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Caso Fabrício: Racismo, ironias do Grêmio e sanções

Desequilíbrio do lateral do Internacional gera repercussão em diversos sentidos e futuro do jogador só começa a ser decidido na semana que vem

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03/04/2015 às 18:40 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:06 - há 10 anos
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Redação Goal
O caso do lateral Fabrício, que se descontrolou e brigou com a torcida do Internacional neste meio de semana, ganhou ainda mais repercussão nesta sexta-feira. O assunto está sendo debatido em diversas frentes, desde possíveis sanções que o atleta pode receber até o suposto caso de racismo que ele teria sido vítima. Suspenso pelo Colorado até segunda-feira, o jogador voltou para São Paulo, sua cidade natal, e só vai começar a definir o seu futuro na semana que vem. O Inter está estudando as possibilidades jurídicas para tratar do caso e evita antecipar alguma informação. “Qualquer manifestação nossa pode gerar uma indenização. Somente o presidente falará em nome do Inter. Nós sempre nos reunimos e esse foi mais um caso que discutidos. É lamentável, mas estamos em estudo para proteger o clube”, revelou o vice-presidente jurídico do Inter, Marcelo de Freitas e Castro, à Rádio Gre-Nal. O árbitro do confronto com o Ypiranga citou na súmula o comportamento de Fabrício durante o lance e o jovem atleta pode ser punido com até 12 jogos sem poder atuar por suas atitudes. “Ele irá a julgamento. Com certeza, estaremos lá representando o Inter e o atleta”, garantiu o dirigente. Racismo Por outro lado, um possível caso de ofensa racial foi registrado por uma das câmeras da transmissão. Nas imagens, aparece um torcedor colorado, Vinicius Paixão, aparentemente xingando o lateral de macaco. Mas ele nega a injúria passível de prisão. "Eu falei "vai tomar no c..., cara...". Sou tão negro como Fabrício. Não faria sentido", justificou ao jornal Zero Hora. O presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto, não vê motivo para abertura de inquérito no TJD-RS contra o clube do Beira-Rio, usando um argumento polêmico. "Ali fizeram muito barulho também e crucificaram a menina (torcedora do Grêmio no caso Aranha). É compreensível a reação do torcedor, que estava de cabeça quente com o Fabrício pela atitude que ele teve. Todo dia morrem 15 negrões por aí e ninguém se preocupa", disse Noveletto em entrevista à Rádio Guaíba. Já o Grêmio, excluído da Copa do Brasil 2014 pelas ofensas proferidas ao ex-goleiro santista, preferiu usar a ironia para comentar a situação. "Pelo tratamento que a mídia gaúcha dá aqui, racismo só acontece no Grêmio. Para a imprensa gaúcha isso não existiu. O racismo só existe no Grêmio, não há a menor possibilidade de isso acontecer em outros clubes. Só sobrou para o Grêmio, e a imprensa se nega a comentar o caso. Não aconteceu nada agora! A culpa dos 500 anos de escravidão é do Grêmio”, bradou o diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein a ESPN. "Quando o Grêmio foi punido, o Aranha foi intitulado como Martin Luther King. Provavelmente o Fabrício, que é um menino que tem problemas pessoais e passou por um momento de destempero na quarta-feira, será quem, nem o Negrinho do Pastoreiro?”, completou.

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