Tem muito técnico de futebol por aí que gosta de vestir as grifes mais caras do mundo. É Armani, Yves Saint Laurent, Ricardo Almeida e por aí vai. Chiquinho de Assis não. De Bahia da cabeça aos pés, o ex-auxiliar técnico, efetivado no cargo de treinador na sexta (11), prefere a simplicidade.
“Sempre se pensa em técnico mais em cima do nome do que do trabalho”, avalia. “Me sinto há mais de 20 anos preparado para isso”, diz sobre assumir um time de Série A. A prancheta com a inscrição Florida Youth Soccer Association lembra o período, de 2006 a 2010, que passou no Miami, Estados Unidos, onde treinou Romário e Zinho.
“Vou buscar o melhor de cada jogador. Não me conformo com o estado atual deles”. Ex-jogador do clube, o novo técnico sabe bem o que o espera. “A torcida pode esperar um cara que conhece ela e sabe o tipo de jogador que ela gosta. Em 40 anos na Bahia, eu sei o nível de exigência que essa torcida tem”, avisa.
Nascido em Niterói, no Rio, Chiquinho de Assis, 57 anos, começou a carreira de técnico em 1985, na Catuense. Passou pela base do Bahia e do Vitória, onde revelou jogadores como Uéslei, Marcelo Ramos, David Luiz e Hulk. Foi para os EUA e retornou ano passado para comandar o time B do Bahia no Campeonato do Nordeste.
Mudanças - Aos poucos, Chiquinho vai dando sua cara ao time. Ele espera que no Ba-Vi do dia 20, em Pituaçu, a equipe já tenha um padrão. Os treinamentos já começaram a mudar. “Nesse momento, o que precisamos é de organização. Depois a gente implementa mais coisas aos poucos”, pontuou o técnico.
Na sexta, ele fez treino separado para laterais e outro para atacantes. Depois, em metade do campo, comandou a primeira parte do coletivo. Maurício, vetado, nem desceu. Na segunda parte, aumentou a área do treino e fez mudanças na equipe. Marcone e Pedro Beda deram lugar a Jataí e Jones e o time titular deslanchou. Fez 4x0 nos reservas, com gols de Camacho, Hélder e dois de Jones.
A tendência que a primeira equipe treinada efetivamente por Chiquinho visite o Camaçari domingo com Tiago, Marcos, Luizão, Titi e Ávine; Jataí, Hélder, Boquita e Camacho; Souza e Jones.
*Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 12 de fevereiro de 2011
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