maravilhoso. Eu já conheço algumas serras do sudeste, conheço algumas em Goiás também, está sendo muito bom esse contato com a natureza, com a geologia da própria Chapada e com o povo do local, que é muito amistoso, feliz. Só lamento pela falta da chuva que nesse último ano assolou a terra, mas já estamos fazendo a dança da chuva para, de repente, vir um pouco de água", afirma. Ciclofemini - Cláudia Franco e Marcello Ruivo fazem parte do Ciclofemini, projeto que tem o intuito de trazer novos adeptos ao ciclismo, independente da modalidade. "Então a gente incentiva as pessoas a adotar a bicicleta para prática de lazer, esportiva, como transporte, e a gente percebeu que pedalando as pessoas têm muito ganho. Ganho físicos e, principalmente, emocionais. Muitas pessoas acabam com os problemas de autoestima baixa", explica Cláudia. Saiba mais acessando o site do projeto. *O repórter viajou a convite da Brasil Ride Leia mais sobre a ultramaratona de mountain bike