Neymar tem até as 13h (de Brasília) para chamar para si o protagonismo que tanto se espera dele na Copa. É quando a seleção enfrenta o México pelas oitavas de final. Em Samara, o atacante precisa decidir que caminho seguir no Mundial. Mas a estrada está aberta para ele chegar ao topo. Do trio considerado o melhor do planeta, Neymar é o único que sobrevive. Cristiano Ronaldo e Messi foram foram eliminados no sábado. Hora perfeita para o craque brasileiro, enfim, ter uma atuação robusta na Rússia. O desempenho de seus dois companheiros de ataque no PSG — diretamente relacionado ao adeus das estrelas de Portugal e Argentina — pode servir de incentivo para ele. Mbappé brilhou e teve uma das melhores atuações individuais da Copa na vitória da França sobre os hermanos. Foi assim também com Cavani, na partida em que o Uruguai mandou os portugueses para casa.
— No nosso jogo será a vez de o Neymar brilhar, depois de Mbappé e Cavani — disse Thiago Silva, companheiro dos três no PSG: — Nossa seleção é muito equilibrada, no momento certo damos essa liberdade para os atacantes resolverem. Esperamos que Neymar esteja inspirado como os outros.
Até agora, o camisa 10 está no meio do caminho entre os dois extremos. Na média das notas apuradas pelo EXTRA, está com 7, atrás de Mbappé e Cavani (ambos com 7,3), mas melhor que Cristiano Ronaldo (6,8) e Messi (6,2). Esse estilo meio barro, meio tijolo se repete dentro da seleção: está à sombra de Philippe Coutinho em termos de desempenho. Nos outros quesitos, segue sendo o centro das atenções, seja pelo cabelo, pelas faltas que recebe (ou simula), pelo choro ou pelo temor de que ele volte a se machucar.
‘Agora, sim, ele retomou o alto nível’, diz Tite
Em três jogos, Neymar fez um gol — o segundo contra a Costa Rica, aos 52 do segundo tempo. Contra a Sérvia, viu-se um camisa 10 em evolução. Menos egoísta, mais voltado para o avanço das jogadas do que dar lambreta no adversário em desvantagem ou chamar uma falta no meio-campo. Cobrando escanteio, deu a assistência para o gol de Thiago Silva.
Nos treinos, passada a fase de rancor pelos questionamentos ao choro pós-Costa Rica, já se vê um Neymar mais leve, assim como todo o grupo. O limiar entre a descontração e a displicência é próximo, mas, a essa altura, nem o preparador físico reclama quando o craque dá “migué” nos alongamentos.
Neymar evolui também porque há um aprimoramento físico. E Tite já ressaltou isso. Ele passou três meses de molho por causa da fratura no quinto metatarso do pé direito. Depois de boas participações em 129 dos 180 minutos dos amistosos contra Croácia e Áustria, ele só fez o primeiro jogo completo já na Rússia, no empate com a Suíça. Do técnico, veio ais um chamado: Neymar está no auge para brilhar.
— Ele retomou o nível máximo dele. Sabemos o preço que pagou para chegar aqui. Contra a Sérvia, jogou muito. Baixou para ajudar a marcar o lateral, fez a transição precisa, teve finta em lance individual. Agora, sim, ele retomou o alto nível — afirmou Tite.
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Redação iBahia
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