Vitória tenta evitar que o calor seja um oponente em Recife (Foto: Francisco Galvão/EC Vitória) |
O técnico Vagner Mancini também está preocupado com o desempenho físico dos jogadores. Para ele, o desgaste é muito maior, principalmente no decorrer da partida, quando o calor vai se acentuando ainda mais. “O jogo é sempre muito difícil porque você muda a sua rotina de sono, de alimentação. O calor inicia às 11h e ao longo do jogo os atletas vão cansando. É difícil ver, ao término do jogo, as duas equipes buscando o jogo com intensidade. O desgaste é muito grande”, analisa Mancini.
Para amenizar o calor, além da hidratação, cabem algumas medidas para driblar o tempo. O Santa Cruz deve jogar com seu padrão branco, o que obrigará o Leão a se vestir com cores escuras, que retêm calor. Se isso acontecer, o Vitória entrará com a camisa úmida.
“Em algumas cidades eu acho que cabem jogos pela manhã. No Sul e Sudeste dá porque o clima esfria em determinada época do ano. No Nordeste é complicado. A desidratação do atleta, a perda de elementos químicos dentro do organismo que farão a diferença no segundo tempo faz com que a gente tenha um certo receio”, completa Vagner Mancini.
A previsão do tempo em Recife para hoje não ajuda nenhum dos dois clubes. Quando a bola rolar pela primeira vez no Arruda, a temperatura estará em torno dos 29ºC, mas com sensação térmica de 31ºC, segundo o site Tempo.
Já o volante Uillian Correia, do Santa Cruz, preferiu reclamar da CBF, deixando o sol de fora da polêmica. “A CBF colocou dois times nordestinos para jogar às 11h da manhã. Foi uma grande falta de respeito. Por que não colocaram Santa Cruz e Flamengo, São Paulo ou Santos?”, questionou. Hoje tem Botafogo x São Paulo no mesmo horário, no Rio.
2006
Há dez anos o Vitória também atuou pela manhã, mas jogando a Série C. Na época, o adversário foi a Tuna Luso, em Belém. O Leão perdeu por 3x2, mas muita gente lembra mais do calor de 40ºC que do adversário. “Com 20 minutos, os jogadores já se arrastavam em campo naquele ano. Teve atleta passando mal no vestiário. Perdemos para o sol”, lembra Sinval Vieira, na época diretor do Vitória.
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Redação iBahia
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